Bisonte europeu
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Bisonte-europeu | ||||||||||||||||
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Classificação científica | ||||||||||||||||
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Nomenclatura binominal | ||||||||||||||||
Bison bonasus Lineu, 1758 |
Bisonte-europeu ou bisão-europeu (Bison Bonasus), também conhecido como Wisent, é o maior mamífero terrestre da Europa. Um indíviduo típico desta espécie mede 2,9 metros de comprimento e entre 1,80 a 1,90 de altura, pesando de 300 a 920 quilogramas. É mais corpulento que o bisão-americano (Bison bison). O seu cabelo no pescoço e na cabeça é mais curto que o do bisão-americano.
[editar] Habitat
O bisão-europeu é um animal típico de florestas. Ao longo de sua distribuição histórica sofria a predação de lobos, ursos, tigres (no Cáucaso e sudoeste da Rússia) e leões (na Grécia e países adjacentes).
[editar] Quase extinção
O bisão na antiguidade habitava uma vasta área que se estendia desde as ilhas Britânicas e a Península Ibérica a Sibéria Ocidental e da Escandinávia ao Cáucaso e noroeste do Irã. Alguns deles foram utilizados no Coliseu de Roma, aonde enfrentavam gladiadores ou mesmo outros animais como leões e ursos. Porém, devido à ação humana em seu habitat, sua distribuição foi diminuindo ao longo da história, chegando no começo do século XX à beira da extinção.
No século XII já se encontravam extintos em quase toda a Europa Ocidental, sobrevivendo apenas nas Ardenas, aonde viveram até meados do século XIV. No leste os bisões viviam sob a proteção de alguns soberanos locais, tais como reis poloneses, khans tártaros, príncipes lituanos e czares russos. Em meados do século XV o rei Sigismundo, o Velho da Polônia instituiu pena de morte para a caça do bisão. Apenas os nobres podiam caçar o bisão, o que lhe assegurou por um bom tempo uma sobrevivência aceitável na Europa Oriental.
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Na Primeira Guerra Mundial muitos dos bisões ainda restantes foram mortos para alimentar os soldados na frente de batalha. Em 1919 o último bisão selvagem na Polônia foi morto e em 1927 o último bisão selvagem no mundo foi morto por caçadores no Cáucaso Ocidental. Naquela época restavam menos de 50 indíviduos, todos em zoológicos.
A partir de 1951 foram reintroduzidos com sucesso alguns bisões criados em cativeiro. São encontradas manadas livres no Cáucaso Ocidental na Rússia e no Parque Nacional Bialowieza na Polônia, Bielorússia e Ucrânia. Zoológicos em 30 países também têm alguns indíviduos. Em 2000 haviam 3000 indivíduos, todos descendentes de apenas 12 indíviduos. Devido à seu limitado patrimônio genético, eles são considerados extremamente vulneráveis a doenças.
Em 1996 a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais classificou o bisão-europeu como espécie em perigo.