Revisionismo do Holocausto
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O revisionismo ou negação do Holocausto é uma opinião ou avaliação de vários indivíduos e grupos que alegam que o holocausto dos judeus na segunda guerra mundial não existiu na realidade. Esta corrente de pensamento não é aceite pela maioria da comunidade científica e é proibida por lei em alguns países, como factor de incitação ao anti-semitismo e neonazismo, o que segundo os revisionistas nada mais é do que atitudes de censura e lavagem cerebral.
Os revisionistas do Holocausto são em geral indivíduos que alegam ser historiadores sérios; no entanto, como já foi demonstrado em tribunal em várias ocasiões (eg: David Irving), já recorreram a falsificação de documentos, uso de documentos falsificados e manipulação de fontes para promover as suas ideias. As principais ideias que estes indivíduos recusam aceitar são:
- O governo Nazi tinha um plano organizado para exterminar os judeus.
- A Conferência de Wannsee e a solução final (São ignorados ou considerados exageros)
- Cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados pelos nazis em campos de concentração (O número é considerado um exagero e o desaparecimento de 6 milhões de pessoas - uma grande parte de origem judaica - é explicado com migração em massa)
- Foram usadas câmaras do gás Zyklon-B para assassinar os judeus e outras etnias consideradas indesejáveis (Os revisionistas admitem que se usou "Zyklon-B" mas para fins de desparazitização)
Ainda de acordo com os revisionistas, os judeus teriam elaborado um documento chamado "Protocolo dos Sábios de Sião", documento este considerado falso, criado na Rússia pela Okhrana (polícia secreta), que culpava os judeus pelas mazelas da Rússia e por tencionarem adquirir amplo poder. O que a Alemanha nazista teria feito, então, foi confinar os judeus em guetos de forma que não pudessem por em prática seus "terríveis planos".
A recusa em aceitar que o Holocausto existiu como fruto de uma política organizada, e que milhões de pessoas foram assassinadas em câmaras de gás vai contra os testumunhos não só dos sobreviventes, como também dos oficiais nazis encarregues dos campos de concentração, que admitiram os seus crimes depois do fim da guerra.
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[editar] Supostos testemunhos
Em Janeiro de 2005, Oskar Gröning, um antigo soldado alemão das tropas nazis, cansado do aumento da propaganda negacionista sobre o Holocausto e com a proximidade do sexagésimo aniversário da liberação de Auschwitz, decidiu dar testemunho sobre seu passado que ocultara durante esses 60 anos. Gröning foi membro da Juventude Hitleriana, dali passou a ser membro do partida nazista e mais tarde se arrolou nas SS com a idade de 22 anos. Ao fim de dois anos de trabalho administrativo, foi prestar o mesmo serviço em Auschwitz, em 1942. Inicialmente, Gröning acreditou que aquele seria um campo de concentração "normal" - campo de trabalhos forçados - até que um superior lhe indicou que os bens retirados aos prisioneiros judeus, não lhes eram restituídos, e que aqueles que não estavam aptos a trabalhar eram executados. Após ter tomado conhecimento do propósito do campo, Gröning solicitou transferência para a frente de combate, mas o seu pedido foi recusado. Dada a natureza do seu trabalho, Gröning afirma não ter tomado parte directamente nas execuções, tendo estado apenas ligado à selecção dos pertences dos prisioneiros. Em 1944, o seu pedido de transferência foi aceite, e Gröning foi colocado numa unidade de combate, estacionada nas Ardenas. Mais tarde, foi ferido em combate, e foi posteriormente capturado pelas tropas Aliadas, tendo omitido durante interrogatório, ter estado colocado em Auschwitz. Esteve detido em diferentes campos de concentração, incluindo um campo de trabalhos forçados, na Inglaterra. Em 1948, foi libertado e regressou ao seu país, onde viveu pacíficamente sem ter deliberamente ocultado o seu passado, segundo afirmou. Finalmente, no início de 2005, incomodado com os comentários negacionistas de um seu conhecido, e porque já não poderia ser processado pelo Estado Alemão por crimes de guerra, Gröning decidiu revelar publicamente o seu passado e alertar para a veracidade do Holocausto.
