Aleksandr Solzhenitsyn
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Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn, em russo Александр Исаевич Солженицын, (nascido em Kislovodsk, Rússia, 11 de Dezembro de 1918) . Romancista, dramaturgo e historiador, suas obras conscientizaram o mundo quanto aos Gulags, hediondo sistema de campos de trabalhos forçados existente na União Soviética. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1970, e foi expulso de sua terra natal em 1974.
[editar] Biografia
[editar] Vida sob o regime Soviético
Solzhenitsyn estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo tomando cursos por correspondência pelo Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscou. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de ações importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões. Algumas semanas antes do encerramento do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Stalin em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos em um campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno em perpetuidade.
A primeira parte da pena de Solzhenitsyn foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Cazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Enquanto neste campo retiraram-lhe um tumor, mas seu câncer não chegou a ser diagnosticado.
A partir de março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek no sul do Cazaquistão. O seu câncer, ainda não detectado, continou a espalhar-se, e ao fim do ano Solzhenitsyn encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de "Repartição do Câncer".
Durante seus anos de exílio, e após sua soltura e retorno à Rússia européia, Solzhenitsyn, enquanto lecionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites escrevendo em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao ganhar o Prêmio Nobel de literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não apenas estava convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo que o fato se tornasse conhecido".
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