Dogue brasileiro
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Dogue Brasileiro | ||
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Nome original | ||
Outros nomes | ||
País de origem | ||
Brasil | ||
Padrão FCI | ||
Grupo: 11 - raça não reconhecida pelo FCI | ||
Seção: - | ||
molossóide |
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Número |
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Não é reconhecida oficialmente | ||
Esta raça está extinta | ||
Variedades | ||
Todas as cores são aceitas | ||
Notas | ||
Dogue Brasileiro é uma raça de cão criada especificamente para a guarda.
O Dogue brasileiro é uma das 7 raças brasileiras conhecidas. As outras são o Buldogue campeiro, Fila brasileiro, Ovelheiro gaúcho, Terrier brasileiro, Veadeiro pampeano e Rastreador brasileiro sendo que esta ultima é considerada extinta.
Índice |
[editar] História
A partir de uma ninhada oriúnda do cruzamento de um Bull terrier de seu plantel com uma Boxer Pedro Dantas, idealizador da raça, veio a notar que os cães originados deste cruzamento eram dotados de excepcional coragem, determinação, força, vigor e um temperamento excepcional no que diz respeito a um cão de estimação e de guarda.
Surpreso com as incríveis qualidades destes cães, promoveu outras cruzas utilizando-se das mesmas raças que originaram esta primeira ninhada para averiguar se isto se tratava de um acaso, ou de uma tendencia deste tipo de cruzamento. Mais tarde, com o amadurecimento destas novas ninhadas, foi percebido que não se tratava de um acaso. Tendo em vista que as enormes qualidades atribuídas ao Boxer e ao Bull terrier estavam se perdendo devido a uma falta de seleção baseada na funcionalidade e temperamento, percebeu a necessidade da manutenção de um cão de guarda que aliasse estes dois critérios, e, ao mesmo tempo, o potencial que estes novos cães possuiam para suprir esta necessidade. Assim sendo iniciou o processo de seleção. Nascia, então, o Dogue brasileiro
[editar] Aparência
Segundo o padrão pela CBKC, sobre o aspecto geral: "cão de aspecto sólido, maciço e não esgalgado, sem parecer, no entanto, atarracado ou desproporcionalmente pesado. Deve dar impressão de agilidade e força, com músculos muito fortes, longos e marcados, dando a impressão de grande potência e impulsão. Ossos fortes." Deve pesar entre 29 e 42kg para os machos (sendo o preferencial os 38kg); e de 23 a 37 kg (preferencial 31 kg)para as fêmeas. Sua altura está compreendida entre 54 a 59cm (preferencialmente 57 cm) para os machos; e de 50 a 57 cm (preferencialmente 55 cm) para as fêmeas. São aceitas todas as cores. A pelagem é curta e de fácil manutenção, sendo pequena a troca de pêlos.
[editar] Temperamento
O temperamento equilibrado é uma caracteristica notavel nesta raça. Não são desconfiados ao extremo como na maior parte das raças de guarda, só vindo a agir quando realmente necessário. Corajoso, tenaz e com grande resistencia a dor. Não é um "cão de um dono só", o que significa que na maior parte dos casos é altamente apto à aceitação pacifica de estranhos a ele que sejam amigos da família - até que seja demonstrado que este estranho à convivencia não é desejavel, ou que este demonstre agressão para com membros da familia. Não apresenta muita dominancia para com os membros humanos da família, mas pode ter problemas com outros cães do mesmo sexo.
[editar] Títulos e testes
Afim de manter a raça sempre apta ao trabalho na medida do possivel, foi priorizada a seleção de cães aptos à sua função. Isto significa que o Dogue brasileiro, para a participação em campeonatos de conformação, deve ser atestado na prova de apreciação de caráter. São estes os títulos que um Dogue brasileiro pode vir a obter:
1 - Provas da CBKC
- 1.1. Campeão: a do padrão CBKC (coincidente com *A* ou *AA*).
- 1.2. Grande Campeão: a do padrão CBKC, ou as mesmas para título *T*, *TT*, *G*, *GG*.
- 1.3. As provas devem ser confirmadas pela estrutura conforme regras da CBKC.
2 - Provas do BBC:
- 2.1. *A* - Campeão em ataque. O cão deve resistir ao toque com severidade máxima com bastão após pegar luva ou bite suit. No caso de luva, o cão deverá soltá-la após o figurante largá-la em 3 segundos e atacar o figurante, que poderá continuar a provocação.
- 2.2. *AA* - A mesma que *A*. Só que deve ser obtida antes do cão completar 10 meses.
- 2.3. *O* - Coincide com a parte de obediência da prova de Grande Campeão CBKC.
- 2.4. *OO* - A mesma que *O*, só que deve ser obtida até os 10 meses incompletos.
- 2.5. *T* - Obter graduação em qualquer tipo de prova a ser escolhida pelo proprietário do cão entre Schutzhund, KNPV, Ring Belga, Ring Francês, Agility, conforme pontuação a ser decidida posteriormente.
