Fortificações do Passo do Tonelero
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As Fortificações do Passo do Tonelero localizavam-se na barranca Acevedo, no Passo do Tonelero, em território da República Argentina.
No contexto da Guerra contra Oribe e Rosas (1850-1852), constituiam-se numa posição fortificada na margem direita do rio Paraná, obstando a livre navegação daquele curso. Soares (1978) descreve-a como um conjunto de fortificações e baterias, guarnecido por um efetivo de dois mil homens sob o comando do General Mancilla, e artilhado com dezesseis peças.
Essa defesa foi erguida por determinação do presidente argentino Juan Manuel de Rosas (1793-1877) que, na ótica da diplomacia brasileira, alimentava um projeto político de reconstrução do antigo Vice-Reinado do Prata (integrado pelos territórios da Argentina, do Uruguai e do Paraguai), ao qual o Império do Brasil se opunha.
Atacado pela Marinha imperial brasileira sob o comando do Almirante John Pascoe Grenfell, o mesmo autor assim descreve o episódio:
- "(...) Grenfell deu glamour especial ao forcejamento do Passo do Tonelero em 17 de dezembro de 1851, porque a bordo do vapor 'Dom Afonso', sua nave-capitânia, de grande uniforme e condecorações, luneta na mão, impávido e sereno, manteve durante mais de 80 minutos, cerrado fogo e contra-fogo com as baterias do abarrancado de Acevedo, abrindo passagem para sua esquadra integrada pelos vapores 'Dom Afonso', comandado pelo Capitão-de-Fragata Jesuíno Lamego Costa (futuro Barão da Laguna), 'Dom Pedro II' (comandado pelo Capitão-Tenente Joaquim Raimundo de Lamara), 'Recife' (comandado pelo Capitão-Tenente Antônio Francisco da Paixão), e 'Dom Pedro' (comandado pelo Capitão-Tenente Vitório José Barbosa de Lomba); e corvetas 'Dona Francisca' (comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Guilherme Parker) e 'União' (comandada pelo Capitão-Tenente Francisco Vieira da Rocha) e o brigue 'Calíope' (sob o comando do Primeiro-Tenente Francisco Cordeiro Torres e Alvim)." (op. cit. p.26)
Com a vitória brasileira, restabeleceu-se a livre-navegação no rio Paraná, preparando-se o cenário para a batalha final, em Monte Caseros (3 de fevereiro de 1852).
[editar] Bibliografia
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