Ermesinde (Estação de Caminho-de-ferro)
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Estação de Ermesinde (Linha do Minho)
Em 1873 inicia-se em Ermesinde a construção da Linha do Douro, tendo sido inaugurado o troço Ermesinde/Penafiel em 29 de Julho do ano de 1875. Em 1882 a Estação sofria as primeiras modificações e dois anos depois construía-se a cobertura metálica das duas vias e respectivas plataformas.
Em 25 de Outubro de 1966 a electrificação do caminho-de-ferro chegava a Ermesinde. Situada na bifurcação das Linhas do Minho e Douro, com ligação directa à Linha de Leixões, Ermesinde é actualmente uma das mais importantes estações a norte do Douro.
A sua localização relativamente ao Porto, de onde dista cerca de 10 km, tornou esta cidade num dormitório, tendo os seus habitantes optado pelo comboio como o transporte preferencial nas suas deslocações pendulares. A Estação transforma-se assim num ponto de passagem por excelência da cidade, o local existe e funciona na prática como o centro da cidade.
Enquadrada no programa global de modernização dos itinerários suburbanos do Porto com o objectivo de os dotar de um serviço ferroviário adequado à sua dimensão demográfica e às exigências do seu desenvolvimento económico, a intervenção de remodelação da Estação de Ermesinde, teve início em Julho de 1997 e a sua conclusão em Maio de 2001.
A intervenção, da responsabilidade da REFER (Projectos Porto e Norte), recaiu sobre toda a estrutura da Estação ferroviária, nada ficando das suas antigas instalações.
O número de linhas, embora reduzido de oito para seis, viu a sua capacidade acrescida graças à melhoria do traçado e ao consequente aumento da velocidade potencial de circulação, permitindo o alargamento das plataformas de passageiros, que de geometria variável ao longo dos seus 300 metros de comprimento atingem uma largura máxima próxima dos oito metros.
O novo edifício de passageiros, funcional e de linhas modernas, é constituído por um amplo átrio que dá acesso à primeira plataforma, às bilheteiras ao restaurante e à cafetaria. A partir deste piso e através de escadas rolantes, tem-se acesso ao átrio inferior, decorado por um baixo relevo em grés cerâmico, com cerca de 40 metros, alusivo às comunicações e transportes, da autoria do escultor Mário Ferreira da Silva.
O átrio inferior, com estrutura insonorizada, dispõe de um galeria subterrânea que atravessando a Estação a toda a largura desemboca numa praça, constituindo assim uma segunda alternativa de entrada na Estação. A galeria, perifericamente ocupada por áreas comerciais, conta com 17 lojas e estende-se por um total de 800m2.
O complexo da Estação é dotado de uma iluminação moderna, de alto rendimento e eficácia, dispondo de sistemas de segurança contra a intrusão por videocontrolo e de detecção de incêndios.
Sendo a intermodalidade uma preocupação fundamental da REFER, os aspectos relacionados com as acessibilidades e estacionamento não foram descurados, nesse âmbito foi reorganizada a malha rodoviária melhorando a acessibilidade ao edifício de passageiros e a fluidez do tráfego, a Estação dispõe igualmente de novas baías de estacionamento, zonas de paragem de autocarros e postura de taxis e áreas de kiss and ride e caminhos pedonais. O estacionamento tem capacidade para 290 veículos, distribuídos por três pisos e ligação pedonal à galeria subterrânea.
A singularidade da Estação é marcada, sem dúvida, pela sua cobertura, em chapa de aço lacada cinza-alumínio, constituída por duas abóbadas interiores e duas palas laterais, formando uma ampla nave, sobre os 180 metros centrais das três plataformas de passageiros e das quatro linhas.