Mécia Lopes de Haro
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D. Mécia Lopes de Haro (ou Mécia Lopez de Haro) (Biscaia, c. 1215 - Palência, c. 1270) foi uma dama leoneso-biscaínha, que pelo seu casamento com D. Sancho II terá sido rainha de Portugal.
Mécia Lopes de Haro era filha de Urraca de Leão, bastarda de Inês Iniguez de Mendonza e de Afonso IX de Leão, e de Lopo Dias de Haro.
Descendia, por via da mãe, Urraca Afonso, do primeiro rei português, D. Afonso Henriques, pois o seu avô materno, o rei Afonso IX de Leão era filho de Urraca de Portugal e, portanto, era neto materno de Afonso I de Portugal e de Mafalda de Sabóia. Seu pai foi [[Lopo Diaz de Haro, senhor da Biscaia]], filho de Maria Manrique de Lara e de Diogo Lopes de Haro, 10º senhor de Biscaia.
Casou-se em primeiras núpcias com Álvaro Perez de Castro, e mais tarde, cerca de 1239, com o rei português D. Sancho II, filho de Afonso II de Portugal e de Urraca de Castela.
Como era estéril, não gerou filhos nem do primeiro, nem do segundo marido. Foi pomo de discórdia durante a guerra civil que viria a depôr o rei português; considerada rainha maldita, foi acusada de dominar o espírito fraco do rei, tendo sido raptada (ao que parece consentidamente) por nobres afectos ao conde de Bolonha, D. Afonso, e levada para o paço real de Vila Nova de Ourém. De resto, aquando da deposição do rei pela bula de 1245 do Papa Inocêncio IV que declara que o seu casamento não é canónico, por não haver tido a dispensa legal requerida entre parentes próximos (como era o caso). Sancho, assim humilhado, acabou por se recolher ao exílio em Toledo, onde viria a falecer.
Pouco mais se sabe da sua vida após a morte do rei D. Sancho.
D. Mécia Lopes de Haro esteve na origem da Lenda da Dama Pé-de-Cabra, compilada por Alexandre Herculano nas suas Lendas e Narrativas.
Precedido por Urraca de Castela |
Rainha de Portugal 1239 — 1246 |
Sucedido por Matilde de Bolonha |