Balasar (Póvoa de Varzim)

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**Balasar**

Brasão
Concelho	Póvoa de Varzim
Área	11,57 km² km²
População	2 475 hab. (2001)
Densidade	213,9 hab./km²

Localização no concelho de Póvoa de Varzim
Fundação da freguesia	1442
Orago	Santa Eulália
Código postal	4570 BALAZAR PVZ
Freguesias de Portugal

Balasar (por vezes, também se verifica a grafia Balazar) é uma freguesia portuguesa do concelho da Póvoa de Varzim, com 11,57 km² de área e 2 475 habitantes (2001). Densidade: 213,9 h/km².

Em tempos longínquos, Balasar foi uma vila luso-romana, pertencente à cividade de Bagunte. O próprio nome de «Balazar» é uma corruptela de «Belisári», cuja forma antiga, provada em alguns documentos, era «Belsar».

Balasar é a freguesia mais distante da sede do concelho (14 km), a mais interior e a mais acidentada; é bastante movimentada e conhecida em todo o país devido a Alexandrina Maria da Costa, falecida em 1955, a qual ganhou logo fama de santa, e que foi beatificada pelo Papa João Paulo II.

[editar] Geografia

Situada no extremo leste do concelho, dista 14 km do centro da Póvoa de Varzim; é atravessada pelo rio Este. Faz fronteira com Rates e com os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Barcelos e Vila do Conde.

A freguesia está dividida em 23 lugares: Agrelos, Além, Bouça Velha, Calvário, Caminho Largo, Casal, Covilhã, Cruz, Escariz, Fontainhas, Gandra, Gestrins, Gresufes, Guardinhos, Lousadelo, Matinho, Monte Tapado, Outeiro, Quinta, Telo, Terra Ruim, Vela e Vila Pouca.

[editar] Economia

Balasar é uma zona predominantemente rural, sendo a sua atividade principal a agricultura, mas também existe indústria têxtil e construção civil.

[editar] História

Nas Inquirições Gerais de D. Afonso II de 1220, surge referenciada como «Sancta Eolália de Belsar», o que atesta bem sua antiguidade. Contudo, este nome não era atribuído a toda a área da actual freguesia; outrora, a actual Balazar era constituída por duas paróquias: Gresufes e Santa Eulália. Só em 1442 foram aglutinadas numa só, tendo-se dado à nova entidade o nome da mais pequena povoação da área, Balasar, por forma a acalmar possíveis rivalidades e desgostos.

Na Vila do Casal, segundo as Inquirições, Pêro Pais Correia, pai do conquistador Paio Peres Correia, protagonizou um amádigo.

Até 1836, pertenceu ao concelho de Barcelos, tendo então transitado para a Póvoa de Varzim: em 1853, foi transferida para Vila Nova de Famalicão, mas, em 1855, regressou ao concelho da Póvoa.

A chamada Quinta de D. Benta foi outrora solar dos Grão-Magriços.

A beatificação de Alexandrina Maria da Costa, pelo Papa João Paulo II, na Praça de S. Pedro, em 25 de Abril de 2004, acrescentou grande notoriedade à feguesia; mas esta balasarense já se tornara afamada desde 1941 e particularmente nos anos finais da sua vida, quando era conhecida como "a Santinha de Balasar". Alexandrina devotou a sua vida a Deus depois de em jovem ter sido vítima de tentativa de violação; tendo-se atirado duma janela para a evitar, este facto terá contribuído decidamente para a tetraplegia que a cravou na cama alguns anos mais tarde. Deixou vasta obra escrita. Entre os seus divulgadores de vários países, destacam-se alguns autores italianos e a "Alexandrina Society", com sede na Irlanda; desde 2005, é-lhe dedicado um Sítio Oficial, onde se inclui muita informação sobre Balasar.

A aparição da Santa Cruz de Balasar, em 1832, no lugar do Calvário, e a subsequente devoção que o facto motivou tinham também dado grande destaque a esta freguesia, como o comprova por exemplo o romance Duas Fiandeiras, de Francisco Gomes de Amorim.