Fajã Mata Sete
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A Fajã Mata Sete é uma curiosa fajã a que se chega indo pelos caminhos que levam ao Farol dos Rosais logo que se chega à beira da rocha do lado Norte da ilha, vê-se esta Fajã.
Deve ter-se muito cuidado ao caminhar sobre a borda da rocha pois esta desde o terramoto de 1980, ocurrido a 1 de Janeiro de 1980 Abriu muitas fendas.
A Fajã esteve durante muito tempo interdita pelas autoridades que fecharam o Farol e a zona em redor. Possivelmente terá sido nesta altura que se deu o início do declínio desta fajã uma vez que as pessoas praticamente deixam de lá ir.
Foi uma fajã que nunca teve casas, mas todas as suas terras eram divididas em [[hortas - Horta (agricultura)]] ou [[nateiros - Nateiro]] e cultivadas, com destaque para a vinha e a batata.
Os donos das terras desciam à fajã principalmente nos meses de Março e Abril para o cultivo das terras e da vinha voltando em Setembro para as vindimas. As uvas eram espremidas na fajã, por um processo quase sempre bastante rudimentar que era constituído por uma pedra pesada ou por duas pedras que eram presas uma à outra de alguma forma que as mantivesse unidas e a exercer o peso necessário.
Nesta fajã há uma gruta, localmente chamada de Furna e que desde sempre foi utilizada como abrigo pelas pessoas que se deslocavam à fajã. É bastante grande, leva há volta de 7 a 8 pessoas que muitas vezes chegam a passar lá a noite. Cobrem o chão com fetos secos a servir de cama para dormirem durante os dias que ali ficavam a pescar. Os peixes apanhados de cima da pedra, com canas, são o sargo, a Veja (Sparisoma cretense) e a anchova.
As aves mais frequentemente vistas nesta fajã são o cagarro (ou cagarras), a gaivota e o garajau. Na baía que se forma nesta fajã, e já quase na Ponta dos Rosais, existe uma grande pedra no mar à qual chamam Torrão de Açúcar. O seu nome deriva do facto de ela ser dura por baixo e por cima ser mais mole e avermelhada. Aos poucos e poucos esta fajã tem recuperado alguma da sua vida de antigamente embora continue praticamente deserta o que tem aumentado sua diversidade de fauna e flora devido justamente à ausência do homem.