Cornélia Africana
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Cornelia Scipionis Africana (ca. 190 a.C. – 100 a.C.) foi uma matrona romana, que marcou o século II a.C. pela sua reputação de virtude e seriedade.
Cornélia era filha de Scipio Africanus, o herói da segunda guerra púnica e de Aemilia Paulla. Enquanto jovem casou com Tiberius Sempronius Gracchus, um político respeitado, bastante mais velho que ela. O casamento foi um sucesso e resultou em doze filhos, o que era bastante incomum para uma família romana de classe alta. Destes, apenas três sobreviveram até à idade adulta: Sempronia, que casou com o primo Scipio Aemilianus e os irmãos Tiberius e Gaius Gracchus, que ficariam conhecidos pelas suas iniciativas de reforma e destino trágico.
Após a morte do marido em 154 a.C., Cornélia recusou todas as propostas de casamento e escolheu permanecer viúva para educar os filhos. Um dos seus pretendentes foi supostamente o Ptolomeu VIII do Egipto. Cornélia foi uma apoiante das iniciativas políticas reformistas dos filhos, que iam contra os ideais da sua classe. Após a morte violenta de ambos às mãos do senado romano, Cornélia retirou-se de Roma e foi viver para uma villa em Misenum.
A desgraça política da sua família não afectou a sua reputação. Cornélia continuou a receber visitas ilustres na sua villa e quando morreu em idade avançada, Roma votou a atribuição de uma estátua em sua honra, a primeira concedida a uma mulher não mitológica. A sua bisneta Fúlvia seguiu-lhe os passos e foi a primeira mulher não mitológica a figurar em moedas romanas, mas por motivos bem diferentes.