Ciro Flamarion Santana Cardoso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Remova este aviso somente depois de todo o texto estar wikificado.
Ciro Flamarion Santana Cardoso é um historiador brasileiro.
Possui larga produção bibliográfica, incluindo interesses temáticos que vão da Historiografia e da Metodologia da História até os estudos sobre Antiguidade e, mais particularmente dentro deste campo, a Egiptologia. Também foi responsável por uma revisão significativa da discussão conceitual acerca do escravismo colonial brasileiro, contribuindo para o estabelecimento do conceito de "Modo de Produção Escravista Colonial" nos anos 1980.
A partir da década de 1990, interessou-se pela introdução de métodos semióticos na análise e interpretação de fontes históricas de diversos tipos. Fiel desde o princípio de sua carreira de historiador e ensaísta aos princípios básicos do Materialismo histórico, sua linha de análise deslocou-se de um Marxismo bastante dogmático no princípio de sua carreira (culminando esta primeira fase com os Ensaios racionalistas) para uma abordagem marxista mais flexível, voltada para interações interdisciplinares diversas.
Um dos primeiros livros, talvez o que o tornou mais conhecido do público acadêmico nos primeiros tempos por ter se propagado como uma manual importante no campo da metodologia da história, foi Os métodos da História, livro que escreveu em parceria com Hector Perez Brignole no período em que foi reitor reitor da Universidade de Porto Rico, durante o período repressivo da Ditadura Militar no Brasil.
Representativa da fase em que já adota a Semiótica como um paradigma importante para a análise historiográfica é a obra Narrativa, sentido, História, onde desenvolve um relvante mostruário das diversas possibilidades de análise semiótica - inclusive o uso dos 'Quadrados semióticos' e 'Grupos de Klein' - preocupando-se concomitantemente em discutir as suas possibilidades de utilização na análise historiográfica.
No âmbito dos estudos da Antiguidade, produziu algumas obras que são referências importantes para esta área de estudos históricos, como Trabalho compulsório na Antiguidade e Sete olhares sobre a Antiguidade".