Axum
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Axum foi um reino africano que se tornou conhecido pelos povos da região, incluindo o Mediterrâneo, por volta do século I. Tinha a sua capital na cidade de Aksum, na actual Etiópia, embora as cidades mais prósperas fossem os portos do Mar Vermelho de Adulis e Matara, na actual Eritreia. Tal como, mais tarde, os reis da Etiópia acreditavam ser descendentes do rei Salomão e da Rainha de Sabá, os monarcas axumitas tinham a mesma crença.
Aparentemente, este reino começou a estabelecer-se nesta região no século V a.C., uma vez que muitos dos monumentos de Aksum são dessa altura. No entanto, não há muita informação sobre esses tempos antigos, até Axum atingir o seu apogeu. No século II, Axum adquiriu estados na Península Arábica, conquistou o norte da Etiópia e, finalmente, o estado de Kush, cerca do ano 350. Os axumitas controlavam uma das mais importantes rotas comerciais do mundo e ocupavam uma das mais férteis regiões no Mundo. Aksum encontrava-se directamente no caminho das crescentes rotas comerciais entre a África, a Arábia e a Índia e, como resultado, tornou-se fabulosamente rica e as suas maiores cidades tornaram-se centros cosmopolitas, com populações de judeus, núbios, cristãos e até budistas.
No século IV, o rei Ezana adoptou o cristianismo e foi baptizado como Abriha. O reino de Axum foi o primeiro estado africano a cunhar a sua própria moeda, aparentemente começando no reinado de Endubis (cerca de 270) até ao de Armah (aproximadamente 610). Este estado criou igualmente, também no século III o seu próprio alfabeto, denominado Ge'ez (que corresponde igualmente a uma língua ainda falada na região).