Zé do Monte
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José do Monte Furtado Sobrinho ou mais popularmente conhecido como Zé do Monte foi um jogador de futebol brasileiro. nascimento 1928
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tinha sua filosofia: amar a bola sobre todas as filhas de coronéis. Quer dizer: 1º o futebol, depois o namoro. Foi assim que ele conseguiu ser o maior centro-médio do futebol mi- neiro, só comparado,bem mais tarde a Piazza e Toninho Cerezzo. Sem dúvida, Zé do Monte era mais clássico que qualquer um deles. Ninguém se lembrava em Minas de ter visto Zé do Monte atuar mal em uma partida. Levava a profissão a sério e, com isso, fortificou no espírito da massa o amor ao Galo Carijó, símbolo criado pelo excelente desenhista Mangabeira. Zé do Monte costumava entrar em campo com um galo nas mãos, para, depois, soltá-lo pelo gramado. Jogava sério, não dava pancada. Tinha o senso perfeito da marcação - e fazia, com igual perfeição, lançamentos para as pontas. Tinha fibra e saúde. Raramente ficava fora de um jogo e acabou sendo o melhor líder que o time teve em todos os tempos. Em 1953, conseguiu uma de suas maiores vitórias no futebol. O Atlético viajou a Belém do Pará, e Lucas, impedido de viajar, fez a devida comu- nicação ao presidente José de Paula Junior. Mas, na volta da delegação, ao encontrar-se com Lucas no Estádio Antônio Carlos, o técnico Iustrich o agrediu, sem ao menos lhe perguntar o motivo da ausência. Zé do Monte comprou a briga, a sua maneira. Foi ao presidente e propôs a alternativa: dispensar o técnico ou dispensar o time inteiro. O dirigente despediu Iustrich, e ainda o proibiu de voltar a pisar no gramado do Antônio Carlos. Zé do Monte parou aos 27 anos, ao estourar os meniscos. Depois de parar com o futebol, namorou muito. Casou-se. Tem cinco filhos. E, economicamente, está bem.