[editar] Negação do Holocausto
Os Revisionistas concordam que o Estado Nacional-Socialista dispensou aos judeus um tratamento cruel através da cassação dos direitos políticos, econômicos e sociais, a transferência forçada para guetos, deportações em massa, internação em campos de concentração e imposição de maus tratos. O que diferencia a visão revisionista da tradicional é que a primeira defende: que o extermínio físico dos judeus nunca foi política oficial de Estado; que as câmaras de gás que se utilizavam nos campos de concentração destinavam-se a desinfecção de roupas e outros objetos e não ao extermínio de pessoas; que o número tradicional e normalmente aceito de 6 milhões de vítimas é um irresponsável exagero.
Contrariamente ao senso comum, a tese revisionista não implica necessariamente em anti-semitismo ou racismo. O fato de questionarem e pesquisarem muitos aspectos obscuros do Holocausto, não o aceitarem como dogma religioso ou político e acharem que foi construído principalmente por testemunhos e pouca sustentação documental não os torna racistas, neo-nazistas ou extremistas de direita.
O espectro revisionista é amplo. O pioneiro foi Paul Rassinier, ex-membro da Resistência Francesa e interno dos campos de concentração de Buchenwald e Dora. Comunistas, socialistas, direitistas, historiadores, engenheiros, químicos e professores universitários formam a linha de frente do revisionismo. Seus principais expoentes além de Paul Rassinier são: David Cole, Bradley Smith, Germar Rudolf, Carlo Mattogno, Mark Weber, Robert Faurrison, Ernst Zundel, Arthur Butz, Jurgen Graff e Ahmed Rami. O historiador David Irving também tem sido incluído nesta lista apesar de nunca ter publicado nada sobre o assunto.
O cerceamento legal em boa parte dos países ocidentais, cujas leis tornaram o Holocausto dogma jurídico e político e que passaram a tratar o revisionismo como prática criminosa associada ao racismo e à incitação pública (dos nomes citados no parágrafo anterior, quatro estão presos na Alemanha e na Áustria condenados por leis que suprimiram a liberdade de expressão) e as pressões de grupos executadas sobre a mídia fizeram com que a Internet passasse a ter um papel fundamental na divulgação das idéias revisionistas.
Hoje, a divulgação das idéias revisionistas é feita através de sites pessoais, de institutos ou grupos de discussão tais como: “The Revisionist Fórum”, “Radio Islam”, Institute for Historical Review”, “Adelaide Institute”, “Committee for Open Debate on the Holocaust”, “AAARGH”, “VHO” entre outros. As principais obras e relatórios revisionistas estão disponíveis para downloads nestes sites.
[editar] Precursor
O precursor do Revisionismo foi um francês ex-membro da Resistência Francesa e que por suas atividades foi preso e internado pelos alemães nos campos de concentração de Buchenwald e Dora. Paul Rassinier foi o primeiro a levantar, através de publicações, dúvidas sobre a existência do Holocausto baseado em aspectos técnicos e na sua experiência pessoal.
No final dos anos 70, Robert Faurrison, francês e professor da Universidade de Lyon, foi o primeiro a confrontar testemunhos de sobreviventes com a realidade dos campos e com os aspectos técnicos necessários a uma operação desta monta. Foi ainda o primeiro a dizer com clareza que “não houve uma simples câmara de gás sob Adolf Hitler”. Mais tarde elaboraria estudos que sustentavam a frase com argumentos físicos, químicos, arquitetônicos e topográficos. Em 1979 o Jornal Le Monde publicou um artigo onde Faurrisson sintetizava sua tese e que deu início ao debate que até hoje se verifica. No final da década de 80 a publicação do Relatório Leuchter, de Fred Leuchter, dá início a uma nova etapa no assunto e é um marco na história do Revisionismo. Do campo do debate teórico passa-se a discussões técnicas baseadas em análises forenses que culminarão com um relatório ainda mais técnico e profundo chamado de Rudolf Report, escrito pelo químico e pesquisador alemão Germar Rudolf .==
As grandes colunas de sustentação do revisionismo são: a falta de documentos que comprovem que a “Solução Final” foi política oficial e planejada do Estado nazista (ausência de ordens, planos, orçamentos etc...), inexistência de condições técnicas e operacionais e a ausência de qualquer investigação forense nos campos.
