Côvado
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No Egito antigo, o côvado era uma medida retirada da distância entre o cotovelo e as pontas dos dedos. Correspondia a dezoito polegadas (45,72 centímetros).
Há mais de 2500 anos o filósofo grego Protágoras afirmou que “o homem é a medida de todas as coisas”. E, realmente, as primeiras unidades de medidas de comprimento usadas pelo homem – palmo e pé – são antropométricas (antropos significa homem e metros medida, em grego). Supõe-se que o mais antigo padrão de medida linear tenha surgido no Egito, por volta de 3000 a.C. Era o côvado, baseado no comprimento do braço, do cotovelo à ponta do dedo médio. Segundo a Bíblia, a arca de Noé, com três andares, tinha o comprimento de 300 côvados, a largura de 50 côvados e a altura de 30 côvados. Evidentemente o côvado era uma medida aproximada. Dependia do porte do indivíduo. O famoso matemático russo Yakov Perelman (1882-1942) estimava um valor médio de 45 centímetros. Há também a hipótese de 52,4 centímetros, baseada em verificações pertinentes à época de Anemenés I, que reinou entre 1991-1962 a.C. Ou seja, o côvado era uma medida que provavelmente foi aumentando ao longo do tempo em função do aumento da estatura humana. Imaginem agora o côvado com base num daqueles jogadores de basquete da NBA... O leitor poderá, por curiosidade, medir o seu côvado pessoal e até conjecturar sobre uma possível ascendência egípcia. Seria útil para os tais que em vidas passadas foram – quase sempre o são – membros da corte de algum faraó, quando não ele próprio. Enfim, constatamos que o mundo era impreciso. E essa imprecisão perdurou por muito tempo e em diferentes culturas.
Curiosidade: segundo o livro do Apocalipse (21, 17), a altura da muralha da Jerualém Celeste é de 144 côvados. (Imagine agora se um côvado for equivalente a 46,25 cm ....)