Antonio Ruiz de Montoya
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Antonio Ruiz de Montoya foi o padre jesuíta encarregado de se queixar ao rei de Portugal dos bandeirantes paulistas.
Em novembro de 1638 chegu ao Rio de Janeiro, vindo do Paraguai. Iria a Madri se queixar das incursões dos bandeirantes.
Permaneceu na cidade até abril de 1638. Desde 1537 a Companhia de Jesus obtivera do papa Paulo III uma bula que proclamara a liberdade dos índios e havia organizado sua repúbica teocrática no Paraguai e mantido jurisdição no Vice-Reinado do Peru.
Em suas aldeias e reduções, os jesuítas usavam os índios nos mesmos serviços e trabalhos que qurecusavam aos leigos. Também os privilégios materiais das Ordens religiosas eram motivo entre os moradores de azedumes e rancores.
Em 22 de abril de 1639 o padre Francisco Dias Taño obteve do papa Urbano VIIIuma Bula "que declarava «incorrer em excomunhão os que cativassem e vendessem os índios».
Diz o grande historiador brasileiro Manuel Maurício de Albuquerque que com «o fim da União Ibérica, o Estado espanho deu licença a que os jesuítas armassem seus índios, concessão obtida pelo padre Antonio Ruiz de Montoya». Treinados por padres anteriormente soldados, vindos até do Chile, os índios em 1639 derrotaram os bandeirantes paulistas em Santa Teresa de los Pinares, Caazapa Guazu e em 1641 em Mbororé.
Também houve violenta perseguição aos comerciantes portugueses instalados no Vice-Reinado do Peru, movida pela Inquisição. Durante a trégua entre Portugal e as Províncias Unidas, a acusação geral de que eram agentes de um projeto de conquista das regiões mineiras do altiplano andino, com apoio da Holanda, em guerra com a Espanha..
