Oliver Cromwell
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Oliver Cromwell (25 de Abril de 1599 - 3 de Setembro de 1658) foi um político britânico. Adquirindo o título de Lorde Protector no seguimento do derrube da monarquia britânica, ele governou a Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 16 de Dezembro de 1653 até à sua morte, a qual se crê ter sido causada por malária ou por envenenamento.
Quando a guerra civil inglesa teve início, Cromwell constituiu uma tropa de cavalaria que se tornou a base dos seus "Ironsides" (a cavalaria de Cromwell). Foi na Batalha de Marston Moor (1644) que Cromwell ganhou proeminência. Como líder da causa parlamentar, e comandante do exército "New Model Army" no qual ele desempenhou um papel fulcral, ele derrotou as forças do Rei Carlos I (Charles I), pondo fim ao poder absoluto da monarquia britânica.
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[editar] Família e infância
Oliver Cromwell descendia de Catherine Cromwell (nascida cerca de 1483), uma irmã mais velha do estadista Tudor, Thomas Cromwell. Apesar de ter casado, manteve o seu nome, possivelmente para manter a ligação com o seu tio famoso. Das suas crianças, Richard Cromwell (1500-1544) foi o pai de Henry Cromwell (1524 - 6 de Janeiro de 1603). As tendências estravagantes de Henry deixaram os seus herdeiros, incluindo o seu filho Robert Cromwell, Escudeiro (1560-1617) com uma herança que incluia terra mas nenhum dinheiro. Oliver nasceu do casamento de Robert Cromwell com Elizabeth Steward ou Stewart(1564 - 1654) a 25 de Abril de 1599.
Oliver nasceu em Huntingdon, no condado de Huntingdonshire em East Anglia. Ele foi um fazendeiro fidalgo, mas teve de vender a sua quinta e terras para pagar as dívidas acumuladas. Já sendo um membro devoto da seita Puritana radical, tornou-se um membro evangélico.
[editar] Deputado parlamentar
Tendo decidido não viajar para o seu tio na Virginia, ele decidiu tornar-se deputado parlamentar (Member of Parliament -MP) por Huntingdon no Parlamento de 1628 - 1629. O seu discurso inaugural foi a defesa de um democrata radical que tinha argumentado a favor do voto universal num panfleto não autorizado. Ele foi também proeminente na defesa das gentes da região de The Fens perante proprietários ricos que pretendiam expulsa-los das suas terras.
[editar] Comandante militar
A influência de Cromwell como comandante militar e político durante a Guerra Civil Inglesa alterou dramaticamente o panorama político das ilhas britânicas. Tendo aderido ao exército sem qualquer experiência militar com a idade de 43 anos, ele recrutou uma unidade de cavalaria e ganhou experiência e vitórias numa sucessão de batalhas em East Anglia. Promovido a General em comando da cavalaria no exército "New Model Army", ele treinou os seus homens para rápidamente reagruparem após um ataque, tática usada inicialmente com grande sucesso na batalha de Naseby. Com o sucesso militar veio o poder político, até que se tornou o líder político do seu tempo.
[editar] Execução do Rei
A chamada "segunda guerra civil", que teve início em 1648 após a fuga de Carlos I de Inglaterra da prisão, sugeriu a Cromwell que não seria possível obter um compromisso com o rei. Muitos acreditam que Cromwell teria sido o principal responsável pela execução de Carlos I em Janeiro de 1649, apesar de haver 59 signatários do mandato de execução.
[editar] Escócia e Irlanda
As ações de Cromwell tornaram-no muito impopular na Escócia e Irlanda, as quais sendo nominalmente independentes, eram efetivamente dominadas por forças inglesas. Em particular, a supressão dos monarquistas na Irlanda em 1649 ainda é recordada entre os irlandeses. O massacre de 3500 pessoas em Drogheda após a tomada desta cidade, compreendendo 2700 soldados monarquistas e todos os homens da cidade que portassem armas, incluindo civis, prisioneiros e padres católicos, é uma memória histórica que alimenta o conflito católico-protestante irlandês-inglês por mais de três séculos.
Cromwell justificou ter ordenado o massacre porque os defensores da cidade continuaram a lutar, em violação das normas de combate, mesmo depois das muralhas da cidade terem sido penetradas.
Hoje, Cromwell é designado pejorativamente de açougueiro em Irlanda.
[editar] Domínio Político
Na sequência da vitória, a monarquia foi abolida e entre 1649 e 1653 o país tornou-se uma república, há muito uma raridade na Europa. A república foi chamada de "Commonwealth of England".
Muitas das ações de Cromwell que se seguiram ao fim da guerra civil parecem-nos hoje pouco sábias ou hipócritas. Ele foi cruel no controle das revoltas que ocorreram dentro do próprio exército no final da guerra (ligadas a falhanços no pagamento das tropas) e mostrou pouca simpatia pelos Levellers, um movimento igualitário que contribuiu fortemente para a causa do parlamento. A sua política externa conduziu à primeira Guerra Anglo-Holandesa em 1652 contra a república dos 7 países baixos, que acabou por ser vencida pelo almirante Robert Blake em 1654.
Uma vez que o rei tinha sido executado, deixou de existir uma causa comum, e o apoio unânime dissolveu-se, tendo as diferentes facções do parlamento retomado o combate político entre si. Numa repetição das ações que o anterior rei tinha tomado e que contribuiram para a guerra civil, Cromwell dissolveu o parlamento republicano num episódio conhecido como o "Rump Parliament" em 1653 e tomou o controle pessoal, como um ditador militar, efetivamente.
[editar] Reestabelecimento da comunidade judaica
Oliver Cromwell autorizou a vinda de judeus para a Inglaterra, acedendo aos pedidos de Menasseh ben Israel, o rabi holandês de origem portuguesa. Em 1290, Eduardo I de Inglaterra tinha expulso os judeus. Séculos depois de terem sido expulsos, os judeus (sobretudo holandeses) voltaram a poder estabelecer-se no Reino Unido