Anchises
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Na mitologia grega, Anchises foi um príncipe Troiano, primo do rei Príamo. Em sua época, Anchises era conhecido por possuir seis excelentes cavalos (algo valorizado na época, uma vez que os Troianos eram exímios cavaleiros) e por ter sido um amante mortal da Deusa Afrodite, com quem teve o filho Enéas - quem conduziu os sobreviventes da destruição de Tróia ao final da Guerra de Tróia.
Originário de Dardania, um território vizinho a Tróia, Anchises era filho de Capys e de Themiste (esta era irmã do Rei Laomedonte - pai do Rei Príamo).
Anchises era dono de seis extraordinários cavalos, que ele obteve cruzando suas éguas secretamente com os garanhões pertencentes ao Rei Laomedonte (presentes de Zeus ao seu pai Tros, após levar seu filho Ganimedes). Dois deles foram dados a seu filho Enéas, para que os usasse durante a Guerra de Tróia.
Um dos momentos mais importantes na biografia de Anchises foi quando encontrou Afrodite, Deusa do amor e da beleza. Ela se apaixonou por ele e, disfarçada de mortal, o conquistou. Juntos tiveram um filho, Enéas. Certa vez, após beber muito vinho, Anchises revelou aos seus amigos que era amante de uma Deusa e isso deixou Zeus furioso, que o atingiu com um raio, que o deixou manco.
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Após a queda de Tróia, Enéas liderou a fuga dos sobreviventes. Enquanto escapava da cidade em chamas, em um gesto de piedade, Enéas carregou seu pai nos ombros (anchises, que já estava velho) enquanto guiava seu filho (Ascanius) com a outra mão. Alguns acreditam que este momento, onde três gerações foram salvas da destruição de Tróia, foi obra da Deusa Afrodite, que os guiou através da destruição.
Essa cena aparece no Filme "Tróia" ("Troy"), de 2004 (da Warner e do diretor Wolfgang Petersen, com o Brad Pitt), porém ligeiramente distorcida: no filme, o príncipe Páris entrega "a espada de Tróia" para um jovem que estava fugindo da cidade em chamas (que se identificou como Enéas) ao lado de um velho (que deduz-se ser Anchises).
Anchises acompanhou seu filho Enéas e o restante do povo de Tróia em sua viagem até a Itália. Anchises morreu antes do fim da viagem e foi cremado na Sicília, no monte Anchisia (que recebeu este nome em sua homenagem).