Economia da Hungria
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Outrora o principal celeiro do Império Austro-Húngaro, a Hungria sempre teve na agricultura um dos seus principais setores econômicos. Essa importância do setor agrícola se deve à abundância de terras férteis e por quase 90% do seu território ser plano, o que facilita a mecanização: mais de 50% do seu território é cultivado, produzindo milho e trigo em grande quantidade.
Sob o regime socialista, a agricultura mecanizou-se, aumentando sua produtividade e variedade. Nos anos 80 o país produziu mais de 16 milhões de toneladas de grãos. Com o fim do regime socialista a agricultura se ressentiu da perda do apoio intensivo do Estado. Nos anos 90 a produção reduziu-se para aproximadamente 10 milhões de toneladas, recuperando no início do século XXI sua antiga vitalidade com a produção recorde de 17 milhões de toneladas de grãos.
A industrialização do país também se intensificou a partir da tomada do poder pelos comunistas que desenvolveram intensos projetos de aproveitamente dos recursos naturais. Nos anos 80 o setor industrial chegou a corresponder a 50% do PIB, e era considerado mais moderno e diversificado da Europa Oriental, produzindo e exportando bens de consumo duráveis e não duráveis, equipamentos elétricos, máquinas e produtos metalúrgicos.
Outro setor que se destaca é o do turismo recebendo mais de 10 milhões de turistas por ano.
As transformações que a economia húngara vem passando nos últimos anos com a privatização da economia e modernização tanto da indústria como da agricultura ocorreram sem grandes solavancos. Ao contrário de outros países do leste Europeu que sofreram muito com a restruturação capitalista da economia, a Hungria foi relativamente bem sucedida nos anos 90. Depois de alguns anos de retrocesso econômico o país voltou a crescer. Esse sucesso deve-se a um conjunto de fatores, entre eles por a Hungria já ter uma economia reformada desde os anos 60, voltada tradicionalmente para exportação. Sob o regime socialista a mesma já tinha um setor industrial e agrícola competitivos, fator esse que permitiu o país enfrentar com tranquilidade os momentos mais difíceis das mudanças políticas dos anos 90.
Na primeira década do século XXI a Hungria continua a mostrar um forte crescimento e a trabalhar para aproximar a sua economia da média da União Européia. O sector privado é responsável por mais de 80% do PIB. Há muito investimento estrangeiro e posse por estrangeiros de firmas na Hungria, com o investimento estrangeiro directo a totalizar mais de 23 biliões de dólares desde 1989. A inflação e o desemprego - ambos preocupações prioritárias em 2001 - diminuiram substancialmente. As medidas de reforma económica, tais como a reforma dos cuidados de saúde, do sistema tributário e do financiamento da administração local, ainda não foram postas em prática pelo actual governo.