Boca de Ouro (peça)
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- Nota: Se procura outros significados de Boca de Ouro, consulte Boca de Ouro (desambiguação).
Boca de Ouro é uma peça teatral de Nelson Rodrigues escrita no ano de 1959 e que estreou no Teatro Federação (mais tarde Teatro Cacilda Becker) no dia 13 de outubro de 1960. Reeditando a parceria com o autor, Ziembinski dirigiu a peça e atuou no papel-título.
Talvez tenha sido o desempenho do diretor no papel que fez com que fosse um enorme fracasso a montagem da Companhia Brasileira de Comédia, de Dália de Palma e Rubens de Falco. Seu forte sotaque polonês o afastava completamente do personagem, que era chamado em cena de Drácula de Madureira.
[editar] Narrativa
A primeira cena da peça é a única cujos fatos fazem parte de uma narrativa supostamente verídica. Trata-se de quando o personagem-título paga uma fortuna a um dentista para que lhe ele extraia todos os dentes e no lugar implante uma dentadura toda de ouro. Fora isso, os demais fatos serão todos narrados pelo olhar da ex-amante Dona Guigui, em três versões diferentes sobre a vida do bicheiro conhecido por Boca de Ouro. Todas essas versões são contadas a partir de sua morte, quando jornalistas vão até à casa de Guigui, agora casada e mulher séria, para indagar sobre o anti-herói.
A exemplo de outras narrativas tipicamente rodrigueanas (ver Vestido de Noiva, Toda Nudez Será Castigada e Valsa Nº 6), esta também não apresenta a verdade objetiva dos fatos e, sim, a ótica distorcida pela emoção ou desvairio de uma mulher.
[editar] Ver também
- Boca de Ouro, filme de 1962, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e com Jece Valadão no papel título.
- Nelson Rodrigues