- 2.6. *TT* - A mesma que *T*, mas obtida até 24 meses.
- 2.7. *G* - Obter pontuação a ser estipulada no Ring Brasil. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.8. *GG* - Obter pontuação a ser estipulada no Ring Brasil até 24 meses não inferior a do item inferior. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.9. *X* - Ataque conjunto a bite com outro cão do sexo oposto por 90 segundos sem que ambos entrem em luta. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.10. *XX* - O mesmo que *X*, mas obtido após os 24 meses. O outro cão da parelha não pode ter menos de 18 meses. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.11. *M* - Ataque conjunto a bite com outro cão do mesmo sexo por 90 segundos. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.12. *MM* - Ataque conjunto a bite com cão do mesmo sexo por 90 segundos, após 24 meses. O outro cão da parelha não pode ter menos de 18 meses. Já haver obtido *A* ou *AA*.
- 2.13. *E* - O cão para obter título de campeão de estética precisa ser homologado de acordo com pontuação a ser definida de acordo com o padrão por banca a ser formada.
- 2.14. *EE* - O cão para obter título de campeão de estética precisa ser homologado de acordo com pontuação a ser definida, de acordo com o padrão.
- 2.15. *V* - Para o cão que repetir a prova de campeão, *A* ou *AA*, apos 10 anos, apenas com um pouco menos de pressão no bastão, para respeitar a idade.
APRECIAÇÃO DE CARÁTER PARA APTIDÃO AO TITULO DE CAMPEÃO EM OBEDIENCIA – BBC (*O* ou *OO*)
1. O condutor caminhará com o cão a seu lado, com uma guia, de no máximo 2,5 metros, e o cão deverá caminhar normalmente a seu lado sem exercer qualquer tensão na guia, por 40 segundos.
2. O condutor, num ato contínuo, caminhará com mais velocidade, obrigando o animal a trotar e mudará várias vezes de trajeto, por mais quarenta segundos, sem que o cão deixe de acompanhá-lo ou tencione a guia.
3. O condutor, verbalmente ou por mímica - em só um comando, comandará para que o cão permaneça imóvel, sentado e/ou deitado, e se afastara até, no mínimo, 10 metros, mantando-se nessa posição por um minuto, sem que o animal se desloque. Durante esse tempo, pessoas estranhas deverão, a distancia chamar o cão, que deverá manter a posição. Após decorrido o tempo de um minuto, sob autorização, o condutor chamará o cão que deverá ir a seu encontro.
RING-BRASIL – ABILITA O CÃO AOS TITULOS DE GRANDE CAMPEÃO DA CBKC E GRANDE CAMPEÃO DO BBC (*G* ou *GG*)
- OBEDIÊNCIA:
1. O condutor entra com o canino no centro do ring e o manda sentar, permanecer a seu lado por 10 (dez) segundos, aguardando o comando do árbitro para o próximo exercício. Vale 5 (cinco) pontos. Se o cão não obedecer de imediato ao primeiro comando, perde-se 1 (um) ponto por comando não-obedecido;
2. A seguir, o condutor caminha com o cão a seu lado – tanto esquerdo, quanto direito – dá uma volta no contorno do ring, voltando novamente ao centro do ring, onde o colocará novamente sentado. Vale 5 (cinco) pontos. Se o cão se afastar do condutor e este se obrigar a chamá-lo, perder-se-á 1 (um) ponto por chamada;
3. O condutor se afasta no mínimo 10 (dez) metros do canino, que deverá permanecer imóvel, e comanda à distância o comando de deita. Vale 5 (cinco) pontos. Perde-se 1 (um) ponto por cada chamada não-atendida;
4. Em seguida, um estranho, a ser designado pelo árbitro, atira dois objetos (podem ser duas bolas de tênis) em momentos diversos em direções que não sejam a que está o animal, e este não deverá sair do lugar. Vale 15 (quinze pontos). Se o cão não sair do local no primeiro objeto, mas sair no segundo perderá 14 (quatorze) pontos. Caso saia já no primeiro, perderá todos pontos.