Muitos depoimentos fantasiosos reconhecidos como tal pelos tribunais, confissões obtidas sob tortura, ausência de regras técnicas para obtenção de evidências pelos tribunais, a adoção do Holocausto como dogma acima de qualquer contestação técnica e jurídica somada ao constante patrulhamento e a uma política repressiva da liberdade de expressão é que formaram o “caldo” necessário à fermentação e ampliação das idéias revisionistas.
[editar] Inexistência de Documentos
Em “The Mith of the Extermination of the Jews: Part I”, Carlo Mattogno cita dois autores que possuem a tradicional visão do Holocausto (Gerald Retlinger e Enzo Collotti) que afirmam: “é fácil entender que tão horrorosa tarefa não pôde ser conduzida por poucas centenas, ou até poucos milhares; que não possa ter sido consumada sem uma extensa organização, sem apoio e colaboração dos mais diversos setores da sociedade e dos diversos níveis hierárquicos do governo” ou “a Alemanha de Hitler era um estado policial de muitos níveis hierárquicos que deixou centenas de toneladas de documentos”. O Tribunal Militar Internacional de Nurenberg anunciou que os aliados capturaram “todos os arquivos secretos do governo alemão, incluindo os documentos do Ministério do Interior, da Marinha, do Exército, do Partido Nacional Socialista e da Polícia Secreta do Estado (Gestapo)”. Somente os americanos analisaram 1.100 toneladas de documentos, dos quais separaram somente 2.500 documentos para uso como prova de acusação no tribunal.
Apesar de toda esta massa de papéis, alguns historiadores com a visão tradicional do Holocausto escreveram:
- Liliano Fangion: “a despeito da grande quantidade de documentos capturados pelos aliados no final da guerra, são precisamente os documentos concernentes ao processo de formação da idéia da Solução Final da questão judaica que estão faltando”
- Em Walter Laqueur encontramos: “até o presente momento uma ordem escrita de Hitler com relação à destruição da comunidade judaica ainda não foi achada”.
O renomado Joachim Fest, em seu best-seller Hitler escreveu: “até o presente dia a questão de conhecer quando Hitler tomou a decisão sobre a questão da Solução Final dos judeus está em suspenso, e pela simples razão de que nenhum documento existe sobre o assunto”.
- No “Protocolo de Wannsee”, tido como um documento comprobatório do Holocausto, nada se encontra que explicite de forma clara que nesta reunião de 20 de janeiro de 1942 tramou-se ou tomou-se a decisão sobre o extermínio dos judeus (a tradução literal em inglês pode ser encontrada em http://www.fpp.co.uk/Himmler/WannseeEnglish.html ).
- Assim, o argumento revisionista é de que num Estado totalitário com um enorme sistema burocrático, a gigantesca tarefa da “Solução Final” geraria uma massa de documentos que comprovariam a intenção, planejamento e execução do extermínio.
[editar] Condições e perícias técnicas
A tradicional versão do Holocausto conta que, em sua maioria, os judeus foram mortos através do envenenamento por gás nas câmaras construídas para este fim. O nome Zyklon B, marca comercial alemã do Cianeto de Potássio (HCN), ficou mundialmente famoso como o agente que teria permitido aos nazistas implementar o extermínio. Pilhas de latas do pesticida encontradas após a entrada dos aliados nos campos foram divulgadas no mundo inteiro como uma das provas do extermínio.
[editar] O HCN – utilização e propriedades
O estudo do HCN e de sua utilização são fatores importantes para os revisionistas já que serão comparados com as estruturas físicas existentes onde supostamente ocorreram os extermínios além de comparações com o modus operandi dos gaseamentos conforme descrito por testemunhas e sobreviventes. O cianeto de hidrogênio, comumente chamado de ácido cianídrico ou cianureto, é um sal inorgânico que contém o íon cianeto. Os cianetos são extremamente venenosos devido a habilidade do íon em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue. Mata por sufocamento.
Começou a ser usado em larga escala durante a I Guerra Mundial quando os dois lados o utilizaram como arma na fabricação de projéteis para artilharia fazendo com que os ataques com gás fossem rotineiros no front.
Desde então tornou-se o principal agente para extermínio de insetos e parasitas como piolhos, pragas da agricultura, cupins e baratas.
