Gimonde

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**Gimonde**
Concelho	Bragança
Área	15,27 km²
População	386 hab. (2001)
Densidade	25,3 hab./km²
Código postal	5300-553
Endereço da Junta de Freguesia	gimonde
Sítio	http://www.gimonde.pt
Endereço de correio electrónico	gimonde@gimonde.pt
Freguesias de Portugal

Gimonde é uma freguesia portuguesa do concelho de Bragança, com 15,27 km² de área e 386 habitantes (2001). Densidade: 25,3 hab/km². História de Gimonde

Gimonde lembra-nos um antropónimo. Assim o afirma o Abade de Baçal. Em vez da forma actual, reveste as seguintes grafias: Zamundy, Germundy, Germundus. É um nome de pessoa vulgar na Idade Média. O povoamento no território desta freguesia ascende a eras muito remotas. O Castro aqui existente, ou melhor, o que dele resta é pré-romano. Após a chegada dos colonizadores oriundos de Roma, foi fortemente romanizado, tendo desempenhado um papel, não só militar, como também de centro político e administrativo. A arqueologia é aqui por demais evidente. A estela funerária, os vestígios de minas, o marco miliário (século III), prenúncio de uma estrada que atravessava o rio sobre a velha ponte, constituem atestados de uma forte presença romana. É também nesta época que nascem importantes formas de organização política e administrativa que se vão repercutir através dos tempos, não só em Gimonde como em todo o País. E é igualmente a altura em que se começam a sentir os vigorosos e fortes primeiros passos do Cristianismo. As invasões germânicas não provocavam grandes alterações. Os chamados povos bárbaros acabaram por reconhecer a supremacia intelectual e cultural dos seus sucessores. Em vez de destruir a organização civil romana, reconheceram-lhe as virtudes e adoptaram-na. É neste contexto que, entre os séculos VI e VIII, assim parece, vamos deparar com uma Jamundis “villa”, de Jamundy. A etimologia do topónimo principal desta freguesia não deixa grandes dúvidas. O termo Gimonde é inegavelmente de origem germânica e nome pessoal muito usado naquela altura. A organização paroquial de Gimonde pode também ter tido início nos tempos do “Paroquial Suevo” (século VI), a partir de uma pequena ermida dedicada a Santa Maria. Não se conhecem os efeitos que as invasões mouras poderão ou não ter aqui provocado. Não há documentos que nos garantam a situação de Gimonde nesses conturbados tempos da reconquista cristã. Desconhece-se até que ponto se terá mantido a organização paroquial. Mas os documentos do século XIII fazem-nos crer que o repovoamento do território da freguesia deu-se muito antes da Nacionalidade. E assim, talvez com grandes cuidados, lá se foi alimentando o culto a Santa Maria, sendo provável até que pela mesma altura se tenha iniciado um novo culto: Santa Colombina, a quem se faz festa anual. A devoção a esta santa é anterior à monarquia portuguesa e uma das mais antigas do nosso País. As Inquirições de 1258 mostram que a “villa” de Gimonde era foreira ao Rei. Falam também dos bens que o mosteiro espanhol de Moreruela aqui possuía. No século XVI, mais precisamente a 13 de Novembro de 1538, os moradores de Gimonde ousaram pôr perante o procurador real uma questão contra os da vila de Bragança, porque estes queriam fazer “huma coitada dessa villa per o rio savor até a ponte que esta no camynho que vay para o castelo douteiro”. Os documentos referem que a “villa de yenzundy esiforaria regis” (ver inquisições, em Memórias, Abade de Baçal, volume III, página 316). Esta “vila” de Gimonde, assim como as de Vila Meã e Deilão, também referidas nas mesmas Inquisições, são formas de exploração e ocupação da terra, tipicamente medievais. Novos habitantes despontaram já para esta aldeia. Gimonde de hoje é a herdeira dessa outra que no século XVI ousou pôr perante o corregedor rei, uma questão contra os moradores de “ villa de yenzundy esiforaria regis – “ Bragança”, já referida. No eclesiástico, Gimonde foi um curato anexo à reitoria de S. Pedro de Babe e da representação do reitor. Passou mais tarde a freguesia independente com o título de reitoria.