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Dogon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dogons Observadores de estrelas

Como o antigo povo Dogons adquiriu o seu sofisticado conhecimento das estrelas? Alguns acreditam que existe uma grande possibilidade de seu conhecimento ter sido passado pelos extraterrestres.


Índice

[editar] O sistema Sirius

Sirius é a estrela mais notável da constelação Cão Maior. Mesmo que seja apenas 21 vezes mais luminosa que o Sol (muitas estrelas são mais brilhantes) aparece como a estrela mais luminosa vista da Terra por estar apenas 8,6 anos-luz do nosso sistema solar.

A Sirius era conhecida pelos antigos astrônomos egípcios, assim como a sua companheira menos, a Sirius B. Contudo, a Sirius B, uma estrela do tipo anã branca, só foi identificada pela astronomia ocidental há pouco tempo. A sua existência foi deduzida pela primeira vez por F. W. Bessel em 1844, em Königsberg na Alemanha.

Em 1962, foi vista pela primeira vez pelo astrônomo Alvan Clark com uma lente de 45 Cm que havia criado para o observatório Dearborn de Evansville, Louisiana, Estados Unidos. Só foi fotografada com exito em 1970.

[editar] Antepassado alienígenas

Com a Sirius B - também chamada de canicula - é muito densa (27 mil vezes mais do que o Sol), e emite pouca luz e fica escondida pela Sirius A, que é aproximadamente 10 mil vezes mais brilhantes.

Os Dogons de Mali - uma tribo que vive em uma remota região no interior da África oriental - são apenas 200 mil e a sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Nìger. Ainda não possam ser qualificados como primitivos, por que possuem um estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir conhecimentos científicos.

Contudo, possuem um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sírius (incluída pelo menos uma estrela que ainda não foi identificada pelos astrônomos) e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes Dogons, dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, há séculos antes dos astrônomos.

Os Dogons ocupam uma pequena região oriental de mali, nas escarpas de Bandiagara

Esses conhecimentos foram publicados pela primeira vez em 1950, no A Sudanese Sirius System, escrito pelos antropólogos franceses Germaine Dieterlen e Marcel Griaule, que viveram muito tempo com os Dogons no final dos anos 40. Os dois cientistas ganharam a confiança dos sacerdotes até o ponto deles lhe confiarem esses notáveis conhecimentos, muito ligados às suas crenças religiosas.


[editar] A origem da vida

Para os Dogons, toda a criação está vinculada à estrelas que eles chama de Po Tolo, que significa estrela semente. Esse nome vem da minúscula semente chamada de Fonio, que em botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta semente, os Dogons referem-se ao inicio de todas as coisas. Segundo os Dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como anã branca, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira muito menos da brilhante Sirius A, da constelação Cão Maior.

A profusão de detalhes astronômicos que os Dogons possuem e assustadora. Por exemplo, sabem que a Po Tolo tem uma enorme densidade, totalmente desproporcional ao seu reduzido tamanho e acreditam que isso deve-se à presença do sagala, um metal extremamente duro e desconhecido na Terra. Continuam descrevendo que as órbitas compartilhadas da Sirius A e da Sirius B formam uma elipse, com a Sirius A localizada em um dos seus focos: uma idéia que a astronomia ocidental só considerou no inicio do século XVII, quando Johannes Kepler propôs que os corpos celestes moviam em círculos perfeitos.

Os Dogons também dizem que a Sirius B demora 50 anos para completar uma órbita em volta da Sirius A, a astronomia moderna estabeleceu que o seu período orbital é se 50,4 anos. Igualmente intrigante é a sua afirmação de que a Sirius B gira em torno do seu próprio eixo e demora um ano terrestre para terminar este movimento. Alguns astrônomos afirmam que isso é possível, enquanto outros discordam dizendo que esse período de rotação é muito longo para uma estrela tão pequena e densa.

Mas, o que é realmente assustador é o conhecimento que dizem ter de terceiro astro do sistema Sirius, ainda não descoberto pelos astrônomos. Os dogons chamam este terceiro corpo de Emme Ya, ou Mulher Sorgo (um cereal) e dizem que é uma estrela pequena com apenas um planeta em sua órbita, ou um grande planeta com um grande satélite. Os modernos interpretes dessa tradição a chamam de Sirius C, ainda que não se tenha provas da sua existência.


[editar] Influencias Européias

A conclusão de que a informação recebida por Dieterlen e Griaule, era conhecida pelos Dogons há milhares de anos, e é aceita pelo membro da Royal Astronomical Society, Robert Temple. Contudo, há um grupo de críticos que não concordam com essa informação. Entre este grupo de cético, estão Carl Sagan, Ian Ridpath, James Oberg e Ronald Story.

Segundo eles, os exploradores da Europa e dos Estados Unidos encontraram os Dogons há 150 anos e forneceram-lhes informações sobre Sirius, que logo foi incorporada à sua cosmologia.

Contudo, em uma entrevista ao programa Horizon da BBC, Germaine Dieterlen não concordou com esse ponto de vista e, para prová-lo, mostrou um esquema feito pelos Dogons do sistema Sirius de 500 anos de idade. Além disso, outros pesquisadores argumentam que muitos dos astrônomos dos Dogons não eram conhecidos no Ocidente até o século XX.