- PROTEÇÃO:
1. PSEUDO-ATAQUE: o cão contido com guia de 2 (dois) a 3 (três) metros, preso por peitoral ou coleira larga, é instigado contra uma pessoa a escolha do árbrito, de preferência que nunca tenha tido qualquer tipo de contato com o animal, nem lhe faça nenhuma provocação, nem esteja trajando qualquer tipo de proteção ou segurando qualquer objeto, e este, sob comando do condutor, deverá ir de encontro daquela com nítida intenção de atacá-la, precisando ser contido pela guia. A pessoa deverá ficar a aproximadamente 5 (cinco) metros do cão. Vale 15 (quinze) pontos. Cada comando verbal não-obedecido, perder-se-á 5 (cinco) pontos. Ataque realizado antes do comando verbal, perde-se 5 (cinco) pontos;
2. ATAQUE LANÇADO SIMPLES: o cão deverá atacar sob comando o figurante a uma distância de aproximadamente 20 (vinte metros), sem que este lhe faça nenhuma provocação. Vale 20 (vinte) pontos. Mordidas somente no braço: perde-se 5 (cinco) pontos. Mordidas que se limitem por todo o tempo somente com os incisivos do cão: perde-se mais 5 (cinco) pontos. Caso o cão não ataque no primeiro comando, perde-se mais 5 (cinco) pontos. Ataque realizado antes do comando: perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o cão sacoleje firmemente na mordida: ganha 5 (cinco) pontos. Troca de pegada não desconta pontos;
3. ATAQUE COM BASTÃO: o cão deverá atacar sob ameaça o figurante munido de bastão de schutzhund a ser usado vigorosamente, a uma distância de 20 (vinte) metros. O figurante dará um toque leve, seguido de um toque médio e três toques fortes. Vale 25 (vinte e cinco) pontos. Mordidas que por todo o tempo não sejam de boca cheia, perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o cão abandone o ataque após o primeiro toque, perde-se 24 (vinte e quatro) pontos. Caso o cão abandone o ataque após o segundo toque, perde-se 22 (vinte e dois) pontos. Caso abandone o ataque entre o terceiro e o quinto toque, perde-se 18 (dezoito) pontos. Mordidas dadas exclusivamente no braço, perde-se 5 (cinco) pontos. Se o cão mostrar insegurança e depois morder, perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o saldo seja negativo, será contado como zerado, não diminuindo os demais pontos obtidos. Caso o cão sacoleje o figurante vigorosamente, ganhará mais 5 (cinco) pontos, desde que não tenha pegado sem firmeza, nem tenha abandonado, em qualquer momento, o ataque. Troca de pegada não desconta pontos;
4. ATAQUE COM ACESSÓRIOS: o figurante deverá exercer pressão psicológica sobre o cão, de acordo com sua criatividade, usando o acessório que for sorteado antes da prova (chocalho, mangueira com água, sirene, etc.). Vale 25 (vinte) pontos. Mordidas só no braço, perde-se 5 (cinco) pontos. Mordidas exclusivas com incisivos, perde-se mais 5 (cinco) pontos. Se o cão mostrar insegurança, mas depois morder, perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o cão sacolejar firmemente o figurante, ganhará mais 5 (cinco) pontos, desde que a mordida seja firme,e não haja abandono do ataque. Abandono do ataque: perde todos pontos da prova específica. Troca de pegada não desconta pontos. Não se poderá usar de utensílios que lesem fisicamente de qualquer forma o animal.
5. ANTIVENENO: com o cão parado, em qualquer posição, preso a um ponto fixo, uma pessoa que não o figurante, a ser escolhida pelo árbitro, chegará amistosamente e jogará 3 (três) petiscos de sabores diferentes (fígado cozido, queijo, galinha, etc.) a uma distância entre 3 (três) a 5 (cinco) metros. Vale 30 (trinta) pontos. Caso o cão cheire, mas não coma nenhum dos petiscos, perde 5 (cinco) pontos. Caso coma qualquer um, perde a prova específica.
Contagem dos pontos: a contagem dos pontos se sucederá pela soma aritmética de todas provas. Julgamento; as provas devem ser filmadas em vídeo, e a imagem gravada deve prevalecer no julgamento sobre o parecer momentâneo do árbitro e dos jurados. Caso não possa, por perda do detalhe na imagem ou por defeito no equipamento ou manipulação deste, haver uma avaliação pós-prova, valerá a avaliação dos jurados e do árbitro. Cabe, no caso de dúvida, aos jurados consultarem o árbitro de ring.
[editar] Pedigreé
O Bullboxer club, clube especializado do Dogue brasileiro certificado pela CBKC, Possui um banco de dados com informação de todos os cães desta raça. A expedição do pedigreé é feita mediante seu pedido e após a verificação da ninhada, que é feita pessoalmente por um avaliador. Não existe ônus algum para o proprietário ou criador que deseja certificar suas ninhadas. Assim sendo, não existe motivo para um Dogue brasileiro não ter pedigreé. Se não o tem, o único motivo por isto é o cão não ser um Dogue brasileiro.
[editar] Saúde
Não foram relatadas doenças específicas da raça ou doenças genéticas em larga escala. É relativamente longeva, sendo que houveram vários indivíduos que ultrapassaram os 13 anos de idade. São indicadas as medidas profiláticas como contra parasitas externos e internos e doenças infecto-contagiosas como parvovirose e cinomose.
[editar] Ligações externas
- Canil Jotinha
- Canil Tasgard (Canil do criador da raça)
- Canil Yacarepaua
- Padrão do dogue brasileiro pela CBKC (em .pdf)