George Edward Challenger
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George Edward Challenger é um personagem do livro O mundo perdido de Arthur Conan Doyle.
Em 2000, com a versão em seriado do livro, challenger foi vivido por Petter Mcawley.
"O que só pode ser observado a olho nu...
Eis um homem que parece ver a vida sob as múltiplas lentes sobrepostas do microscópio. Que parece analisar tudo sob a implacável e precisa ótica de sua lupa. Que tenta encontrar uma explicação razoável e científica para tudo o que vê e vive. Mas que aprendeu que nem tudo pode ser interpretado através desse olhar tacanho. O mundo é vasto, e exige um ponto de vista amplo e uma mente aberta.
Um homem da ciência, um gênio de conhecimentos e idéias avançadas, um visionário. O mentor intelectual da expedição que juntou um grupo tão díspar quanto um cientista, um caçador, um jornalista, e uma herdeira. Que decidiu aceitar a hospitalidade de uma caçadora quando se viram perdidos num mundo perdido. Que decidiu trazer do futuro mais um membro para juntar-se à expedição – ou à família? - em que vivem. E que não só tem o título mas definitivamente conquistou o respeito do grupo como líder – no sentido mais amplo e profundo do conceito de liderança.
Um apaixonado pela busca científica – não pelas descobertas em si, mas pelo processo da busca. Tão apaixonado que não hesita em deixar para trás a esposa e embarcar na maior aventura de sua vida: a investigação da existência do mundo perdido. Tão profundamente envolvido que é capaz de construir, com os elementos mais simples e primitivos, sistemas que trazem segurança e conforto a todos os membros do grupo, mesmo no meio da selva. Tão inteligente que pode propor alternativas viáveis – apesar de eventualmente mirabolantes – de encontrar o rumo de casa. Visionário para aceitar que há assuntos de fé e assuntos espirituais que a ciência não explica mas que pode ajudar a resolver – admitindo mesmo que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. Consciente a ponto de voltar atrás a tempo quando percebe que suas atitudes ou suas invenções podem ser usadas para o mal. Avançado a ponto de prever o futuro, e de ir – e voltar – desse futuro. Ousado a ponto de ser a cobaia de suas experiências, com conseqüências espantosamente surpreendentes no caso do tele-transporte, ou definitivamente arriscadas – como a invenção do elixir que mataria a fome do mundo.
Um cientista que vê a guerra sob a ótica da ciência. Que se assusta ao ter que encarar o inimigo frente a frente. Mas que não se acovarda pelo medo, ao contrário, é capaz de transformar a própria insegurança em inspiração para si próprio e para outros. Que tenta compreender diferentes culturas e costumes, com respeito e sede de aprendizado. Que não hesita em compartilhar seus conhecimentos...
Alguém que fala do amor com a doçura de um poeta, admitindo que o amor nem sempre termina bem, mas que sempre vale a pena o esforço. Um cientista que usa a lupa de sua alma para enxergar seus amigos. E que, para ser compreendido, também não pode ser observado através de lentes científicas. Pois apenas a olho nu pode-se visualizar o todo, e perceber que o ser humano é muito, muito mais que a simples soma de todas as suas partes..."
By Eowyn K. Tonks
Texto By Cris Zannini