Dercy Gonçalves
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dercy Gonçalves, nome artístico de Dolores Costa Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907) é uma atriz brasileira, oriunda do teatro de revista, conhecida por seu uso freqüente de palavreado chulo. Em 1991 mostrou os seios durante um desfile no Carnaval.
Índice |
[editar] Biografia
Nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro, filha de um alfaiate. Sua mãe, chamada Margarida, abandonou o lar, quando descobriu a infidelidade do esposo. A família era muito pobre, e Dercy trabalhava desde muito nova. Foi bilheteira de cinema, além de apresentar-se para hóspedes de hotel em sua cidade.[1]
Dercy estreou em 1929, em Leopoldina, integrando o elenco da Companhia Maria Castro. Fazendo teatro itinerante, fez dupla com Eugênio Pascoal em 1930, com quem se apresentou por cidades do interior de alguns estados, sob o nome de "Os Pascoalinos". [2]
Já especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 30 e 40, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto.
A partir da década de 60, Dercy inicia os shows solitários. As apresentações, feitas em teatros de todo o país, conquistam um público ainda cheio de moralismos. Ao largo dessas apresentações, atuou, desde o início na Revista, em diversos filmes. Na televisão, sobretudo no final dos anos 80, quando a censura no país permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Sílvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT chegou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso - o que fez retomasse a carreira, já octogenária.
Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.
Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmera de vereadores desta capital[3].
[editar] Filmografia
- 2000 - Célia & Rosita (curtametragem)
- 1993 - Oceano Atlantis
- 1983 - O Menino Arco-Íris
- 1980 - Bububu no Bobobó
- 1970 - Se Meu Dólar Falasse
- 1963 - Sonhando com Milhões
- 1960 - Com Minha Sogra em Paquetá
- 1960 - Dona Violante Miranda (Violante Miranda)
- 1960 - Só Naquela Base
- 1960 - A Viúva Valentina (Valentina)
- 1960 - Entrei de Gaiato (Anastácia da Emancipação)
- 1959 - Minervina Vem Aí (Minervina)
- 1959 - Cala a Boca, Etelvina (Etelvina)
- 1958 - A Grande Vedete (Janete)
- 1958 - Uma Certa Lucrécia
- 1957 - Absolutamente Certo (Bela)
- 1957 - A Baronesa Transviada (Gonçalina)
- 1957 - Feitiço do Amazonas
- 1956 - Depois Eu Conto
- 1948 - Folias Cariocas
- 1946 - Caídos do Céu (Rita Naftalina)
- 1944 - Abacaxi Azul
- 1944 - Romance Proibido (Dercy)
- 1943 - Samba em Berlim
- 1911 - A menina eterna
[editar] Televisão
- 1992 Deus nos Acuda - Celestina
- 1990 La Mamma - Mamma
- 1989 Que Rei Sou Eu? - Baronesa Eknésia
- 1980 Dulcinéa vai à guerra - Dulcinéa (Rede Bandeirantes)
- 1980 Cavalo Amarelo - Dulcinéa (Rede Bandeirantes)
[editar] Frases célebres
- "Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom"[3].
- "Só vou morrer quando EU quiser.", dita aos 95 anos.
[editar] Fontes e referências
- ↑ Biografia baseada no depoimento da atriz[1]
- ↑ Enciclopédia Itaú Cultural (link nas Ligações externas)
- ↑ Notícia publicada em O Fuxico[2]