Darlene Glória
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Darlene Glória, nome artístico de Helena Maria Glória Vianna, (São José do Calçado, 1943) é uma atriz brasileira.
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[editar] Biografia
A musa do cinema brasileiro consagrou-se em 1973, quando foi lançado o filme Toda nudez será castigada, obra agraciada com dois Kikitos, no Festival de Gramado, como "Melhor Filme" e "Melhor Atriz" (Darlene Glória). No filme, a atriz interpreta a prostituta Geni, papel que lhe rendeu a elogiosa menção de ter realizado uma das maiores interpretações do cinema brasileiro. Foi homenageada, dentre outros, com o prêmio Coruja de Ouro.
A atriz acabou abandonando o cinema e passou-se a dedicar, a partir de 1974, à vida de cristã fervorosa e de pregadora, como evangélica da Assembléia de Deus, quando também adotou o nome de Helena Brandão. Em 2006 vive em Teresópolis e retorna ao cinema com o filme Anjos do sol, de Rudi Lagemann. Sobre o filme, que aborda o tema da prostituição infantil no Brasil, Darlene declara: “O filme explora um tema agressivo com muita beleza. Não foi difícil encarnar aquela mulher tão sem caráter que é a prostituta Vera.” E conclui, que interpretar no filme deve ter sido uma tarefa difícil, obviamente, para a menina Fernanda Carvalho, a protagonista.
A atriz considera que fez muitos filmes mais por amor à arte, uma vez que em geral nunca foi bem remunerada. Isto causou a ela uma certa frustração, já que era consciente de seu talento. Foi sua fã, por exemplo, nada menos que a atriz Melina Mercouri (1920-1994), que era chamada de “a última deusa grega”. Na Alemanha, também foi considerada como musa. Segundo afirmado por ela mesma, sua saúde passou por momentos bastante difíceis em estados por demais depressivos. Em suas palavras: “Tentei suicídio várias vezes, cortei pulso com gilete, tentava me jogar de apartamentos. Cheguei até a me internar em um hospital psiquiátrico.” Felizmente, seu irmão Isaías conseguiu levá-la para a vida evangélica, e hoje, recuperada, vive em paz.
A musa acha que, de certa forma, sua beleza contribuiu para prejudicar sua vida amorosa, numa época em que os direitos da mulher ainda não estavam assegurados. Ele sentia que muitos homens queriam mais era desfilar ao seu lado, sem um real apreço pela sua pessoa. A atriz teve um filho, Rodrigo, com Mariel Mariscot, “um dos ‘homens de ouro’ da Polícia carioca, e um dos nomes-chave do Esquadrão da Morte” no Rio de Janeiro da década de 1970.
Fez, igualmente, boas interpretações no teatro. Nessa área trabalhou com grandes nomes, como, por exemplo, o ator Antonio Fagundes. Fez espetáculos com Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, entre outros.
Foi amiga íntima e até confidente, da atriz Leila Diniz. Confessa que na época tinha ciúme da também atriz Marieta Severo, “uma mulher equilibrada”, que também era confidente de Leila Diniz.
É admiradora profissionalmente do cineasta Walter Salles, e afirmou que gostaria de trabalhar em novelas televisivas. Aliás, o talento da atriz já foi reconhecido até pelo consagrado autor de telenovelas Gilberto Braga.
[editar] Telenovelas e minisséries e seriados
- 2004 A Diarista - Madame Gigi
- 1998 Pecado Capital - Aurora
- 1990 Araponga - Daisy Sheldon
- 1987 Carmem (Rede Manchete) - Verônica/Ester
- 1972 O Bofe - Darlene
- 1969 Véu de Noiva - Leda
[editar] Curiosidades
- Sua primeira aparição pública foi como Miss Cachoeiro do Itapemirim, ocasião em que foi dopada, segundo ela por sua hostess, e estuprada por dois homens.
[editar] Referências
- O Globo, 7 de agosto de 2006, Segundo Caderno, pág. 1, entrevista de Rodrigo Fonseca com Darlene Glória. Íntegra da entrevista;
- Istoé Gente