Faculdade de Medicina de Marília
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FAMEMA Faculdade de Medicina de Marília |
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Lema | ' |
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Fundação | 1966 |
Tipo de instituição | Pública |
Orçamento anual | R$ |
Funcionários | |
Docentes | |
Total de Estudantes | 640 |
Graduação | 640 |
Pós-Graduação | - |
Reitor(a) | |
Vice-reitor(a) | |
Diretor(a) | Prof. Dr. César Emile Baaklini |
Vice-diretor(a) | |
Localização | Marília SP |
Página oficial | http://www.famema.br |
Contato | [1] |
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Universidades do Brasil ![]() |
Faculdade de Medicina de Marília ou FAMEMA é uma das principais faculdades de Medicina do interior do estado de São Paulo, seu campus fica na região Leste de Marília, próximo ao Hospital das Clínicas.
A FAMEMA é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Turismo , portanto pública. Oferecendo gratuitamente os cursos de Medicina e Enfermagem. A Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), em consonância com os movimentos para melhoria do ensino superior e redefinição do perfil e papel dos profissionais de saúde, coloca-se como uma Instituição voltada para as necessidades da população e ocupa um importante papel tanto no Município, como prestadora de serviços, quanto na sociedade, como formadora de recursos humanos. Os currículos de Medicina e Enfermagem centrados no estudante, orientados à comunidade e utilizando metodologias ativas de ensino-aprendizagem refletem um trabalho profícuo de seus docentes, estudantes e diretores.
O currículo do curso de medicina centrado no estudante, baseado em problemas e orientado à comunidade vinha sendo organizado, desde 1997, segundo unidades educacionais, que integram conteúdos de diversas disciplinas (unidades verticais) e trabalham o desenvolvimento de habilidades profissionais e a inserção do estudante nos serviços de saúde, a partir da 1ª série (unidades horizontais).
A abordagem dos conteúdos das unidades ocorre em pequenos grupos, sendo facilitada por um docente (tutor/instrutor). Nas unidades verticais são utilizados problemas ou situações de saúde que permitem a exploração do conhecimento prévio dos estudantes, o desenvolvimento do raciocínio clínico e epidemiológico, a formulação de hipóteses, a busca e análise crítica do conhecimento necessário para a melhor explicar o problema e a formulação de planos de cuidado para situações individuais e coletivas.
Nas unidades horizontais (Interação Comunitária e Habilidades Profissionais) os estudantes desenvolvem habilidades a partir do contato supervisionado com pacientes, famílias e comunidade.
Os estudantes são estimulados a trabalhar cooperativamente nos pequenos grupos, a reconhecer necessidades de aprendizagem e a utilizarem recursos para provê-las ao longo de sua formação e da vida. Requer, de todos os estudantes, uma postura ativa, responsável, ética e colaborativa.
A prática de avaliação objetiva incluir na rotina do trabalho educacional a capacidade de fazer e receber críticas e a de aproveitar as avaliações para a melhoria contínua dos desempenhos, das relações, das unidades e do curso.
Diversas análises sobre o desenvolvimento do currículo possibilitaram a identificação de limites e potencialidades da organização curricular que estávamos desenvolvendo. Assim, foram definidas mudanças que imprimissem uma maior articulação e integração de disciplinas e dimensões (psicológica, biológica e social), maior integração teórico/prática e uma qualificação da avaliação orientada às aprendizagens.
Essa proposição começou a ser desenvolvida em 2003, em parceria com o curso de enfermagem, com a criação da Unidade de Prática Profissional na 1ª série. A coorte que inicia o curso de medicina em 2004 tem seu currículo orientado por competência, e, em todas as demais séries foram inseridas estratégias e recursos que, de alguma forma, permitem uma maior aproximação a essa nova orientação, com integração teórico/prática, centrado no estudante e voltado à comunidade (aprendizagem significativa).
As propostas de inovação do Curso de Enfermagem consolidam as conquistas alcançadas com o Projeto Famema 2000 e representam a ampliação dessas conquistas, objetivando responder às demandas do mundo moderno. As reformas educacionais instituídas no Brasil desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases vêm determinando novas configurações aos padrões curriculares que, até recentemente, vigoravam em todas as modalidades de ensino. A promulgação de diretrizes curriculares para os cursos de graduação está inserida em um discurso que anuncia uma ampla reforma educacional do ensino superior brasileiro.
