Estêvão Ribeiro Baião Parente
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Estêvão Ribeiro Baião Parente foi um bandeirante cuja família está descrita por Silva Leme no volume VIII pg. 258 de sua «Genealogia Paulistana». Seu pai foi João Maciel Valente e sua mãe Maria Ribeiro. Em 29 de novembro de 1679 Parente já tinha morrido.
Sertanista dos mais práticos, recebeu parente de governador da Conquista. Em 22 de maio de 1670, ofereceu-se à Câmara de São Paulo para socorrer a Bahia na forma do pedido do governo-geral. O Governador Alexandre de Sousa Ferreira, para defender dos índios o povo do Recôncavo, apelara aos paulistas.
Em 20 de julho de 1671 Brás Rodrigues de Arzão recebeu patente de capitão-mor da leva de Estêvão Parente para combater os maracás, dada na Bahia. A bandeira vai agir de modo destruidor, levando os índios para além da serra de matas do Orobó, sendo mais ferozes os sertanistas Manuel Vieira Sarmento e Manuel Inojosa.
Em 4 de agosto de 1671 Estêvão acabava de chegar à Bahia com 400 homens brancos, além de mamelucos e índios, muito maltradados pelo mar. Eram seus companheiros ademais dos acima citados João Amaro Maciel Parente, seu filho; o sargento mor Brás Rodrigues de Arzão; Antônio Soares Ferreira e Antônio Afonso Vidal.
Em 7 de agosto e 12 de agosto, há duas ordens do Governador Afonso Furtado, de que se conclui que Estêvão, tendo embarcado em Santos ao mesmo tempo que Arzão, custara tanto a chegar que havia poucas esperanças. Como Arzão há muito estava na Bahia, partiu para o sertão para aproveitar o tempo das águas, levando o Regimento com o posto de capitão-mor da conquista, subordinado sempre porém a Estêvão Parente. Quanto Parente desembarcou, Furtado deu ordem a Arzão de o esperar nos campos do Aporá para juntos prosseguirem.
Em 14 de novembro de 1673 o Governador Geral o nomeia capitão-mor da nova vila de Santo Amaro da Conquista, erguida no local da aldeia dos índios cochos, escolhido por ele para a fundação do povoado, como desejava o Governador Geral. Parente permanece na Bahia, participando de outras expedições de conquista, como a dos índios maracás em 1674, a dos escravos negros dos Palmares em 1675.
Durante dois anos de lutas, Estêvão Parente venceu os índios tapuias do Orobó, remetendo os prisioneiros para as casas fortes criadas em Paraguaçu, Ibirutuca, Piranhas. Todo o movimento colonizador operado posteriormente nas cabeceiras do rio Paraguaçu, rio Jacuípe, rio Jequiriçá e rio Orobó até Sincorá foi resultado desta bandeira.
Em 14 de julho de 1676 mandou-se entregar a Estêvão Ribeiro Baião Parente a munição necessária para a entrada contra os índios que atacavam as povoações dos campos do Guairaru. Em 1677 a Junta Trina o recrimina por estar cativando índios mansos, pertencentes a Gaspar Rodrigues Adorno, mas meses depois o elogia, por feitos contra os índios bravos. A esse tempo o Capitão Mor Domingos Rodrigues de Carvalho procurava vencer os tapuias das margens do rio São Francisco, o cabo paulista Domingos de Freitas e Azevedo e seu irmão Bernardo combatiam os índios aniós, antes de vir outro paulista, Francisco de Chaves Leme.
Comenta o livro «Ensaios Paulistas», editora Anhambi, São Paulo, 1958, página 635: «Uma das maiores campanhas de sertanismo organizadas em São Paulo na última metade do século XVII foi a que organizou Estêvão Ribeiro Baião Parente a chamado do governo do Brasil, levando em seu estado maior dois bandeirantes dos de maior prol, seu filho João Amaro Maciel Parente e Brás de Arzão, bandeira esta que se desforrou, do modo mais completo, do malogro da expedição de Domingos Barbosa Calheiros.»
[editar] Casamento e posteridade
Casamento: foi casado com Maria Antunes, de quem teve dois filhos.
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- 2 - João Amaro Maciel Parente.