Manuel Teles da Silva
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O 1° Marquês de Alegrete feito em 1687 foi D. MANOEL TELES DA SILVA (1641-1709) 2° Conde de Vilar Maior. Tal varonia dos Silva, das mais antigas da península ibérica, provém dos reis de Leão. Negociador português do Tratado de Methuen.
Como Embaixador extraordinário, ainda como Conde de Vilar Maior, partiu da Corte para concluir o casamento do rei D. Pedro II de Portugal com D. Maria Sofia Isabel de Neuburgo, filha do Eleitor Palatino, como negociador. Nesta missão levou como secretário Antonio Rodrigues da Costa. Levou o mesmo funcionário quando, em 1707, partiu para Viena ajustar os desposórios do Rei D. João V de Portugal com o imperador José, da dinastia de de Habsburgo.
[editar] Casamento e descendência
Casou com D Luísa Coutinho, filha de Nuno Mascarenhas, Senhor de Palma, e D. Brites de Menezes Castelo Branco, filha do conde de Sabugal.
- 1 - Fernão Teles da Silva, 2º marquês de Alegrete.
- 2 - Visconde Tomás da Silva Teles, que entrou para a carreira eclesiástica e foi cônego da Sé de Évora. Deixou a batina pela espada, assentou praça; tomou parte saliente na Guerra da Sucessão da Espanha, foi Coronel do Regimento de Estremoz e General de Batalha. Em 1715 foi para a Alemanha combater os turcos e alistou-se no exército imperial. Em 1717 participou da tomada de Belgrado com o infante D. Manuel de Bragança, irmão de D. João V e filho do rei D. Pedro II de Portugal. Em Portugal, foi Mestre de Campo General, embaixador em Madrid e gentil-homem da Real Câmara. Morreu no castelo de São João da Foz em 1760, por estar envolvido na conspiração do Duque de Aveiro. Desde 1720 casara com a sobrinha D. Maria de Lima, herdeira de D. Tomás de Lima e Vasconcelos, 11° Visconde de Vila Nova de Cerveira, sendo em 1721 agraciado com o título mesmo em vida do sogro. Além de correspondência de Madrid, deixou um "Dicionario sobre a disciplina militar" e "Ciência de um soldado de infantaria, dedicado aos soldados novos", de Lisboa, 1737, publicado sob o pseudônimo de Teotônio de Sousa Tavares. Talvez também o livro raro, anônimo, publicado em 1736, "Avisos de um oficial velho a um oficial moço".
- 3 - Antônio Teles da Silva nascido em Lisboa em 11 de maio de 1667 e morto em 21 de agosto de 1699 aos 32 anos.
- 4 - João Gomes da Silva, conde de Tarouca.
Outro Manuel Teles da Silva (Lisboa, 6 de fevereiro de 1682-9 de fevereiro de 1736 Lisboa) casou em 1698 com D. Eugenia Rosa de Lorena (1683-1724), filha do duque de Cadaval. Era 4º conde de Vilar Maior e 3º Marquês de Alegrete. Secretário perpétuo da Academia Real da História, instituída por D. João V de Portugal. Latinista como o pai e o avô, era um verdadeiro erudito, versado em matemática e em história; para ser um completo fidalgo, segundo o ideal da sociedade do século XVIII, conhecia muito a teoria da equitação. Escreveu: «Historia da Academia Real da Historia Portugueza», Lisboa, 1727; um volume de poemas e epigramas latinos, publicados em 1723; três cartas em latim a António Rodrigues da Costa, uma a Jacob de Castro Sarmento, e um elogio de António Rodrigues da Costa. Na «Collecção dos Documentos e Memorias da Academia» vem algumas Contas de estudos, Discursos, Elogios, etc. Consta ser muito mais importante o que deixou em manuscrito: «Epitome da historia de Portugal até D. João III», um Tratado da esphera, dividido em 12 tratados, um Tratado sobre a origem da impressão, uma Instrucção util para os que começam a ler historia, a história em verso latino do Concilio de Chalcedonia e do 3.º Concilio de Constantinopla, e, finalmente um grande número de elogios, epigramas e odes também em latim.
Um descendente foi Manuel Teles da Silva (nascido em 23 de fevereiro de 1727-?), filho de Fernão Teles da Silva (1703-?), 4º Marquês de Alegrete e 5º conde de Vilar Maior, casado em 13 de junho de 1722 com sua tia e prima, D. Maria de Menezes, morta em 1727.
O nome se repete por numerosas gerações, pois outro Manoel Teles da Silva foi 6.º Conde de Vilar Maior e pelo casamento 2º marquês de Penalva pois casou primeiro com sua prima, D. Francisca de Assis Mascarenhas (morta em 20 de janeiro de 1746), filha do 3º conde de Óbidos e depois com sua outra prima D. Eugênia Mariana Josefa de Menezes da Silva, filha de D. Estêvão de Meneses, 1° marquês de Penalva (filho de João Gomes da Silva, 4° Conde de Tarouca, e D. Joana Rosa de Meneses) e de D. Maria de Lorena. Eugênia foi 2.ª marquesa de Penalva e 6.ª condessa de Tarouca. As armas das duas casas (Alegrete e Penalva), depois de reunidas, ficaram compostas pelas primeiras (Teles da Silva) e pelas segundas (Menezes de Tarouca).