Hino do Acre
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Hino do Acre foi composto pelo médico e poeta Dr. Francisco Mangabeira enquanto este prestava serviços médicos no acampamento do exército na localidade de Capatará, em 5 de outubro de 1903. A música foi criada pelo músico amazonense Mozart Donizeti.
Índice |
[editar] Letra do Hino
I
Que este sol a brilhar soberano
Sobre as matas que o vêem com amor
Encha o peito de cada acreano
De nobreza, constância e valor...
Invencíveis e grandes na guerra,
Imitemos o exemplo sem par
Do amplo rio que briga com a terra
Vence-a e entra brigando com o mar
Estribrilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
II
Triunfantes da luta voltando
Temos n'alma os encantos do céu
E na fronte serena, radiante,
Imortal e sagrado troféu
O Brasil a exultar acompanha
Nossos passos portanto é subir
Que da glória a divina montanha
Tem no cimo o arrebol do porvir
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
III
Possuímos um bem conquistado
Nobremente com armas na mão
Se o afrontarem, de cada soldado
Surgirá de repente um leão
Liberdade é o querido tesouro
Que depois do lutar nos seduz
Tal o rio que rola o sol de ouro
Lança um manto sublime de luz
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
IV
Vamos ter como prêmio de guerra
Um consolo que as penas desfaz
Vendo as flores do amor sobre a terra
E no céu o arco-íris da paz
As esposas e mães carinhosas
A esperarem nos lares fiéis
Atapetam a porta de rosas
E cantando entretecem lauréis
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
V
Mas se audaz estrangeiro algum dia
Nossos brios de novo ofender
Lutaremos com a mesma energia
Sem recuar, sem cair, sem temer
E ergueremos, então, destas zonas
Um tal canto vibrante e viril
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
[editar] Interpretação
[editar] Primeira estrofe
O compositor exalta as belezas da região, as matas, os rios: Do amplo rio que brilha com a terra,/Vence-a e entra brigando com o mar
[editar] Estribilho

Essa estrofe explica muito bem a existência da estrela na bandeira do Acre, sendo o melhor dos faróis, pela forma corajosa que foi conquistada por heróis: Fulge um astro na nossa bandeira/Que foi tinto no sangue de heróis
[editar] Segunda estrofe
Exalta a conquista do território. Na parte final diz: Que da glória a divina montanha/Tem no cimo o arrebol do porvir, ou seja, no cume de uma montanha divina há a vista do nascer, com cor de fogo, do futuro.
[editar] Terceira estrofe
A paz naquelas florestas opulentas. E todos vinham saudar os soldados regressando ao trabalho que tirou o Acre da então primitividade para a geração de riqueza: Tal o rio que rola o sol de ouro/Lança um manto sublime de luz
[editar] Quarta estrofe
Após a vitória, os esposos voltam triunfantes para casa, encontrando as esposas carinhosas fazendo festa: As esposas e mães carinhosas/A esperarem nos lares fiéis/Atapetam a porta de rosas/E cantando entretecem lauréis
[editar] Quinta estrofe
E se alguém ousasse invadir o solo regado pelo sangue dos nordestinos, encontraria de novo, o mesmo ímpeto guerreiro: Mas se audaz estrangeiro algum dia/Nossos brios de novo ofender/Lutaremos com a mesma energia/Sem recuar, sem cair, sem temer