Paroxetina
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Paroxetina
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Nome na (IUPAC) | |
(3S-trans)-3-[(1,3-benzodioxol-5-iloxi)metil]- 4-(4-fluorofenil)-piperidina |
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Identificadores | |
CAS | 61869-08-7 |
ATC | N06AB05 |
PubChem | 43815 |
DrugBank | APRD00364 |
Informação química | |
Fórmula | C19H20NFO3 |
Peso molecular | 374.8 g/mol |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | ? |
Metabolismo | Extenso metabolismo hepático |
Meia-vida | 3 a 65 horas (média 24 h) |
Excreção | Renal (66%), biliar (37%) |
Considerações terapêuticas | |
Administração | Oral |
Paroxetina ou cloridrato de paroxetina é o mais potente antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina. Além dos transtornos depressivos a paroxetina tem sido empregada nos distúrbios em que, supostamente, há uma influência serotonérgica como no transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do pânico.
A potência antidepressiva da paroxetina é equivalente ao dos antidepressivos tricíclicos com a vantagem de produzir bem menos efeitos colaterais, equivalendo-se também às demais medicações do mesmo grupo como a sertralina, a fluoxetina e a fluvoxamina.
Estudos longitudinais de um ano sugerem que há um efeito preventivo de recaída da depressão proporcionado pela paroxetina. Nos idosos a paroxetina apresentou o mesmo desempenho das medicações equivalentes. No pânico mostrou-se tão potente quanto a clomipramina. Durante o intervalo de um ano (tempo de duração do estudo em questão) a paroxetina não perdeu a eficácia como antidepressivo.
Outros transtornos em que tem se verificado a eficácia da paroxetina são: fobia social, tensão pré-menstrual e dor de cabeça crônica. Com a paroxetina há muito menos desistências do tratamento por causa dos efeitos colaterais, como ocorre com os antidepressivos tricíclicos. Reações colaterais perigosas são raras de acontecer com a paroxetina.
Índice |
[editar] Precauções ao uso de Paroxetina
No início da terapia com paroxetina, o doente deve ser acompanhado por especialista, devido ao aumento de possibilidade de suicídio.
Não é aconselhado o seu uso a menores de 19 anos e em especial a menores de 17 anos (excepto em casos muito especiais), pois os riscos de suicídio são relativamente elevados.
Não tomar sob nenhuma circunstância a tranilcipromina ou equivalente dentro de um período de 2 semanas depois de suspenso o cloridrato de paroxetina.
Não deve ser tomada durante a gestação.
Usuários de paroxetina não podem parar e retomar o tratamento mais do que poucos dias de intervalo entre as dosagens, pois a paroxetina perde o efeito se parado o tratamento por um tempo significativo e então retomado.
[editar] Laboratórios Fabricantes (Brasil)
Cloridrato de Paroxetina - medicamento genérico
- Apsen
- Biosintética
- Eurofarma
- Libbs
- Mepha
- Apotex
- Ranbaxy
- Brainfarma
- Zydus
[editar] Classificação
[editar] Nomes comerciais
- Aropax ou Oxetine in Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina e Brasil,
- Aroxat ou Aroxat CR in Chile
- Benepax in Brasil
- Cebrilin na América Latina
- Deroxat na Suíça e França
- Motivan e Paroxetina em Espanha
- Optipar na Finlândia
- Paroxat na Alemanha e Hungria
- Paxil or Paxil CR nos Estados Unidos da América, Canadá, México, Argentina, Brasil, Japão e Venezuela,
- Pondera no Brasil,
- Seroxat na Áustria, Bélgica, Egipto, Finlândia, Islândia, Suécia, Noruega, Grécia, Israel, Países Baixos, Polónia, Portugal, Singapura, Espanha, Turquia, Reino Unido, China e Coreia do Sul
- Posivil in Chile,
- Pexot, Paraxyle ePlasare no Paquistão
[editar] Efeitos Colaterais
Geralmente os efeitos colaterais estão mais presentes durante as primeiras 1-4 semanas enquanto o corpo se adapta a droga. Quase todos os ISRSs são conhecidos por causar um ou mais destes sintomas. Uma pessoa recebendo tratamento com paroxetina pode ter alguns, todos, ou nenhum dos efeitos colaterais, e a maioria dos efeitos colaterais irão desaparecer ou diminuir com o tratamento contínuo, mas para alguns pode permanecer durante todo tratamento.
- Náusea
- Sonolência
- Enxaqueca
- Alterações no peso e apetite
- Alterações no comportamento sexual
- Boca seca
- Obstipação
- Diarréia
- Comportamento agressivo (esp. em crianças)
- Possível comportamento suicída
- Possível má formação congênita
- Hiperatividade/Impulsividade ou Acatisia
- Irritação da pele
- Insuficiência sódica
- Alterações urinárias
- Suor
- Fraqueza muscular
- Níveis de agressão não característicos
- Não consegue chegar ao orgasmo ou outros efeitos colaterais sexuais
Indivíduos que apresentem qualquer um dos seguintes sintomas devem procurar um médico imediatamente:
- Espamos musculares da mandibula, pescoço ou nas costas
- Febre, frio, suar frio, ou sintomas de gripe
- Amarelamento da pele ou dos olhos
- Fezes pretas, escuras
Fora esses efeitos colaterais, a Paroxitina é eficaz e bem aceita pelos adultos. Paroxetina é indicada para tratamento de depressão profunda, especialmente em adultos que não respondem a outros medicamentos.
[editar] Ligações externas
Antidepressivos (ATC N06A) | ||
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Inibidor da MAO (IMAO) | Iproniazida, Isocarboxazida, Nialamida, Fenelzina, Tranilcipromina | |
Inibidor reversível da MAO-A (RIMA) | Moclobemida | |
Inibidor da recaptação de dopamina (DARI) | Amineptina | |
Inibidor da recaptação de noradrenalina-dopamina | Bupropiona | |
Inibidor da recaptação de noradrenalina | Maprotilina, Reboxetina | |
Inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina | Duloxetina, Milnaciprano, Nefazodona, Venlafaxina | |
Inibidor selectivo da recaptação de serotonina (SSRI) | Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Fluvoxamina | |
Acelerador selectivo da recaptação de serotonina (SSRE) | Tianeptina | |
Antidepressivo tricíclico | Amitriptilina, Clomipramina, Imipramina, Nortriptilina | |
Antidepressivo tetracíclico | Maprotilina, Mianserina, Nefazodona | |
Outros | Mirtazapina |