Além de ser um poderoso veneno, quando em contato com o ar e sob certas condições, torna-se altamente explosivo.
Outra característica do HCN é sua alta mobilidade e capacidade de penetração em qualquer substância ou material poroso, aí incluído paredes e muros.
Em 1995, centenas de habitantes de uma cidade da Croácia foram evacuados devido aos efeitos de uma ação mal planejada com HCN contra cupins em uma igreja do bairro.
O HCN é também altamente tenaz em sua estabilidade. Quando aplicado em ambientes mal ventilados ele adere em objetos úmidos mantendo sua ação nociva por horas e dias. Também em 1995, três crianças na cidade de Montérolier (França) acharam numa caverna um antigo artefato de gás HCN da época da I Guerra Mundial. Colocaram-no no fogo e morreram em conseqüência da explosão. Quatro bombeiros e o pai de uma das crianças que entraram na caverna para procurarem as crianças morreram dias após devido a absorção pela pele do veneno que tinha sido liberado após a explosão. Seis dias após suas mortes o nível de concentração de cianeto no sangue era ainda suficiente para ser fatal. Outra característica do HCN é que ele reage quimicamente com o óxido de ferro formando o “Iron Blue”, um composto altamente estável que se manifesta através de manchas azuladas em paredes decorrentes da reação do HCN com o ferro utilizado na construção de objetos de alvenaria. A umidade atua como catalisador da reação.
Foi também o HCN o gás utilizado nas câmaras de gás americanas quando estes passaram a executar prisioneiros condenados a pena capital a partir de 1924. Estas câmaras de execução instaladas nas penitenciárias americanas contavam com janela de vidro reforçado, porta maciça e com sistema para fechamento hermético, poderoso sistema de ventilação com sistema de queima do gás evacuado e tratamento químico no interior da câmara após sua utilização para eliminar qualquer traço do veneno. O americano Fred Leuchter era nos anos 80 e 90 um técnico especializado em câmaras de gás e outros artefatos destinados à execução de presos condenados a morte. Suas tarefas consistiam em projetar e fabricar estes equipamentos bem como possuía contratos com governos estaduais para supervisionar a instalação e operação dos mesmos.
O New York Times, num artigo de 13 de outubro de [[[1990]] o descrevia como o “principal consultor americano quando o assunto é pena capital”.
As dificuldades técnicas e os riscos à segurança envolvidos numa execução com HCN são enormes. Segundo Leuchter, “após a execução o corpo do executado tem que ser completamente lavado com água sanitária ou amônia e se você o entrega sem este processo ao coveiro, você irá matá-lo”. O gás, aspirado sob a forma de vapor, é absorvido também pela pele e passa a “suar” sob os poros. A opinião de Leuchter é que a execução por gás nos EUA não deveria ser abandonada por ser um método cruel, mas sim por ser extremamente perigoso a quem se envolve na operação e para as testemunhas.
[editar] O Relatório Leuchter
Em fevereiro de 1988, o revisionista e professor Faurrison convidou Fred Leuchter, o especialista em tecnologia de execução, para dar um parecer sobre a viabilidade técnica de se executar pessoas utilizando HCN assim como alegado por testemunhas e sobreviventes, dadas as condições contidas nas supostas câmaras de gás utilizadas para este fim.
A finalidade deste estudo seria usá-lo como prova na defesa de Ernst Zundel, um revisionista alemão então processado no Canadá, acusado de divulgar idéias negadoras do Holocausto através da publicação do livro “Morreram Realmente Seis Milhões?”. Canadá, Alemanha, Áustria, França, Austrália e Israel, entre outros, possuem leis que impedem a divulgação de idéias revisionistas sob o argumento de que estimulam o racismo e promovem incitação social.
Leucher, até então um crente na tradicional teoria do Holocausto, examinou fotografias aéreas de reconhecimento tiradas pelos aliados durante a guerra, fotografias das câmaras hoje expostas aos turistas e fotocópias de plantas baixas e planos das câmaras e crematórios disponíveis no museu de Auschwitz e que lhe foram entregues por Faurrison. Foi o suficiente para Leuchter levantar sérias dúvidas sobre a possibilidade de se exterminar pessoas dadas as condições do local.
