Conselho Supremo das Cortes Islâmicas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo encontra-se parcialmente em língua estrangeira. Ajude e colabore com a tradução. |
O Conselho Supremo das Cortes Islâmicas (ou Conselho Conservador das Cortes Islâmicas), como a milícia fundamentalista islâmica clama a si mesma a partir de julho de 2006, chamava-se União das Cortes Islâmicas (br) / União dos Tribunais Islâmicos (pt) até 24 de junho de 2006, é um grupo de líderes islâmicos reunidos num sistema de tribunais autoproclamado tendo por líder-geral o Xeque Sharif Sheikh Ahmed. Atualmente eles controlam Mogadíscio, a capital de fato da Somália, e Giohar uma cidade 50 milhas ao norte.
Depois que a milícia trocou de nome, Hassan Dahir Aweys tornou-se o novo líder.
[editar] História
Após o colapso do governo da Somália em 1991, cortes islâmicas baseadas na Charia tornaram-se o principal sistema judicial, sustentado pelos tributos pagos pelos litigantes. Com o tempo as cortes passaram a oferecer outros serviços como educação e assistência médica. A corte também atua como força policial local, paga por comerciantes locais para reduzir o crime. O Conselho é responsável por combater o comércio ilegal de drogas, bem como por impedir a exibição do que se chama filmes pornográficos nos cinemas locais. A Somália é predominantemente muçulmana, e essas instituições recebem forte apoio popular. As cortes islâmicas e outras instituições uniram-se para formar a União das Cortes Islâmicas (br) / União dos Tribunais Islâmicos (pt), uma milícia armada. Em 1999 o grupo começou a firmar sua autoridade. Em abril daquele ano eles controlaram o mercado principal em Mogadíscio e, em julho, tomaram a estrada que vai de Mogadíscio a Afgoi.[1]
[editar] Estrutura e composição
O ex-líder Sharif Sheikh Ahmed é visto como moderado e tem constantemente declarado que o objetivo do Conselho Supremo das Cortes Islâmicas é a restauração da ordem depois de 15 anos de violência. Contudo, das onze cortes que compôem o Conselho, duas têm fama de radicais. Uma é liderada por Hassan Dahir Aweys, que está presente na lista americana de terroristas suspeitos de integrarem o comando do grupo Al Itihaad Al Islamiya, ligado a Al Qaeda. Diplomatas ocidentais também estão preocupados com um segundo líder, Adan Hashi Ayro, que foi treinado no Afeganistão e cuja milícia esteve envolvida na morte de cinco enfermeiros estrangeiros e um produtor da BBC. Todas as cortes, com exceção de uma, são dominadas pela etnía hawiye. Acredita-se que suspeitos dos atentados às embaixadas americanas em 1998 estão escondidos na Somália, ajudados pelo Conselho. Há também indícios de que mujahideens extrangeiros estão lutando ao lado do Conselho. Acredita-se amplamente que os Estados Unidos da América proveu apoio financeiro à aliança secular de líderes guerreiros graças a esses temores. Porém, a Somália tem um pequeno histórico de fundamentalismo radical e o Conselho Supremo não acatou a forma mais extremista da Lei Islâmica, como a amputação das mãos de um ladrão.[1]
[editar] Referências
- ↑ 1,0 1,1 ((en))Santoro, Lara, Islamic clerics combat lawlessness in Somalia, Christian Science Monitor, 13 de julho de 1999