Cogito
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O argumento do Cogito é utilizado por Descartes em suas Meditações na tentativa de fundamentar sua Teoria do Conhecimento.
Com esse objetivo, Descartes pretende chegar a um fundamento que seja o mais evidente e verdadeiro possível. Para isso, ele se utiliza de um artificio para levar a cabo seu trabalho: o Princípio da dúvida (Duvidoso=falso). Além disso, Descartes almeja unificar o que é 1º em termos de conhecimento por natureza e para nós. Ao percorrer suas Meditções, Descartes descarta a Sensação externa como fundamento do conhecimento através do Argumento do Erro dos Sentidos. Rejeita também a Sensação interna utilizando-se do Argumento do Sonho. Desse modo, refuta completamente a tese de Aristóteles de que a sensação é fundamento para o conhecimento. Galileu, que diz que a base para o conhecimento está nas verdades matemáticas, é refutado também por Descartes através do Argumento do Deus Enganador. E finalmente, Descartes generaliza e dá conta de todos os argumentos anteriores, utilizando-se do Argumento do Gênio Maligno. Até o final da primeira meditação, Descartes se vê em um ceticismo completo.
Porém, ao iniciar a segunda meditação, Descartes afirma que mesmo que o Gênio Maligno o engane em toda sua tentativa de obter conhecimento, há sempre a certeza do pensamento. Só há o engano quando há o pensamento. Desse modo, o Argumento do Cogito mostra que é necessário intuir o Pensamento e a Existência de um modo unificado. "Eu penso, eu existo". Após essa intuição, podemos extrair algumas certezas como:
1)Eu sou
2)Eu sou um res cogitans (substância que pensa)
3) O espírito é mais fácil de conhecer do que o corpo
Desse modo, o Argumento do Cogito é muito importante para a Filosofia pois mostra que o sujeito é uma necessidade do conhecimento, o que muda totalmente o jeito de se pensar a Filosofia Moderna.