Para que reformas educacionais possam ocorrer, o entendimento de currículo é fundamental, e para o Curso de Enfermagem as reflexões sobre currículo se constituem num dos elementos centrais em torno do qual giram os debates sobre a escola e seu significado social. Portanto, o currículo não envolve apenas questões técnicas, relativas à conteúdo de ensino, procedimentos didáticos, métodos e técnicas pedagógicas, sendo entendido como um instrumento social, cultural e histórico.
O Curso de Enfermagem, então, começou a desenvolver um currículo integrado que busca favorecer a articulação teoria/prática e trabalho/ensino, utilizando como estratégias para a implementação do mesmo, a interdisciplinaridade e a problematização, ancorada na concepção crítico-reflexiva de educação.
A seleção dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessários a formação do enfermeiro ocorreu mediante a construção de uma rede explicativa, onde os princípios gerais, chamados conceitos-chave e sua respectiva complexidade deram origem a série e sua particularidade. A articulação e integração em relação as disciplinas, promovendo a interdisciplinaridade constitui-se num grande desafio para todos os envolvidos.
A concepção pedagógica adotada considera o estudante como um sujeito ativo e participativo no processo de ensino-aprendizagem, considerando o conhecimento prévio do mesmo e promovendo condições para o aprender a aprender, buscando com isso que a aprendizagem seja significativa, ou seja, que haja uma correlação teórico-prática.
O novo papel do professor constitui-se também num desafio, onde a orientação e facilitação do processo passam a ser sua principal meta, mediando a relação entre o sujeito que aprende e o objeto a ser apreendido.
Para a implementação do currículo, optou-se por trabalhos em pequenos grupos onde a relação professor-estudante torna-se mais próxima, permite a troca de experiência, favorece o crescimento pessoal e profissional, além de proporcionar a vivência do trabalho em equipe, importante para a enfermagem.
A busca de uma nova concepção de avaliação educacional, que acompanhe a inovação do currículo, tem sido o empenho de todos. Nosso sistema avaliativo guarda coerência com os princípios curriculares, visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem (avaliação formativa) e a verificação do alcance dos objetivos das unidades educacionais (avaliação somativa).
Compreendemos, então, que a avaliação é dinâmica e processual, ou seja, deve acontecer durante todo o processo e em diferentes momentos. Não deve estar voltada apenas à avaliação do conteúdo cognitivo, mas também para as dimensões atitudinais e de habilidades inerentes à prática do enfermeiro.
No processo avaliativo, o professor que desenvolve a atividade educacional também é avaliado, assim como a unidade, buscando revelar pontos fortes e detectando dificuldades, visando a melhoria contínua.
A avaliação deve indicar o quanto e como o estudante avançou nos desempenhos e objetivos da unidade educacional e o quanto o professor e a organização da unidade contribuíram para esse processo.
Atualmente, no Curso de Enfermagem, utilizamos 2 modalidades de avaliação, a formativa e a somativa.
A avaliação formativa acompanha a evolução do estudante em relação aos conhecimentos, habilidades e atitudes que ele adquire ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Ela envolve a auto-avaliação, avaliação do grupo e avaliação do professor. A avaliação somativa verifica os resultados obtidos, identificando em que grau os desempenhos propostos foram alcançados.
[editar] Encampação
Foi dada, em 2006, a linha verde pelo então Governador Geraldo Alckmin para a encampação da FAMEMA pela UNESP. As duas universidades funcionam como institutos isolados de ensino mantidos pelo governo do Estado, com dificuldades para obter verbas para pesquisas e projetos para investimentos em equipamentos e tecnologia. Com a encampação, os dois institutos ficariam mais fortalecidas. O principal defensor do processo é o médico e diretor da faculdade, César Emile Baaklini.
Atualmente o processo de encampação parece ter sido interrompido, o governador José Serra em visita a Marília durante sua campanha eleitoral deixou claro que não há intenção do governo estadual em encampar a FAMEMA pela UNESP. Deste modo tanto FAMEMA quanto FAMERP (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) provavelmente não serão encampadas pela UNESP.
Em 2007 no inicio da gestão o governador José Serra criou a Secretaria de Ensino Superior, que vincula as três grandes universidades estaduais paulistas (USP, UNESP e UNICAMP), 2 faculdades isoladas (FAMEMA e FAMERP) e o Memorial da América Latina a uma única secretaria com intuito de melhorar o funcionamento dessas instituições.