O especialista partiu então para a Polônia onde visitaria o Campo de Auschwitz-Birkenau que, conforme toda a literatura do Holocausto, era o maior e principal centro de extermínio do III Reich e que foi transformado em museu após a guerra.
Leuchter concentrou-se nos 65m2 da alegada câmara de gás de Auschwitz e nos 210m2 da alegada câmara de Birkenau, campo anexo e acessório de Auschwitz, que não foram examinadas, assim como todo o campo, de modo forense logo após a guerra. Visitou e periciou ainda o campo de concentração de Majdanek (Lublin), outro notório centro de extermínio conforme descrito pela tradicional versão do Holocausto.
Junto às câmaras de gás funcionavam também câmaras de desinfecção. Estas câmaras de desinfecção existiam em quase todos os campos e eram destinadas à desinfecção das roupas dos internos como medida de prevenção e combate aos piolhos e outros parasitas transmissores do Tifo, doença altamente contagiosa que voltou a aparecer na Europa durante a II Guerra Mundial devido a explosiva combinação de precariedade de higiene com a alta concentração de pessoas nos campos de concentração, campos para prisioneiros de guerra e no front.
Faurrison foi o primeiro a observar que as supostas câmaras de gás não apresentavam quaisquer indício de uso intenso e contínuo do Zyklon B, pois dada a estabilidade, o alto poder de penetração e a reação com o ferro e a umidade seria de se esperar que suas paredes mostrassem uma coloração azulada provocada pela reação química. Em contraste, as câmaras utilizadas para desinfecção de roupas, onde o Zyklon B foi utilizado de forma intensa, mostravam paredes internas e externas manchadas de azul. Tal é a estabilidade e o poder de penetração do composto que, mesmo após décadas de exposição à intempéries, as manchas azuis nas câmaras de desinfecção podem ainda serem observadas conforme demonstram várias fotos inseridas em publicações revisionistas, principalmente no relatório de Germar Rudolf, químico alemão.
Escondido, já que a administração do museu não permite perícias técnicas e determina que qualquer pessoa só pode adentrar ao campo acompanhado de guias próprios, Leucher periciou e comparou as dependências físicas das supostas câmaras de gás com as condições necessárias para uma instalação destinada a este fim.
Recolheu ainda 32 amostras das paredes destes locais encaminhando-as para análise num laboratório americano especializado que não foi informado da origem do material. Leuchter produziu um relatório de 192 páginas que foi apresentado no julgamento de Zundel e que posteriormente foi publicado com o nome de “Leuchter Report”. Encontra-se disponível para download na página do Institute for Historical Review em www.ihr.org.
Antes de Leucher, o tribunal ouviu o depoimento de Bill Armontrout, Diretor Geral do Presídio de Segurança Máxima de Jefferson, que confirmou que Leuchter era o maior expert em câmaras de gás nos EUA bem como explicou as grandes dificuldades técnicas e de segurança que envolviam executar uma só pessoa em seu presídio.
As conclusões do relatório foram as seguintes:
- Nenhum local vistoriado em Auschwitz-Birkenau e Majdanek teria condições físicas e técnicas de abrigar múltiplas execuções utilizando-se de gás
- Tendo em vista o tamanho das câmaras e trabalhando com capacidade máxima, levaria-se 68 anos para exterminar 6 milhões de pessoas caso estes locais tivessem capacidade técnicas de realizar operações de gaseamento
- A forma de construção das supostas câmaras de gás mostram que elas jamais poderiam ter sido usadas para esta finalidade. Principalmente: ausência de vedação, ausência de estruturas preventivas de condensação, ausência de exaustão adequada do ar de forma a permitir uso contínuo, ausência de dispositivo para distribuir o gás de forma uniforme pela câmara, ausência de devida separação entre a câmara e o crematório levando em consideração o alto poder explosivo do gás, ausência de uso de equipamentos de proteção conforme descrito por testemunhas e ligação do dreno da câmara diretamente ao sistema pluvial do campo
- A análise das 32 amostras realizadas por laboratório independente mostraram que enquanto a magnitude de CN encontrada nas câmaras de desinfecção de roupas era de 1.025mg CN/kg a encontrada nas alegadas câmaras de gás variava de zero a 8 mg CN/kg.
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