Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
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O Escapulário do Carmo
Escapulário: “Tira de pano que os frades e freiras de certas ordens trazem sobre o peito” (Dicionário Aurélio). Também conhecido como bentinho. Normalmente quando se fala de escapulário se refere ao Escapulário do Carmo, que é reconhecido como sacramental pela Igreja e que todos os Papas do século XX usaram.
O Escapulário do Carmo está ligado a uma venerável tradição carmelita, a saber, à "visão" de São Simão Stock. Segundo esta tradição Nossa Senhora teria aparecido a São Simão Stock, trazendo o escapulário na mão, dizendo: «Hoc tibi et tuis privilegium: in hoc moriens salvabitur». Em outras palavras: aquele que fizesse parte da Ordem (e receber e usar o hábito era sinal dessa pertença) seria salvo definitivamente.
Que pensar da historicidade desta visão? Não está provado que seja falsa; mas as provas aduzidas para sua autenticidade não satisfazem. Outra questão, ligada ao Escapulário, é a da bula de Papa João XXII (que tem o relato de uma visão sua e o chamado "privilegio sabatino"). Esta bula, analisada pela recente crítica histórica, foi considerada como não autêntica e infundada.
Vastíssima foi a difusão da devoção do Escapulário entre os fiéis a partir do século XV. Assim o escapulário tem servido de instrumento para estender a Família Carmelitana para além do círculo dos frades e freiras, com a ampla agregação de devotos do Escapulário.
Além de sinal de agregação à Ordem do Carmo, o escapulário é também sinal de pertença a Maria; é símbolo próprio, como sacramental, para exprimir devoção à Mãe de Jesus, bem como a filiação dos fiéis à Família Carmelitana.
Sinal externo, exprime a convicção do afiliado de viver consagrado a Maria e sob a sua proteção. Recorda àquele que o usa o compromisso da mesma Ordem e o seu jeito para viver a dimensão mariana do carisma carmelitano, que se caracteriza por uma vida de familiaridade com Maria, impregnada de oração, imitação e presença.
Concretamente, como meio de consagração, o escapulário fala - como dizia Pio XII - de humildade, de castidade, de oração contínua e de todas as virtudes da Mãe, das quais o devoto deve se revestir e é convidado a uma íntima união com Deus e ao serviço humilde do próximo na Igreja.
Com seu materno amor, Maria cuida dos irmãos de seu Filho que ainda peregrinam, vivendo no meio de perigos e dificuldades, até que cheguem à Pátria celeste. A doutrina mariana afirma: «um verdadeiro devoto de Maria se salva». O Escapulário, assim entendido, concretiza a maternidade espiritual de Maria que protege na vida, salva na morte e intercede depois a morte.