Cerro Grande do Sul
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Município de Cerro Grande do Sul | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Cerro Grande do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul originado do município de Tapes. Localiza-se a uma latitude 30º35'49" sul e a uma longitude 51º45'08" oeste, estando a uma altitude de 405 metros. Sua população estimada em 2004 era de 8 676 habitantes.
Possui uma área de 324,44 km² representando 0.1208% do estado, 0.0576% da região e 0.0038% de todo o território brasileiro. É um município que faz parte da bacia hidrográfica do rio Camacuã.
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[editar] Origem do Nome
Por volta de 1910, originou-se este novo Município, com a denominação de Colônia de Rio Grande, mudando posteriormente para Fortaleza. Essa mudança foi provocada por freqüentes confusões com a atual cidade de Rio Grande, já existente.
O nome Fortaleza está relacionado com um cerro existente nas proximidades do núcleo urbano que tem, pelo lado sul, uma fachada de pedra vertical dando a impressão de uma fortaleza. Como também já existia outra localidade com esse nome, foi mudado para Cerro Grande, em referência a um cerro existente no 3º distrito, divisa com Camaquã, cujo pico se situa a 550 metros acima do nível do mar, sendo o ponto culminante do Município e também da zona sul do Estado.
Agora, com a emancipação do 3º distrito e parte do 2º de Tapes, passou a chamar-se Cerro Grande do Sul, para distinguir-se do Município de Cerro Grande, desmembrado de Palmeira das Missões.
[editar] História
Sua origem étnica é bastante heterogênea, com cerca de 10% de italianos, 20% de alemães, 40% de portugueses, 5% de poloneses, 10% de negros, 10% de espanhóis e 5% entre franceses, austríacos, suecos, russos, etc.
Tem-se como pioneiro do núcleo de moradores da atual sede de Cerro Grande do Sul, o senhor Arthur Emílio Jenisch, que aqui se instalou por volta da década de 1910, quando a travessia do Arroio Velhaco, tanto em Cerro Grande como em Brasino, era feito por intermédio de balsas. Vieram outras famílias que também muito contribuíram para o desenvolvimento local, como a de Schmaedecke Wolfle, Zenker, Curtinaz, Danelon e outras. O Cel. Arthur Emílio Jenisch foi quem posteriormente projetou o perímetro urbano. O Vice-Intendente em exercício de Dores de Camaquã (atual Vila Vasconcelos), Sr. Narciso Fernandes Barbosa, mediante Ato nº 4 de 13 de maio de 1924, promulgou o Decreto pelo qual foi criado o 3º distrito de Tapes, e em 1938 foi a sede elevada à categoria de Vila. No mesmo ano foi criado o Cartório distrital, sendo o primeiro escrivão Affonso Curtinaz Filho. O Coronel Arthur foi nomeado Juiz Distrital. Em 31 de dezembro de 1957 foi criada a Paróquia de São José da Fortaleza, assumindo o primeiro Pároco, o Pe. Braulio Aluysio Weber, em 9 de março de 1958.
Em 1979 José‚ Curtinaz Pacheco Filho, Vice-Prefeito na época, liderou um movimento junto aos comerciantes e empresários locais, buscando apoio moral e financeiro para iniciar os trabalhos de levantamento, visando a emancipação do terceiro distrito, parte do segundo e ainda parte do Município de Camaquã e São Jerônimo, o que não logrou êxito. Em 1981 essas idéias voltaram à tona. Tomou novo impulso a partir da visita que Rui Born, da diretoria da SURBAM, fizera aos empresários Volmir e Volmar Danelon nesse ano. Juntamente com os mesmos, percorreu a vila e garantiu que seriam bem sucedidos. Foi levado à contato com outras pessoas que aderiram a idéia. Ao falarem com Luiz Roberto Wander, este já lhes apresentou uma série de números e dados que havia coletado, e com isto tomando a iniciativa de convocar uma assembléia para eleger a Comissão Emancipacionista de Cerro Grande, em outubro do mesmo ano. Nas dependências do Clube Cruzeiro do Sul, foi a mesma eleita com os seguintes membros: Presidente: José Curtinaz Pacheco Filho; 1º Vice-Presidente: Edarte Danelon; 2º Vice-Presidente: Hélio Zenker; 1º Secretário: Admar Amazonas Coutinho de Oliveira; 2º Secretário: Pedro dos Santos Fonseca; 1º Tesoureiro: Ary Costa Tejada; 2º Tesoureiro: Volmir Fernando Schaidhauer Danelon; Diretores: Guiomar Gorziza e Ronaldo Henrique Bischoff. No entanto, essa primeira tentativa não obteve êxito. Em 1986 a Comissão é reorganizada para tentar a emancipação em 1988. Fora procurado o atual Prefeito de Tapes, Sr. José Wilson da Silva, o qual deu todo seu apoio, atenção e prioridade. Em novembro de 1986, a Comissão vai à Camaquã falar com o Prefeito Marco Aurélio Pereira, mostrando-lhe o mapa, o qual falou que a causa era justa. Exigiu somente que fosse deixado o Colégio do Bonito para Camaquã. Em 10/12/1986, foi sancionada e publicada no Diário Oficial a Lei que autorizava o plebiscito. Em janeiro de 1987, foi pedida uma audiência com o Prefeito de São Jerônimo, Sr. Benito Garcia, que, acompanhado de advogado, técnico do IBGE, imprensa, vereadores, e funcionários, mostrando a cópia do processo, comunicou a decisão de não ceder área do território de São Jerônimo. Veio a segunda modificação do mapa (a primeira fora para excluir o Colégio Bonito). Dos 800 km² iniciais, ficaram 600 km².
Em decorrência do falecimento do Presidente, assumiu o 1º Vice-Presidente, Sr. Edarte Danelon, que começou a fazer os contatos necessários. Marcado plebiscito para 20/09/1987, as 9 horas do dia 19 fica-se sabendo que as 22 horas do dia 18 fora expedida uma liminar decorrente do mandado de segurança, impetrado por um morador de Camaquã, suspendendo com isso a consulta plebiscitária. Veio a 3º modificação do mapa, que deixava fora a parte de Camaquã e parte do segundo distrito de Tapes. Feitos os devidos acordos, insurgiu-se outro morador, exigindo que o povoado de Potreiro Grande ficasse fora, inclusive o cemitério. Veio a quarta modificação do mapa. Ao levá-lo para ser autenticado pelo IBGE, este não o aceitou, por ter parte de suas divisas por linhas retas e secas. Veio a quinta modificação do mapa da área que iniciou com 850 km² e acabou com 357 km². A consulta plebiscitária foi realizada em 10 de abril de 1988, com a presença de 80% dos eleitores, de um total de 3.918 eleitores inscritos. Finalmente a Lei nº 8.619 de 12 de maio de 1988, criou o Município de "Cerro Grande do Sul".
[editar] Localização
O município de Cerro Grande Sul está localizado na Serra do Sudeste do estado do Rio Grande do Sul, a 117 km de Porto Alegre nas coordenadas. de 51° 30’ E e 52° 00’ W, com uma área total de 324,8 km². A sede do município situa-se a uma altitude de 60 m acima do nível do mar; porém, o relevo da região é bastante variável, alcançando em alguns locais a altitude de aproximadamente 400 m ou mais..A distância de Cerro Grande do Sul à BR-116 é de aproximadamente 20 km de estrada não asfaltada, sendo um fator importante para o escoamento da produção.
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