Palácio Piratini
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Palácio Piratini é a sede do poder executivo do Rio Grande do Sul, no Brasil. Foi construído com arquitetura estilo Luís XVI, por ordem do governador Júlio Prates de Castilhos para celebrar a república e expressar a força política do estado. Está situado na Praça Marechal Deodoro, mais conhecida como Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre.
Sua pedra fundamental foi instalada em 1896, mas apenas em 1909, com o reprojeto do arquiteto francês Maurice Gras, que a construção seria acelerada. O Palácio Piratini tem estilo neoclássico francês misturado com estilos barroco e rococó.
O nome de Piratini foi dado em 1955 para homenagear a primeira capital rio-grandense durante a Revolução Farroupilha (1835-1845).
Um dos eventos mais marcantes da história do Palácio Piratini foi durante a legislatura de Leonel Brizola, quando, durante a Campanha da Legalidade, em 1961, o governo federal decretou o bombardeio do palácio, ordem que não foi acatada pelos soldados da base aérea de Canoas. Na ocasião, cerca de 30 mil pessoas estavam acampadas em frente ao Palácio, pedindo a posse de João Goulart na presidência da República.
Índice |
[editar] Detalhes
A influência neoclássica é dominante. Na fachada destacam-se duas esculturas de Paul Landowski, o criador da estátua do Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, que representam a Agricultura e a Indústria. No saguão principal, uma suntuosa escadaria de mármore francês dá acesso ao gabinete do governador.
Nos salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini, os lustres são réplicas dos existentes no Palácio de Versalhes. Murais do pintor italiano Aldo Locatelli ilustram episódios da História do Rio Grande do Sul.
No gabinete do governador existe uma raridade: um antigo telefone folheado a ouro, presente da Companhia Telefônica a Borges de Medeiros e um tapete de 42 metros quadrados, datado de 1930.
Parte do mobiliário foi fabricado por presidiários da antiga Casa de Correção de Porto Alegre. Soleiras e rodapés foram esculpidos em mármore de Carrara.
A arte de Paul Landowski também está presente no pátio interno, com o grupo escultórico A Primavera. No jardim, uma fonte com temas egípcios e uma escultura do Negrinho do Pastoreio, de Vasco Prado.
Na área externa, foi construído em 1971 foi construído o Galpão Crioulo, onde os visitantes são recebidos com demonstrações da culinária e da cultura tradicional gaúchas.
[editar] Visitação pública
Em 2006, completados 85 anos, o Piratini teve 24 ocupantes, entre interventores, presidentes de província e governadores eleitos e nomeados. Desde 1986 é considerado Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e em 2000 foi tombado pelo Patrimônio Nacional.
O Piratini é aberto à visitação pública. Acompanhadas por guias, as visitas podem ser realizadas de segundas às sextas feiras, das 9 às 17 horas, em português, inglês, francês, espanhol e libras, a linguagem dos deficientes auditivos.
[editar] Principais salas
- Saguão Principal
- Salão Negrinho do Pastoreio
- Salão Alberto Pasqualini
- Ala Residencial
- Salão dos Banquetes
- Salão dos Espelhos
- Oratório
- Jardins do Palácio
- Galpão Crioulo