Auto-ajuda
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O termo auto-ajuda pode ser referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar economica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panacéia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto.
Antes que um movimento social em qualquer grupo cultural atinja dimensões consideráveis, tradição, experiência e reconhecimento, ele se submete a fase de auto-ajuda do desenvolvimento como grupo. Quando qualquer grupo sovial alcança um certo número de adeptos (cerca de 80 membros), o padrão com humanos adultos parece ser o de haver o desenvolvimento de uma "facção" de auto-ajuda que pode, eventualmente, se desagregar (ou separar-se) do grupo original. Grandes grupos que competem freqüentemente, podem tentar repudiar ou minimizar o grupo que se separou, descrevendo-o como grupo de "auto ajuda" já que a sua experiência supostamente não é tão significante nem verdadeira como a do grupo mais antigo.
O conceito de auto-ajuda também encontrou um lugar em gêneros mais expansivos. Para muitas pessoas, a auto-ajuda passou a ser uma maneira de reduzir custos, especialmente em questões legais, com serviços de auto-ajuda disponíveis para auxílio nas causas rotineiras, desde processos domésticos até ações sobre direitos autorais. No mercado, as tendências relacionadas à auto-ajuda resultaram, nos últimos anos, nos sistemas de pagamentos automatizados. Bombas de gasolina de "auto-ajuda" (self-service ou auto-serviço, como é conhecido esse sistema no Brasil) substituiram as bombas que necessitavam de um funcionário nos EUA, durante os últimos anos do século XX.
Os diversos gêneros em que os conceitos de auto-ajuda são aplicados, são trazidos juntamente com a expansão de tecnologias que dão aos indivíduos condições de conduzir atividades tanto triviais quanto as mais profundas em complexidade. A publicação de livros de auto-ajuda surgiu da descentralização da ideologia, do crescimento da indústria editorial usando novas e melhores tecnologias de impressão e no auge do crescimento, com as novas ciências psicológicas sendo difundidas. Igualmente, serviços de auto-ajuda legal cresceram em torno da expansão do acesso às tecnologias de proteção de documentos. A Internet, e a sempre-crescente seleção de serviços comerciais e de informação que ela oferece, é um exemplo do movimento em torno da auto-ajuda em grande escala. Essa integração produziu um novo tipo de instrumentos, como livros com um código único impresso em cada cópia para garantir que o leitor possa realizar um teste "on-line" que quantifique onde as suas habilidades se comparam nos conceitos ditados pelo livro.
Índice |
[editar] História
O primeiro livro de "auto-ajuda" foi intitulado "Auto-Ajuda". Ele foi escrito por Samuel Smiles (1812-1904) e foi publicado 1859. Sua frase de abertura é: "O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima frequentemente citada no Poor Richard's Almanac de Benjamin Franklin.
[editar] Mercado da Auto-ajuda
O instituto de pesquisas Marketdata estima que o mercado da "Auto-Melhoria" movimentou cerca de US$8.5 bilhões em 2003. Esses negócios incluem comerciais, catálogos, institutos holísticos livros, fitas de audio, paletras motivacionais, o mercado de treinamento pessoal, perda de peso e programas de controle do stress. Eles projetaram que o tamanho total desse mercado pode alcançar mais de US$11 bilhões em 2008.
No contexto desse mercado crescente, a ajuda corporativa e de grupos ao "seeker" também foi movida para o mercado de auto-ajuda, com os sistemas de Treinamento e Terapia de Conscientização de Grandes Grupos preparados com soluções mais ou menos prontas para instruir funcionários a buscar seu próprio melhoramento.
Compare com outros grupos motivacionais que costumam ser considerados "cultos":
- Cientologia
- Método Silva
[editar] Críticas
Embora continuem populares, os livros e programas de auto-ajuda tem sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.
O livro God is My Broker ("Deus é meu Agente") afirma, "O único modo de se tornar rico com um livro de auto-ajuda é escrever um". Livros de auto-ajuda também são criticados por conter afirmações pseudo-científicas que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos".
Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional ("Eu sou deficiente, você é deficiente"), critica o movimento da auto-ajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas.
[editar] Contra-argumentações
Há um crescente número de evidências que terapias psicológicas para ansiedade, depressão e outros problemas mentais comuns podem ser efetivamente combatidos através do uso de livros, programas de computador e outros meios.