[editar] As migrações Gregas

Os pesquisadores que afirmam que os conhecimentos do sistemas Sirius dos Dogons, possuem milhares de anos de idade e podem ter a seu favos as provas históricas. Supõe-se que os dogons são remotos descendentes dos gregos que colonizaram a parte da África que atualmente constitui a Líbia. O historiador romano Heródoto os chama de garamantianos, de Garamas, o folho de Gaia, a deusa grega da terra. Os elementos da tradição grega são muito parecidos à preocupação dos Dogons com os números. Além disso, durante a sua permanência na Líbia, aqueles gregos expatriados poderiam ter adquirido alguns conhecimentos dos seus vizinhos, os antigos egípcios.

Séculos de lenta emigração para o sul levaram os Dogons ao Rio Nìger, onde se estabeleceram e se misturaram com os habitantes negros locais. Segundo o historiador do século XX, Robert Graves, os últimos restos dessa errante tribo estão agora em uma aldeias chamada Koromantse, também chamada Korienze, a 75 Km de distancia de Bandiagara.


[editar] Visitantes Anfíbios

Para alguns, isso constitui uma prova irrefutável da antiguidade dos conhecimentos astronômicos dos Dogons. Mas a forma como os adquiriram continuam sem respostas. Como um povo que não dispunha de instrumentos óticos poderia conhecer os movimentos e as características da estrela mais brilhante, da sua companheira pouco visível e de um terceiro astro do qual ainda não existem provas cientificas de sua existência?

Os Dogons explicam os seus conhecimentos astronômicos do sistema Sirius de uma forma muito simples: seus antepassados os adquiriram de visitantes anfíbios extraterrestres, chamados por eles de Nommos, provenientes da estrela Po Tolo (Sirius B). As descrições feitas pelos Dogons são muito precisas.

Contam que os Nommos chegaram pela primeira vez do sistema Sirius em uma nave que girava em grande velocidade quando descia e que fazia um barulho tão forte quanto o rugido do vento. Também dizem que esta maquina voadora rebotou as aterrissar como se fosse uma pedra pela superfície da água, semeando a terra com jorros de sangue. Alguns estudiosos dizem que jorros de sangue na língua Dogons é semelhante a escape de foguete, o empuxo invertido usado nos veículos espaciais. Os Dogons também falam que pode ser interpretada como nave mãe colocada em órbita. Isso não é tão estranho quanto parece: A Apolo ficou em órbita Lunar enquanto o módulo descia para fazer a primeira alunissagem em julho de 1969.

Tudo isso parece ridículo se não fosse pelo paralelismo com as civilizações que apareceram na época das migrações dos antepassados dos Dogons. As representações artísticas dos Nommos na forma de réptil parecem-se ao semideus babilônico Oannes com rabo de peixe, aos anfíbios dos acadianos conhecidos como Ea, e à representação na arte primitiva egípcia de Isis em forma de sereia. Todos esses personagens foram, para seus respectivos adoradores, os pais das suas civilizações.

Então de onde vêm os conhecimentos dos Dogons? Os seus vinculos com as antigas civilizações do Oriente Médio dependem da aceitação da teoria que diz que seus antepassados teriam viajado até o sul, enquanto a afirmação de que os extraterrestres descreveram-lhes o sistema estelar, não pode ser uma simples fantasia, já que os mesmos dados parecem em várias civilizações.


[editar] Correspondentes egípcios

A Sirius A era conhecida pelos antigos egípcios como Sothis. Seu ano começava como os dias do Cão, quando a Sirius, a estrela da constelação Cão Maior, surgia atrás do sol, por volta do dia 23 de julho. Aparentemente também conheciam a Sirius B porque, nas suas tradições religiosas, a deusa Isis era símbolo da Sirius A e Osíris, seu consorte, era associado à sua escura companheira.

Os antigos rituais vinculam Isis à Sirius. A câmara do ano novo do templo de Denhera foi construída de forma que a luz da Sirius, seja canalizada por um corredor até o interior da câmara.

A câmara do ano novo do templo de Denhera foi construída de forma que a luz da Sirius, seja canalizada por um corredor até o interior da câmara

Isso é um antecedente da cerimônia Sigui que os Dogons celebram quando a Sirius pode ser vista pela fresta de uma rocha da aldeia de Yougo Dogorou. Devido ao fato de Osíris ser adorado como senhor de vida após a morte e as lendas dos antigos egípcios falarem de almas, que voavam à uma mansão imortal junto aos deuses, é possível que considerassem que essa mansão estivesse localizada na Sirius B.


[editar] Répteis humanos

Os Dogons acreditam que deuses (Nommos) vieram de um planeta do sistema Sirius, há 5 ou 6 mil anos. Na linguagem dogons, Nommos significa associado à água... bebendo o essencial. Segundo as lendas, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como senhores da água. A arte Dogon, sempre mostram os Nommos parte humanos, parte répteis. Lembram o semideus anfíbio Oannes dos relatos babilônicos e o seu equivalente sumério Enki. Os textos religiosos de muitos povos antigos referem-se aos pais de suas civilizações com seres procedentes de algum lugar diferente da Terra. Coletivamente, isso é interpretado por algumas pessoas como a prova da existência de vida extraterrestre que estabeleceu contato com o nosso planeta em um passado distante.


[editar] Escutando os Sinais

O mundo racional da ciência não descarta totalmente essa possibilidade. Os grandes telescópios do mundo, como o de Arecibo, na Ilha caribenhas de Porto Rico, tentam captar sinais inteligentes de várias estrelas, como a tau Ceti e a Épsilon Eridani, parecidas ao Sol e que podem possuir planetas nas suas Órbitas. A Sirius, no entanto, foi deixado de lado.

Talvez, algum dia, a astronomia tente explorar as chaves das tradições dos Dogons. Até agora, a forma como os Dogons adquiriram os seus extraordinários conhecimentos, ainda continuará sendo um mistério.

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