Eta Carinae
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Eta Carinae, (na constelação da Quilha, ou "Carina", em latim), está a 7500 anos-luz da Terra. Uma estrela vísivel no Hemisfério Sul (incluindo Brasil), mas não no Hemisfério Norte (incluindo Portugal). De tamanho muito grande (100 a 150 vezes a massa do Sol), seu aspecto mais marcante é a variação de seu brilho em várias ordens de magnitude.
Dados observacionais Época 2000.0 |
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Variabilidade | variável |
Tipo de espectro | B0 I0 |
Ascensão reta | 10h 45m 03,59s |
Declinação | -59° 41' 04,26" |
Distância | 7500 anos-luz |
Magnitude aparente (V) | 6,21 |
Características físicas | |
Massa | 120 M☉ |
Raio | |
Cor (B-V) | 0,61 |
Cor (B-V) | |
Magnitude absoluta (V) | |
Luminosidade (V) | |
Temperatura da superfície | 20000-30000 K |
Idade | 2.6x106 anos |
Período de rotação | |
Notas | Considerada a estrela mais massiva dentre as visíveis a olho nu |
Outras designações | HD 93308, HR 4210, CD-59 3306, SAO 238429 |
Quando foi pela primeira vez catalogada em 1677 por Edmond Halley, era uma estrela de magnitude 4, mas mais tarde ficou mais brilhante, atingindo o brilho de Sírio, apesar da sua enorme distância. Depois disso (entre 1900 e 1940), a magnitude era apenas de 8. Em 2002, tinha magnitude 5, tendo de repente e surpreendentemente dobrado o seu brilho entre 1998 e 1999.
Tudo indica tratar-se de uma sistema binário de estrelas muito próximas uma da outra. A estrela de menor diâmetro é a mais quente (30 000 ºC) e a outra com o triplo do diâmetro é mais fria (15 000 ºC), mas duas vezes mais brilhante. Este sistema estelar está envolto uma densa nuvem de gases e poeiras, que forma uma nebulosa 400 vezes mais extensa do que o Sistema Solar, conhecida como a Nebulosa de Eta Carinae (ou NGC3372). A perda de luminosidade deve-se, possivelmente, a uma consequência da aproximação máxima entre as duas estrelas, o periastro, altura em que a estrela menor encobre quase metade da maior. A diminuição de brilho é equivalente a 20 vezes o do Sol, mas brilhando como 4 a 5 milhões de sóis. O período de rotação das estrelas (uma em relação à outra) é de 5,5 anos.
O que torna Eta Carinae especial é o seu brilho muito instável e de forma extremamente rápida, devido à poeira e o encobrimento da estrela maior pela menor, ao contrário das outras estrelas visíveis a partir da Terra. Em 1830, brilhava tanto como Sírio (a estrela mais brilhante). Atualmente, é só é visível em locais muito escuros, sendo o seu brilho muito baixo; há 40 anos atrás até era necessário um telescópio para a poder observar.
O astrónomo brasileiro Augusto Damineli, professor da USP, é um dos que afirmam que a estrela é uma variável pois a cada cinco anos e meio, segundo ele, acontece uma redução no seu brilho, já outros astrônomos não aceitavam essa teoria, no entanto em 1997, ocorreu uma nova redução do brilho, o fenômeno foi confirmado. Em 2003 , graças aos registros de mais de 50 especialistas apoiados nas observações através de telescópios terrestres e em órbita , finalmente confirmou-se tratar-se mesmo de mais uma estrela variável do tipo SDOR - Estrelas de alta luminosidade binária, com variações entre 1 a 7 magnitudes, associadas e envoltas em material em expansão próprio das nebulosas.