Cantanhede (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

**Cantanhede**

Brasão	Bandeira
{{{legenda}}}

Gentílico	Cantanhedense
Área	392,18 km²
População	37 911 hab. (2001)
Densidade populacional	97 hab./km²
Número de freguesias	19
Fundação do município (ou foral)	1514
Região	Centro
Sub-região	Baixo Mondego
Distrito	Coimbra
Antiga província	Beira Litoral
Orago	São Pedro
Feriado municipal	25 de Julho
Endereço dos Paços do Concelho
Sítio oficial
Endereço de correio electrónico
Municípios de Portugal

Cantanhede é uma cidade portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e subregião do Baixo Mondego, com cerca de 7 100 habitantes.

É sede de um município com 392,18 km² de área e 37 911 habitantes (2001), subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vagos, Oliveira do Bairro e Anadia, a leste por Mealhada, a sueste por Coimbra, a sul por Montemor-o-Velho e por Figueira da Foz, a noroeste por Mira e a oeste tem costa no Oceano Atlântico.

A Economia é predominantemente terciária na cidade, e primária nas restantes freguesias do concelho. Devido às propriedades argilosas do solo as culturas mais lucrativas são as pouco exigentes: batata, forragem e vinha. A paisagem vinhateira em planície rodeia a cidade de Cantanhede. O vinho de Cantanhede é reconhecido internacionalmente pelo seu sabor característico devido às condições de crescimento únicas da vinha. O concelho obteve foral manuelino em 1514. A cidade de Cantanhede tem conhecido grande evolução demográfica, económica e terciária nos últimos anos. Tendo diversos serviços de lazer, hospitalares e de ensino de grande relevo na região. Tendo sido construído recentemente um centro de pesquisas científicas.

O topónimo Cantanhede radica no celta Cant que significa pedra grande, porventura a prova mais eloquente de como o calcário branco de Ançã, Portunhos, Outil, Andorinha e Vila Nova, é uma bela história com milhares de anos. Mas o calcário, passadas as eras geológicas, deixou-se moldar pelas mãos de artistas e a Pedra de Ançã, como é popularmente conhecida, entrou por igrejas e palácios, moldou portais e jacentes e continua a desafiar a Eternidade. Foi na Varziela, que cerca de 1530, D. Jorge de Meneses mandou edificar a Capela que lhe serviria de morada final. João de Ruão encarregou-se de eternizar, sob o manto da Senhora da Misericórdia, o mundo simbólico da época num retábulo considerado uma das obras fundamentais da escultura da Renascença. Mas, os Menezes, oriundos de uma família espanhola, não desafiaram os séculos apenas pelo génio de João de Ruão. D. António de Meneses mostrou toda a sua galhardia e patriotismo na vitória das Linhas de Elvas, mas no imaginário Português ficou o quarto Marquês de Marialva e sexto Conde de Cantanhede, D. Pedro de Meneses. Á sua obra "Luz da Liberal e Nobre Arte da Cavalaria" juntou-se, no imaginário popular, uma certa forma de se ser homem e de se ser homem Português: havia começado o Marialvismo.Também, aos Meneses, se deve a edificação do Convento Franciscano de Nossa Senhora da Conceição, em 1675, e dos Paços de Cantanhede, hoje edifício da Câmara Municipal, datados de 1553, cujo porte marca o tecido urbano da cidade que, em muitas das suas ruas, continua a manter o traço dessa antiga fidalguia. Uma visita a Cantanhede não ficaria completa sem um longo olhar sob a Igreja Matriz, edificada no século XVI, exemplo notável da escultura renascentista Coimbrã. João de Ruão terá posto o melhor da sua alma nas esculturas que nos encantam em algumas das suas Capelas.