Filosofia da História
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Filosofia da História é o campo da filosofia que observa sobre a dimensão temporal da existência humana como existência humana sócio-política e cultural; teorias do progresso, da evolução e teorias da descontinuidade histórica; significado das diferenças culturais e históricas, suas razões e conseqüências.
No livro Filosofia da História , de Hegel,logo na introdução do livro se desenrola uma apreciação de uma teoria sobre a história, dividida em cinco capítulos.
Para Hegel haveriam três formas de tratar da história, que a encaram diferentemente: a história original, a história refletida e a filosófica.
Na história original ele cita como exemplos Heródoto e Tucídides, “que descreviam principalmente os feitos, os acontecimentos e as situações que tinham diante de si” traduzindo-os em uma obra de imaginação.
Os mitos e outras representações populares, como canções, são excluídos por serem principalmente imaginação, a história original é tratada por povos cientes de sua real existência e vontade, descrevendo o que foi vivenciado, sem reflexões, para que se mantenha para a posteridade. Sem reflexões porque o objeto tratado ainda se faz muito próximo, não possibilitando uma “abstração” maior dos fatos que pudesse gerar a história refletida, “são as próprias pessoas e os povos que se manifestam. Na Antiguidade, esses historiadores eram necessariamente líderes e estadistas. Nos últimos tempos, todas as condições se alteraram, nossa cultura é essencialmente compreensiva”, e é ai que entramos na descrição da história refletida, aqui a história vai transcender o presente, dando espaço para a reflexão.
Essa segunda classe (história refletida) divide-se em quatro tipos: a história geral, onde a apresentação procura ir além do momento vivido seja pela visão geral de uma nação ou do mundo, sendo o processamento do material histórico o mais importante, a maneira como o autor vai tratar dos assuntos é crucial devendo-se colocar em um nível mais genérico e nacional;a história refletida pragmática, que na verdade refletiram o passado vivenciando esses relatos na vida atual, pois esse espaço temporal abre espaço para um presente para o espírito; o modo crítico, que "não é a historia em si,mas uma história da história";e por último apresenta o modo conceitual, é algo mais parcial, "apesar de empregar abstrações constitui uma transição para a história universal filosófica, já que assume um ponto de vista geral", questiona-se se a algo autêntico, mas se todas as ramificações forem tratadas corretamente, mesmo que ainda de um modo geral, serão elas a alma da ação real.
A história filosófica, seria uma abordagem mais racional dos fatos como todo que, sob a luz da reflexão, se desenrola num autêntico pensamento histórico filosófico. E a partir dai Hegel esplana a relação da história com o pensamento(real/pensar,história/filosofia), sendo o pensar subordinado ao real,tendo-o, na história como fundamento e guia.Quanto mais se apegar aos fatos, mas verídica será à história.
"O único pensamento que a filosofia aporta é a contemplação da história, a simples idéia de que a razão governa o mundo", sendo assim ela (a filosofia) seria fundamental para se ter uma visão geral. Ao lado disto, a verdade religiosa surge como prova de que os fatos históricos não são frutos do acaso, mas resultado de um plano da providência divina.
" Durante algum tempo, esteve em voga admirar a sabedoria divina nos animais, plantas e destinos individuais. Se se admite que a Providência se manifesta em tais objetos e coisas, por que recusá-lo na história universal? Essa matéria parece bastante extensa. Mas a sabedoria divina, isto é, a razão, é idêntica nas grandes e pequenas coisas, e nós não precisamos considerar Deus por demais fraco por utilizar a sua sabedoria nas grandes coisas. Nosso conhecimento visa ganhar noção de que o fim da sabedoria eterna se produziu à base da natureza e do espírito real e ativo no mundo"