Duloxetina
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Substância classificada como ISRS
Antidepressivo de ação rápida (age na primeira semana de tratamento). Mostra-se eficaz não só no tratamento da depressão como também em outros distúrbios (incontinência urinária).
[editar] Nomes comerciais
- Cymbalta
O Cymbalta (duloxetina) é um novo antidepressivo, fabricado pelo laboratório norte-americano Eli Lilly. Pertence a uma classe de drogas conhecidas como duplos inibidores de recaptação. O que é isso? Os neurotransmissores são liberados por um neurônio e são captados por outro. Uma pequena quantidade de neurotransmissor é enviada de cada vez, de um neurônio para outro. Após o envio e recebimento dessa quantidade, o neurotransmissor que ficar "sobrando" no espaço entre um neurônio e o outro é absorvido pelo primeiro, aquele que o liberou. Esse processo recebe o nome de recaptação. Um inibidor da recaptação de um dado neurotransmissor impede esse processo, o que significa que sob a vigência do Cymbalta (duloxetina), certos neutrotransmissores são enviados em fluxo contínuo e sentido único, e não mais da forma natural, pulsátil e em "mão dupla". Os neurotransmissores afetados pelo cymbalta (duloxetina) são a serotonina e a noradrenalina. O termo duplo inibidor de recaptação refere-se a uma droga que afeta a recaptação de dois neurotransmissores ao invés de um.
O medicamento Cymbalta (duloxetina), não tem nada de novo em comparação a outros duplos inibidores de recaptação já existentes no mercado, como o Efexor (venlafaxina) do laboratório Wyeth Ayerst.
Os efeitos colaterais do Cymbalta (duloxetina) são comuns: náuseas, sonolência, cansaço ou fraqueza, excitação ou ansiedade, insônia, pesadelos, boca seca, intestino preso, hipersensibilidade da pele à luz do sol, alterações do apetite e do peso, alterações no desejo sexual e dores de cabeça. Efeitos colaterais menos comuns compreendem dificuldade para urinar, aumento da freqüência urinária, visão embaçada, sudorese excessiva e batimentos cardíacos irregulares. O aparecimento e a intensidade dos efeitos colaterais varia de paciente para paciente.
Um efeito colateral importante e comum a quase todos os pacientes é sentido no bolso. As novas drogas antidepressivas são sempre extremamente caras.
A revista Época fala no Cymbalta (duloxetina) em jargão militar, utilizando termos como a última arma contra a depressão. A capa da revista é um céu azul e uma mulher sorridente flutuando, deitada, maravilhosamente, nas nuvens. Na matéria, a foto é de uma mulher cheia de paz, provavelmente sob o efeito do Cymbalta (duloxetina), andando na praia. A Época fala em números astronômicos, como 80% de índice de desaparecimento dos sintomas. A Veja fala em efeitos colaterais menos intensos que os dos antidepressivos mais antigos.
Uma coisa existe em comum entre as drogas: na época do seu lançamento, diversas revistas populares, de credibilidade, publicam vistosas matérias sobre elas. Matérias que seriam até importantes e ilustrativas, se não fosse por um pequeno detalhe: elas só se lembram de enaltecer o novo medicamento, e normalmente se esquecem de detalhar os efeitos colaterais e reações adversas. Informação tão importante quanto o benefício que a droga pode possuir. Essas matérias ficam até parecendo um informe publicitário da indústria e não uma matéria informativa, tipicamente jornalística, que mostra os prós e os contras, questiona, compara opiniões médicas divergentes e contraditórias, ouve pacientes satisfeitos e insatisfeitos. Não. Tudo parece unânime. Todos os pacientes estão felizes e contentes, nas nuvens. Ninguém sofre efeitos colaterais. 80% ficam curados e felizes para sempre (os outros 20% terão de esperar pela próxima droga, a próxima bola da vez)!!
Infelizmente, a realidade não é essa. Os pacientes continuam tendo reações adversas, continuam apresentando recaídas depois de algum tempo, e o pior, continuam achando que somente uma droga, uma pílula mágica, pode resolver o seu problema.
Como eu sempre digo, remédios como o Cymbalta (duloxetina) podem ser importantes num momento específico da depressão ou da enxaqueca, mas ninguém pode depender apenas deles. Remédios não curam ninguém, apenas aliviam os sintomas para que você possa adotar as mudanças de estilo de vida necessárias para uma melhora consistente e real da sua doença. Não estamos aqui falando só de depressão e enxaqueca. Isso vale para qualquer doença.
Antidepressivos (ATC N06A) | ||
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Inibidor da MAO (IMAO) | Iproniazida, Isocarboxazida, Nialamida, Fenelzina, Tranilcipromina | |
Inibidor reversível da MAO-A (RIMA) | Moclobemida | |
Inibidor da recaptação de dopamina (DARI) | Amineptina | |
Inibidor da recaptação de noradrenalina-dopamina | Bupropiona | |
Inibidor da recaptação de noradrenalina | Maprotilina, Reboxetina | |
Inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina | Duloxetina, Milnaciprano, Nefazodona, Venlafaxina | |
Inibidor selectivo da recaptação de serotonina (SSRI) | Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Fluvoxamina | |
Acelerador selectivo da recaptação de serotonina (SSRE) | Tianeptina | |
Antidepressivo tricíclico | Amitriptilina, Clomipramina, Imipramina, Nortriptilina | |
Antidepressivo tetracíclico | Maprotilina, Mianserina, Nefazodona | |
Outros | Mirtazapina |