Randal Juliano
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Randal Juliano Matosinho (Barra Bonita, 20 de abril de 1925 — São Paulo, 11 de julho de 2006) foi um jornalista e radialista brasileiro.
Foi um dos mais completos profissionais do Rádio e da televisão brasileira.
[editar] A carreira
Ingressou no Rádio em 1944, na Rádio Panamericana (Jovem Pan), onde permaneceu até 1986 e apresentou os programas Show da Manhã, substituindo o radialista Fausto Canova e São Paulo Agora, além de atuar como comentarista esportivo.
Na TV teve uma bem-sucedida carreira, atuando como apresentador, locutor, ator, diretor de TV, produtor, comentarista esportivo.
Suas principais atuações foram nos anos 50 e 60, quando apresentou o programa Astros do Disco na TV Record, de São Paulo, junto com a apresentadora Idalina de Oliveira e outras convidadas, contando com a participação dos grandes astros da música brasileira, inclusive de cantores ligados ao movimento da Jovem Guarda. Apresentando as músicas e discos mais vendidos nas lojas especializadas, durante a semana. Esse programa criou o Troféu Chico Viola, para a premiação das músicas mais executadas no ano.
Participou da telenovela Banzo, em que fazia o papel de Duarte, na TV Recorde, Canal 7 , em 1964. "Prisioneira de um Sonho - escrita por Roberto Freire, que também a dirigia junto com Randal Juliano, TV Record, 1964-1965; Renúncia escritas por Roberto Freire e Walter Negrão, direção de Randal Juliano - 1964, Os fidalgos da Casa Mourisca foi dirigida por Randal, em 1972, na TV Record. Supervisionou a telenovela Eu e a Moto argumentada por Roberto Freire (psiquiatra), TV Record - 1972-1973. Comandou o programa de rádio Show da Manhã e São Paulo, Agora, da Rádio Panamericana - Jovem Pan, ficando na emissora de rádio até 1986.
Em 1982, ingressou na TV Cultura, onde foi animador de auditório, apresentando os programas Vestibular da Canção e Quem Sabe, Sabe, sendo o último sendo considerado, um dos melhores game-shows da história da Televisão Brasileira, assumindo o comando deste em 1983, permanecendo até o seu término, em meados da década de 1980.
Além disso, foi comentarista esportivo e apresentador do programa A cidade faz o show, também na TV Cultura, exibido nas manhãs de domingo, em que retratava as cidades do interior do Estado de São Paulo.
Também ingressou na TV Gazeta de São Paulo, onde foi apresentador do telejornal (âncora) do Jornal da Gazeta e também diretor de jornalismo.
Segundo Randal, ele presenciou "a maior demissão em cadeia da televisão brasileira".
[editar] A aposentadoria
Randal deixou definitivamente o Rádio e a TV em 1991, sentindo-se ultrapassado e passou a dedicar-se à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde concluiu o curso em 1995.
Foi professor de Comunicações nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) e da Universidade São Judas Tadeu.
Durante o curso de Filosofia, retornou ao rádio, sendo locutor e apresentador de programas da Rádio USP, como o jornalístico Repórter USP.
Faleceu devido a problema pulmonar (insuficiência respiratória), deixando a esposa Darci Carlota, da família do palhaço Arrelia, e duas filhas gêmeas. Foi sepultado no Cemitério São Paulo, na cidade de São Paulo.
[editar] Polêmicas
- Randal Juliano comandava o programa chamado Guerra é Guerra, pela TV Record, Canal 7, de São Paulo - 1968. Era os cantores da Jovem Guarda contra os da Tropicália. Logo após a publicação do Ato Institucional Número 5 - (AI-5), foi lido e destacado , durante o programa, por Randal Juliano, uma nota de jornal, que contava que os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil , atual Ministro da Cultura; tinham cantado o Hino Nacional, na boate Sucata, no Rio, com uma letra subversiva. Este fato antecipou as prisões e os exílios de Caetano e Gil, em Londres.
No ano 2000, o cantor Caetano Veloso, foi um dos entrevistados no Programa do Jô e contou sobre o envolvimento e as acusações de colaboração com a ditadura militar brasileira de Randal Juliano. Jô Soares entrevistou em seu Programa do Jô , na Rede Globo, na mesma semana, os dois, separadamente, mostrando a versão de cada um sobre o tema. Randal Juliano contou, chorando, que a intenção dele não tinha sido essa, mas sim dar uma repreensão neles. Pedindo desculpas aos dois.
- A novela Eu e a moto (1972) argumentada por Roberto Freire (psiquiatra) era toda ela baseada nas psicoterapias de seus clientes. Tendo ficado por pouco tempo "no ar".
A TV Record, Roberto Freire (psiquiatra) e Randal Juliano foram todos, devidamente, processados judicialmente. 1972-1973.