Cornélio Procópio
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Cornélio Procópio é um município do norte paranaense de aproximadamente 47.000 habitantes.
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[editar] História
A cidade foi assim batizada em homenagem ao Coronel Cornélio Procópio de Araújo Carvalho, figura de destaque no Império durante o final do século XIX. O coronel foi o patrono da estação ferroviária do Km 125 da linha férrea , sendo este, o marco de toda a expansão econômica da região na qual está inserida a cidade.
O Coronel Procópio, falecido em 1909, deixou nove filhos, entre os quais Maria Balbina Procópio Junqueira, casada com Francisco da Cunha Junqueira, dono da Gleba Laranjinha, o qual homenageou-o dando seu nome à cidade paranaense de Santa Mariana, que até então era apenas uma fazenda. Com o mesmo sentimento, cedeu o nome do sogro ao aglomerado urbano localizado no Km 125, juntamente com a expansão da ferrovia.
Francisco Junqueira era um político paulista, e como tal envolveu-se na Revolução Constitucionalista de 1932, ao lado de seu Estado. Como foram derrotados, Francisco Junqueira acabou sendo deportado pelo Governo de Getúlio Vargas para Portugal. Em dificuldades financeiras, vendeu suas terras aqui no Paraná para a empresa de loteamentos formadas pelo Coronel Francisco Moreira da Costa e Antônio de Paiva. Antes porém. Junqueira planejou o parcelamento das propriedades de deixou planejados dois núcleos urbanos, denominados Santa Mariana em homenagem a sua esposa, Mariana e Cornélio Procópio em homenagem a seu sogro.
No intervalo entre a venda das terras por Junqueira e a posse da empresa Paiva & Moreira, algumas ruas começaram a ser ocupadas sem obedecer qualquer planejamento, ou seja algumas construções rústicas começaram a ser erguidas, fugindo ao padrão urbanístico previamente estabelecido. Os novos proprietários reordenaram a ocupação urbana e com a chegada de Ferrovia a cidade passou a crescer e a desenvolver-se. Vale a oportunidade para lembrar que os primeiros lotes urbanos foram vendidos em torno da Praça Brasil, sendo que ali na esquina da Rua Quintino Bocaiúva e Av. XV de Novembro, encontra-se o marco inicial da cidade.
A chegada dos trilhos de ferro está intimamente ligada com a colonização, surgimento e desenvolvimento da cidade. A ferrovia trouxe consigo aventureiros e trabalhadores ingleses e portugueses, além dos pioneiros paulistas e mineiros em sua maioria, mas as picadas também foram abertas por muitos outros.
A cidade de Cornélio Procópio surgiu e desenvolveu-se as margens da Ferrovia São Paulo/Paraná Ferrovia esta também detentora de interessante história que se confunde ou funde-se com a própria história do Norte do Paraná.
Projetada e iniciada nos anos de 1920, a "Ferrovia São Paulo/Paraná", fazia parte de um projeto de capitalistas de São Paulo, visando um objetivo maior de atrair para aquele Estado toda a produção de café que já se iniciava no Norte do Paraná, e também toda produção agrícola que porventura surgisse na região.
A ferrovia não se limitaria apenas ao Norte do Paraná, uma vez que cortaria todo o Estado de forma diagonal até Guaíra, as margens do Rio Paraná. Vale salientar que seu início é na cidade de Ourinhos (SP), como um ramal da ferrovia denominada Sorocabana. De acordo com os projetos e idéias originais, de Guaíra a ferrovia se prolongaria até Assunção, capital do Paraguai. Era como dissemos um projeto grandioso, e também caro e dispendioso. Vencer o sertão não era o principal problema, mas sim convencer investidores e angariar capitais.
Para a construção da ferrovia, havia necessidade de autorização ou concessão do Governo Federal, fator que não era problema, pois o mesmo era influenciado por São Paulo e Minas Gerais, dentro daquilo que se convencionou chamar "política do café com leite".
