Curinga
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- Nota: Para outros significados de Curinga, ver Curinga (desambiguação).
Curinga, coringa,joker, bobo, bufão ou palhaço, é o nome pelo qual eram chamados o bobo da corte ou palhaço, "funcionários" da monarquia, que trabalhavam para reis e rainhas rirem.
Podiam criticar o Rei sem correr riscos. O bobo teve sua origem no império romano-bizantino. No fim das cruzadas tornou-se figura comum nas cortes européias. Seu desaparecimento ocorreu durante o séc.XVII. Existem sinônimos: jogral, bufão, truão, curinga, pierrot ou, simplesmente, bobo. Vestiam uniformes espalhafatosos, com muita cor e chapéus bizarros com sinos amarrados. Inspiraram tanto a 13a carta do baralho quanto o vilão, arquiinimigo do Batman.
[editar] Breve histórico
O bobo da corte divertia o Rei e a corte. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao Rei. Com ironia mostrava as duas faces da realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do Rei. Muitas vezes se tratava de um deficiente físico (aleijado, corcundo), e em algumas tratava-se de um anão. Houve na história, casos de bobos da corte que se envolveram com integrantes da família real. E em apenas um caso acabou em tragédia, no século XVI na Espanha, quando o bobo da corte foi assassinado depois de se envolver com a princesa.
[editar] Bobos célebres
"Dom Bibas" da corte do conde Dom Henrique, do final do séc.XI; Mitton e Thévenin de Saint Leger na corte de Carlos V; Triboulet, o mais famoso, das cortes de Luís XII e Francisco I. Na Inglaterra em 1597, Shakespeare criou John Falstaff, o bufão do príncipe Harry, filho do Rei Henry III. Nas cortes espanholas, os bufões eram honrados e muito influentes. O Rei Felipe II andava acompanhado por vários bufões. O pintor Antônio Moro pintou "Pejeron", truão favorito do conde de Benavente. Cristobal de Pernia era o bobo mais afamado no tempo do rei Felipe IV. Em época aproximada, em torno de 1630, Diego Rodriguez de Silva e Velásquez pintou com perfeição o "Bufão Calabazas".