Convento de Santa Teresa (Rio de Janeiro)
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O Convento de Santa Teresa do Rio de Janeiro, fundado no século XVIII, localiza-se no bairro de Santa Teresa dessa cidade.
[editar] História
O Convento é produto da dedicação de Jacinta Rodrigues Aires e sua irmã, Francisca, que conseguiram autorização do Governador Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela, para a construção de um convento de Carmelitas Descalças dedicado a Santa Teresa de Ávila. O Governador deu-lhes um grande terreno e uma antiga capela construída em 1620 no Morro do Desterro (depois chamado Morro de Santa Teresa). Numa cidade onde havia poucas mulheres brancas, o Convento de Santa Teresa seria o primeiro convento feminino.
As obras começaram em 1750, no lugar da capelinha, e em 1757 as primeiras freiras já o habitavam, ainda que as obras prosseguiram por muito tempo. A fachada possui uma torre sineira entre a igreja e as habitações conventuais. O sóbrio projeto da igreja e convento deveu-se ao engenheiro-militar José Fernandes Pinto Alpoim, que antes (1740-1750) havia construído ali perto o Aqueduto da Carioca (também conhecido como Arcos da Lapa). A proximidade com o Aqueduto permitiu um suprimento regular de água fresca ao Convento.
Em finais do século XVIII se colocaram na portaria do Convento uma série de belos azulejos brancos-azuis provenientes de Portugal, de autor desconhecido, além de três bons altares de talha em estilo rococó, também de autoria ignorada. No convento há um retrato da fundadora, Madre Jacinta, datado de c. 1769 de autoria do pintor colonial carioca José de Oliveira Rosa. No século XX houve algumas obras que removeram certos elementos do interior mas não chegaram a descaracterizá-lo.
No convento estão enterrados Gomes Freire de Andrade, impulsor do projeto, e Alpoim, o arquiteto.