Diogo do Couto
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Diogo do Couto (cerca de 1542 – Goa, 10 de Dezembro de 1616) foi um historiador português.
[editar] Biografia
Nasceu em 1542, em Lisboa estudou Latim e Retórica no colégio de Santo Antão e Filosofia no Convento de Benfica. Em 1559 vai para a Índia, donde só regressaria uma década depois. Amigo íntimo de Luís Vaz de Camões, vai descobri-lo na Ilha de Moçambique em 1569, com dívidas e sem dinheiro para voltar. Diogo do Couto e outros amigos disponibilizam-se para ajudar o poeta, que deste modo poderá apresentar na capital a sua maior obra, os Lusíadas.
No entanto voltou de novo ao Oriente, tendo recebido do Rei Filipe I a missão de prosseguir as "Décadas" de João de Barros.Escreveu as que vão da IV à XII, mas só publicou completas a IV, V e VII e um resumo da VIII e IX porque VI ardeu na casa de imprensa, a VIII e IX foram roubadas, XI perdeu-a.
Entendeu que a história deve conter as "verdades" sem restrições, acaba por sofrer repressões, dizendo como objectividade incomodava muita gente cujos antepassados estavam envolvidos nos acontecimentos que narrava. Este historiador criticou os abusos, a corrupção e as violençias correntes na Índia, protestando abertamente contra eles.
Além das "Décadas", de orações congratulatórias e comemorativas que proferiu em solenidades no Oriente, e do relato do naufrágio da Nau S. Tomé, escrito na História Trágico-Maritima, escreveu também o célebre Diálogo do Soldado Prático, que contém uma critica mordaz ao funcionalismo na Índia, pondo a descoberto a ambição da riqueza, o amor ao luxo, a opressão aos pobres, a falta de dignidade e a deslealdade nas informações ao Rei.