Fajã do Ginjal
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Esta bonita fajã situa-se na freguesia da Ribeira Seca, concelho da Calheta (Açores), costa Sul da ilha de São Jorge. Para se lá chegar é preciso descer pelos Lourais, seguindo-se um atalho, em boas condições, que também leva à fajã de Além. Antigamente as pessoas deslocavam-se ao Ginjal em meados de Janeiro para invernar o gado e cultivar as terras, e voltavam à freguesia em meados de Março ou Abril. Nesta altura, a fajã ainda possuía um poço de baixa-mar que mais tarde o mar arrasou. A partir daí, foram construídas cisternas que aparam e retêm a água da chuva, para depois ser utilizada, já que não existem chafarizes. Actualmente ainda lá vão invernar o gado e cultivar as terras que são de muito boa qualidade, no entanto fazem-no cada vez com menos frequência desde o terramoto de 1980. Existem no Ginjal nove adegas onde se faz o vinho, mas que também servem para as pessoas ficarem durante o tempo em que estão na fajã. Tem ainda cerca quinze palheiros e quatro ruínas, possivelmente de antigas casas que foram abandonadas. Pelo Ginjal passa a Grota Negra que só corre por ocasião de grandes chuvas em altitude. E uma fonte que corre todo o ano. Cultivam-se várias plantas de uso alimentar como a batata, o feijão, o alho, a cebola, o milho, a abóbora, a couve, o inhame, a vinha e algumas plantas de cafezeiro, sendo esta uma das poucas fajãs onde o microclima permite o cultivo desta planta. Ainda se cultiva a laranjeira, e outras árvores de fruto. Para pescar as pessoas deslocam-se à fajã de Além, seguindo o atalho que liga as duas fajãs. As aves que aqui aparecem são principalmente a gaivota, o cagarro, a pomba, o milhafre, o melro, o tentilhão e o pardal.