Esporte Clube Cruzeiro (Rio Grande do Sul)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 |
|||||||||||||||||||||||||||||
| Nome | Esporte Clube Cruzeiro (Rio Grande do Sul) | ||||||||||||||||||||||||||||
| Alcunhas | Cruzeirinho | ||||||||||||||||||||||||||||
| Fundado em | 14 de julho de 1913 | ||||||||||||||||||||||||||||
| Estádio | Estrelão | ||||||||||||||||||||||||||||
| Capacidade | 5 mil | ||||||||||||||||||||||||||||
| Presidente |  Flávio Fachel |
||||||||||||||||||||||||||||
| Treinador | Rodrigo Bandeira |
||||||||||||||||||||||||||||
| Liga | Campeonato Gaúcho Segunda Divisão |
||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||
O Esporte Clube Cruzeiro é um clube de futebol do Brasil sediado em Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul. Foi fundado em 14 de julho de 1913, foi o primeiro clube do Rio Grande do Sul a excursionar pela Europa no ano de 1935. Um dos jogos desta excursão foi contra o Real Madrid. Tem entre seus torcedores o escritor Moacyr Scliar e o também escritor, professor e jornalista Aldyr Schlee, o criador da camisa amarela da seleção brasileira.
Índice |
[editar] Um Clube Buscando a Glória
A data de 14 de julho de 1913 pode ser um dia comum para a maioria das pessoas, mas neste dia nasceu um tradicional clube da capital gaúcha. Uma agremiação que desbravou o mundo e originou as categorias de base no Rio Grande do Sul. Esse mesmo, que hoje está tentando retornar a elite do futebol gaúcho, se chama Esporte Clube Cruzeiro, o Cruzeirinho para os seus torcedores e simpatizantes. O Cruzeirinho teve na sua história altos e baixos. Nos primeiros 30 anos de sua existência foi um clube que colocava medo nos adversários, um clube que a dupla Gre-Nal temia jogar. Hoje, está no ostracismo da segunda divisão gaúcha. Chegou a ser reconhecido como a terceira força de Porto Alegre, atrás do Grêmio e do Internacional, agora perdeu essa posição para o São José, o Zequinha. O responsável pelo marketing e comunicação do clube, Paulo Roberto Barbosa, explica o porquê dessa situação de alto e baixo. “Nada além do normal em qualquer clube do país, mas o Cruzeiro por muito tempo esteve com muitas dívidas o que não deixava ao clube muitas saídas para voltar ao seu status de outrora”, comentou Barbosa. Outro período áureo foi o pioneirismo em excursões para a Europa, Ásia e o Oriente Médio, na virada do ano de 1935 para 1936. Depois de 11 dias viajando de navio jogaram contra times considerados grandes, como Real Madrid, Lazio, Fenerbahçe, Besiktas e Galatasaray SK, além da seleção do Israel e da Turquia. Tiveram resultados positivos. Jogaram 15 partidas, venceram sete, empataram quatro e perderam outros quatro, marcando 28 e sofrendo 20 gols. Voltando com um aproveitamento de 55,55%. “A excursão foi proveitosa, além de ser desbravadora”, conta o estudioso do futebol, Mário Luiz Schemes. Aquela excursão foi tão capacitada que o clube voltou no ano de 1960 à terra dos desbravadores. Nesta viagem eles jogaram contra times como Sevilla, Bayern Hof, Dínamo de Zagreb e outros, além de seleções como República Tcheca, Seleção Olímpica Dinamarca e Bulgária. E voltaram com um aproveitamento parecido, 54,16%, jogando 24 partidas, com 11 vitórias, seis empates e sete derrotas, marcando 39 gols e sofrendo 35. Com essa campanha, conseguiu um título, o Torneio de Páscoa de Berlim, um campeonato importante para a época. Para exemplificar como a segunda excursão foi satisfatória, os dirigentes do Randers, um dos adversários na excursão, enviaram uma carta ao Cruzeiro onde eles afirmavam que nunca iam esquecer do time que tinham o derrotado. “A excursão foi fenomenal, conseguimos voltar para um lugar onde tínhamos nos dado bem e ir muito melhor”, explica o torcedor do clube Dalano Betat. O Cruzeiro conseguiu a glória máxima para um time do Rio Grande do Sul. No ano de 1929, depois de ter conquistado a cidade por duas vezes, 1926 e 1927, conquistou o Estado, na sua primeira participação (participou, depois, dos campeonatos de 1961 a 1965, 1969 a 1972, 1976 a 1978). Entrando assim para o rol dos poucos clubes que ganharam o Campeonato Gaúcho de Futebol profissional (em 1929 apenas sete clubes tinham ganhado o campeonato, hoje são 16 campeões, segundo a Federação Gaúcha de Futebol - FGF), com um time que está quase na sua totalidade por alunos universitários e estudantes da Escola Militar de Porto Alegre. Barbosa, afirmou que o título gaúcho é importante, mas que não trás resultados satisfatórios ao clube. “Fazer parte da história do futebol, fixar a bandeira na história, não há preço para isso, mas concretamente pouco trás hoje ao Cruzeiro, mas, com muito orgulho, levamos este título no peito”, afirma o responsável pelo marketing e comunicação. Além desses títulos, o Cruzeiro conta na sua galeria com o primeiro Torneio Internacional de Páscoa de Mar del Plata, na Argentina, em 1961, e sagrou-se o primeiro Campeão da Taça Governador do Estado em 1970. O Cruzeirinho, apesar de todas as glórias está numa situação complicada no torneio que está disputando, Copa FGF (décimo numa chave que tem 12 clubes), e está buscando uma recuperação patrimonial e do seu prestígio futebolístico. O presidente do clube, que não quis conversar com o Universo IPA, Flávio Fachel, disse ao site do clube (www.cruzeiropoa.com.br) que “confio no técnico Paulo Mattos e busco voltar a elite do futebol gaúcho em 2008”, mostrando a ambição do clube em 2007. Mas, o estudioso Schemes mostra toda a descrença dos sabidos da área, “o Cruzeiro está vegetando, está um negócio inacreditável. Não tem como ter projeto, um clube que não tem sócios”. O estudioso dá uma dica para o clube crescer: “eles têm que fazer uma parceria com o Internacional ou o Grêmio para colocar os jogadores que não estão jogando na vitrine, assim eles poderiam fazer um bom time”. Para um clube com as dificuldades do Cruzeiro subir para primeira divisão seria como diz Moacyr Scliar no livro “A Colina dos Suspiros”, “os gols são raros, mas, quando acontecem, volto a sentir a emoção do garoto que chutava a bola nas ruas do Bom Fim: é como se eu tivesse conquistado a Copa do Mundo”.