Pesquisas mostraram que pessoas que tentam frequentemente resolver sozinhas seus problemas, na maioria dos casos usam técnicas similares àquelas usadas por psicoterapeutas.
Outro contra-argumento é o de que alguns leitores de livros de auto-ajuda buscam "respostas fáceis", mas isso não significa que as respostas nos livros são de fácil aplicação. Um livro pode sugerir um método de agir (fácil ou não), mas apenas o leitor pode levá-lo adiante, e muitos leitores tem mais vontade de fazê-lo que outros. Os que fazem o esforço geralmente tem mais melhorias em suas vidas.
Steven Berglas escreveu:
Para ser justo com Mark Monsky e outros autores de auto-ajuda, há muito material útil em suas obras e muito dos danos causados por esse tipo de literatura acontecem pelo fato de que esses livros não são lidos com atenção ou sequer são lidos. Muitas pessoas citam "insights" dos livros baseados em uma leitura apressada das quartas capas ou dos títulos. (de Reclaiming the Fire by Steven Berglas (2001) ISBN 0679463216)
Benjamin Franklin escreveu no seu autobiography:
Quando eu sabia, ou achava que sabia, o que era certo e o que era errado, eu não via porque eu não deveria sempre fazer um e evitar o outro. Mas logo descobri que tinha assumido uma tarefa muito mais difícil do que imaginava. Enquanto minha preocupação era ficar alerta em relação a uma falha, muitas vezes era surpreendido por outra; o hábito tira vantagem da desatenção; algumas vezes a vontade é muito forte para ser racionalizada. No final das contas, cheguei à conclusão de que a mera convicção especulativa de que é nosso interesse ser totalmente virtuoso não é suficiente para prevenir nossos deslizes; e que os hábitos contrários a isso devem ser quebrados, e o bons devem ser adquiridos e estabelecidos antes que possamos ter qualquer dependência de uma retidão de conduta firme e uniforme.
Enquanto o método descrito por Franklin em sua autobiografia é direto e fácil de entender, ele claramente não sugere que seja uma coisa fácil de fazer. Alguns autores de auto-ajuda talvez tratem rapidamente dessa distinção, mas mesmo quando não o fazem, os leitores deveriam desculpá-los. O próprio Franklin admitiu que ele só obteve um sucesso parcial, mas ele achava que qualquer avanço era preferível a nenhum, e continuou com seus esforços por vários anos.
Em relação às críticas do auto-desenvolvimento versus o desenvolvimento social, se cada indivíduo melhorar a si próprio, a longo prazo isso será um benefício para a sociedade como um todo: o auto-desenvolvimento, portanto, leva a uma mudança social coletiva.
[editar] Referências
- Bradberry, Travis and Greaves, Jean. (2005). "The Emotional Intelligence Quick Book." New York: Simon and Schuster. ISBN 0743273265
[editar] Veja também
[editar] Livros
- I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional: The Recovery Movement and Other Self-Help; by Wendy Kaminer. Vintage, 1993. ISBN 0679745858
- 50 Self-Help Classics: 50 Inspirational Books To Transform Your Life, From Timeless Sages To Contemporary Gurus; by Tom Butler-Bowdon. Nicholas Brealey Publishing, 2003. ISBN 1857883233
- Awaken the Giant Within: How to Take Immediate Control of Your Mental, Emotional, Physical, & Financial Destiny; by Anthony Robbins. Simon & Schuster Adult Publishing Group, 1991. ISBN 0671727346
- Getting Things Done: The Art of Stress-Free Productivity; by David Allen. Viking Adult, 2001. ISBN 0670899240
- SELF-HELP, INC: Makeover Culture in American Life; by Micki McGee. Oxford University Press, 2005. ISBN 0195171241
- SHAM: How the Self-Help Movement Made America Helpless; by Steve Salerno. Crown Publishers, 2005. ISBN 1400054095
- The Seven Habits of Highly Effective People; by Stephen Covey. Simon & Schuster Adult Publishing Group, 2004. ISBN 0743272455
- Unlimited Power: The New Science of Personal Achievement; by Anthony Robbins. Random House Publishing Group, 1987. ISBN 0449902803
- Totally Fulfilled by Dean Graziosi. Visionary Publishing, 2006. ISBN 097732480X
[editar] Livros online
- eBook gratuito Self-Help, by Samuel Smiles em Projeto Gutenberg The first self-help book, published in 1859.
- Self-Help Group Sourcebook; by American Self-Help Group Clearinghouse; Mental Help Net.-->