Augusto de Beauharnais
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
D.Augusto de Beauharnais | ||
---|---|---|
Príncipe Consorte de Portugal | ||
D.Augusto, Príncipe Consorte de Portugal, 1ºMarido da Rainha D.Maria II |
||
Nascimento | 9 de Dezembro de 1810 | |
Milão | ||
Morte | 28 de Março de 1835 | |
Lisboa | ||
Casa Real | Beauharnais, Duque de Santa Cruz (no Brasil) | |
Pai | Eugênio de Beauharnais, General francês | |
Mãe | Augusta Amélia de Wittelsbach, Princesa da Baviera |
Príncipe Dom Augusto, nascido Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais, foi Duque de Leuchtemberg, Duque de Santa Cruz e Príncipe consorte de Portugal em virtude do seu casamento com D. Maria II (Milão, 9 de dezembro 1810 – Lisboa, 28 de março 1835).
Nasceu em Milão, no dia 9 de dezembro de 1810, filho do general Eugênio de Beauharnais, o enteado de Napoleão Bonaparte e seu Vice-Rei de Itália, neto, pela parte paterna, da Imperatriz Josefina, a primeira mulher de Napoleão, e pela parte materna de Maximiliano I da Baviera.
Era irmão da imperatriz brasileira D.Amélia de Leuchtemberg, a segunda esposa de D. Pedro I, e primo direito do futuro Imperador da França Napoleão III.
Educado nos princípios da honra militar pelo pai, Eugênio de Beauharnais, e da moral católica pela mãe, a Princesa D. Augusta Amélia, filha do Rei Maximiliano da Baviera. Passou a sua infância e parte de sua juventude na cidade de Munique, residência da Família Real da Baviera, da qual faziam parte, por sua Mãe, que era Princesa da Baviera.
Com o casamento de sua irmã, a Imperatriz D. Amélia, o Príncipe bávaro, D. Augusto veio juntamente com a irmã residir no Brasil, onde morou no Palácio de São Cristóvão, de 1829 até 1831, quando da abdicação de D. Pedro I. Durante o período de estadia no Brasil, foi condecorado pelo Imperador brasileiro com o título de Duque de Santa Cruz.
Quando do exílio de D. Pedro I na Europa, D. Augusto voltou para a Baviera para junto dos seus familiares. Depois de reconquistado o trono de Portugal para a rainha D. Maria II, o Príncipe D. Augusto foi o eleito por D. Pedro I, imperador do Brasil e rei de Portugal, como D. Pedro IV, para marido da jovem rainha portuguesa pelas qualidades verificadas durante a sua estada no Brasil, quando acompanhou a sua irmã Amélia, segunda esposa do Imperador.
Cumprindo o desejo do cunhado, D. Augusto casou com a rainha D. Maria II, enteada da sua irmã, por procuração, a 1 de dezembro de 1834, e por palavras e de presente, na Sé de Lisboa, a 26 de janeiro de 1835.
Por uma daquelas coincidências que as consangüinidades reais do tempo favoreciam, quer a avó de D. Augusto, a Imperatriz Josefina, quer a tia de D. Maria, a Imperatriz Maria Luísa, irmã da Imperatriz Leopoldina, tinham sido casadas com Napoleão Bonaparte. – o que significa dizer que o filho do enteado de Napoleão casou com a filha da cunhada de Napoleão.
D. Augusto foi Marechal do exército português e Par do Reino, tomando assento na Câmara Alta alguns dias após o matrimônio.
Fulminado por uma angina, morreu a 28 de março de 1835, no Palácio das Necessidades, ao cabo de escassos dois meses de casamento.
Jaz no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, Lisboa.