Egitânia
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Egitânia era o nome dado pelos suevos e visigodos a uma cidade fundada pelos romanos no actual Portugal, que corresponde à actual Idanha-a-Velha, Civitas, Igaeditanorum. Sob o domínio dos Flávios recebeu o título de município. O seu nome, Egitânia, passou por várias alterações até se fixar em Idanha.
O que resta da cidade ocupa uma grande área, e escavações metódicas foram iniciadas em 1955, pelos arqueólogos portugueses Fernando de Almeida e Veiga Ferreira que escavaram, fora das muralhas, parte de um edifício que dizem pode ser um balneário romano. Do período romano foram achados a ponte romana sobre o rio Ponsul, com cinco arcos, cujos pilares, alguns, afundaram-se e a abóboda do arco rachou; troços de calçadas romanas e as portas romanas. Os achados arqueológicos encontrados durante os trabalhos estão guardados nos museus Museu Lapidar Igeditano António Marrocos e o Museu de São Dâmaso.
Os arqueólogos já referidos encontraram extramuros uma basílica visigótica, um ba(p)tistério paleocristão; a torre de menagem foi edificada em tempos medievais sob os restos de um templo romano.
Do período visigótico é notável a quantidade de moedas de ouro (trientes) cunhadas na Egitânia. Do período paleolítico foi localizado um terraço na margem esquerda do Ponsul, rio que contorna a cidade. No cimo de alguns montes próximos foram descobertos castros (cabeço dos Mouros, Serra de Monsanto).
Na proto-história a população da região era celta, indicado pelas inscrições com nomes característicos. Uma inscrição datada do ano 4 a.C. pertencia a um monumento mandado levantar pela Civitas Igaeditanorum a César, neto de Augusto, príncipe da juventude. Outras, referem-se a militares; a grande maioria delas são funerárias.
As muralhas, do período romano, de perímetro de cerca de 750m, ainda convervam parte de seis torres semicilíndricas, uma rectangular e duas portas.
A Egitania consta como diocese nas actas do Concílio de Lugo (569). Esta diocese foi transladada para a cidade da Guarda em 1199, a pedido do rei D. Sancho I, e à margem dos esforços dos reis para a repovoarem, não lhes foi possível suster a decadência.
Do período suevo-visigótico restam, além de muitas peças de escultura decorativa, os alicerces e arcadas da catedral.