Dracaena draco
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Dragoeiro | ||||||||||||||
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O antiquíssimo e famoso dragoeiro de Icod de los Vinos, Tenerife. |
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Nomenclatura binomial | ||||||||||||||
Dracaena draco (L.) L. |
Dragoeiro, nome popular da espécie Dracaena draco L., uma planta originária da Macaronésia. O dragoeiro pertence à classe Liliopsida, ordem Asparagales, família das Ruscaceae (Dracaenaceae), sendo comum nos arquipélagos atlânticos das Canárias, Madeira e Açores, e localmente na costa africana vizinha. Pode atingir centenas de anos de idade, produzindo árvores de grandes dimensões.
[editar] Etnobotânica do dragoeiro
Nas Canárias o dragoeiro era considerado uma árvore sagrada pelos povos guanches, servindo alguns exemplares de ponto de referência e assinalando locais de reunião e de significado religioso. É célebre o dragoeiro de Icod de los Viños, árvore sagrada das populações guanche de Tenerife.
Nos Açores os dragoeiros são comuns a baixa altitude, existindo alguns exemplares famosos, tendo os existentes na zona da Praia de Água de Alto sido classificados por Decreto do parlamento açoriano como árvores protegidas. No Museu do Pico (polo do Museu do Vinho, Madalena) existe um bosque de dragoeiros centenário (alguns do exemplares são anteriores ao povoamento das ilhas).
O dragoeiro deve o seu nome à cor da sua seiva depois de oxidada por exposição ao ar: forma uma substância pastosa de cor vermelho vivo que foi comercializada na Europa com o nome de sangue-de-dragão. O sangue-de-dragão atingia elevados preços, sendo a sua origem conservada no mistério por muito tempo. Era utilizado em fármacos e em tinturaria, constituindo nos tempos iniciais de povoamento europeu da Macaronésia, em especial das Canárias, um importante produto de exportação.