Quem obteve a concessão foi o grupo econômico liderado por Antônio Barbosa Ferraz, que fez construir o primeiro trecho da ferrovia ligando Ourinhos a Cambará, até uma importante fazenda do grupo. Devido a falta de capitais a construção ficou estacionada nessa localidade por um bom tempo.
A solução para a construção viria através da venda das ações da ferrovia para empresários ingleses, atraídos pela fertilidade e disponibilidades das terras no Norte do Paraná. Diga-se de passagem a possibilidade de bons lucros foi o melhor argumento.
Na manhã de 1 de dezembro de 1930, a maria fumaça inaugurava o percurso compreendido entre Bandeirantes, Santa Mariana, Cambará e Cornélio Procópio. Concomitantemente, a cidade recebeu a visita do Príncipe de Gales (futuro Rei Eduardo VIII). Uma grande recepção foi feita para homenageá-lo.
Um funcionário da Companhia de Terras Norte do Paraná, Gordon Fox Rule, assim justificou as razões da visita do príncipe: "Um episódio interessante ocorrido durante a fase inglesa na Companhia foi a visita que nos fez o Príncipe de Gales, que posteriormente viria a ser o Rei Eduardo VIII da Inglaterra. Consta que ele era grande acionista da empresa Paraná Plantations (que antecedeu a Companhia de Terras), daí o seu interesse em visitar as terras do Norte do Paraná."
Devido a várias divergências políticas da época, inclusive a incidência de algumas invasões de terras, Francisco Junqueira e sua esposa se viram impossibilitados de efetuarem o loteamento planejado. Mas em 1933, com a chegada de Antônio Paiva Júnior e Francisco Moreira da Costa, a instituição do município ganhou força total.
Cornélio Procópio cresceu rapidamente, dependendo administrativamente de Bandeirantes. No ano de 1938, uma comissão formada por moradores resolveu pleitear a emancipação política e a criação de um novo município. Faziam parte dessa comissão entre outros: José Paiva, Oscar Dantas e Américo Ugorini, que utilizando-se de um documento onde se colocavam os motivos da criação do Município, elaborado por Benjamin Soto Maior, que era administrador da Cia Barbosa, foram a Curitiba ter uma audiência com o Interventor (Governador) do Estado naquela época, Manoel Ribas.
Portando credenciais e cartas fornecidas pelas Empresas Matarazzo de São Paulo, que possuíam uma Fazenda na região, e uma carta pessoal de apresentação da própria filha de Manoel Ribas, a comissão foi recebida e expôs seus motivos e intenções.
Desta maneira, o Município de Cornélio Procópio acabou sendo criado pelo decreto nº 6.212, de 18 de janeiro de 1938, sendo que a implantação do Município deu-se dia 15 de fevereiro daquele mesmo ano, mais ainda, no mesmo oportunidade, Manoel Ribas transferiu a sede da Comarca de Jataizinho para o novo município. Cornélio Procópio de simples povoado passou a sede de Município e sede de Comarca, tudo no mesmo dia.
Desde sua emancipação política Cornélio Procópio vem crescendo e se destacando no cenário regional, como o demonstra o fato de ser sede dos núcleos regionais de diversas secretarias estaduais, como a da Educação, da Agricultura, do Trabalho, da Saúde, bem como de serviços e agências também estaduais e federais.
[editar] Geografia
[editar] Demografia
[editar] Hidrografia
[editar] Transporte
[editar] Rodovias
[BR 369]
[editar] Administração
- Prefeito: Amin Hanuche (2005/2008)
- Vice-prefeito: Arnoldo Martin Junior
- Presidente da câmara: Chico do PT (2005/2006)
[editar] Ver também
- Estádio Municipal Ubirajara Medeiros
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná
- Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio
- Ranking do IDH dos municípios paranaenses
- Calibre Entretenimento
[editar] Galeria de fotos
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