História da Jugoslávia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.
Em 1918, foi criado o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, cabendo a coroa a Pedro I Karadjordjevitch. Em 1919–1920, os tratados de Neuilly-sur-Seine, Saint Germaine-em-Laye, Trianon e Rapallo fixaram as fronteiras do país. Em 1921, uma constituição centralista e parlamentar foi adotada. Em 1929, Alexandre I estabeleceu um regime autoritário e o país tomou o nome de Iugoslávia.
Em 1934, Alexandre I foi assassinado por um extremista croata. Seu primo, o Príncipe Paulo, assumiu a regência com o nome de Pedro II. Em 1941, por pressão alemã, o príncipe Paulo assinou o Pacto tripartite mas foi derrubado por uma revolução em Belgrado. A Iugoslávia foi ocupada pela Alemanha, que encontrou resistência organizada em duas frentes: o líder nacionalista e realista D. Miháilovich.
Pedro II refugia-se em Londres. Em 1943, Josip Broz Tito cria o Comitê Nacional de Libertaçao. Com a vitória aliada em 1945, foi criada a República Federativa Popular da Iugoslávia, com a mesma formação do Reino: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Montenegro e Sérvia. As diversas religiões dos países que formavam a Iugoslávia geraram graves antagonismos ao longo da história e culminaram com a presente guerra civil.
Em 1945, o marechal Tito assumiu a presidência da Iugoslávia e adotou uma política socialista, de fundo nacionalista, que desagradou à URSS. Em 1948-1949, Stalin excluiu a Iugoslávia do mundo socialista e do Kominform. Ameaças de invasão da Iugoslávia pelos países vizinhos, por instigação de Moscovo. Em 1955, Khruschev reata relações com Belgrado após a morte de Stalin.
Em 1961, a conferência dos países não-alinhados é criada em Belgrado por iniciativa de Tito, reunindo diversos líderes do Terceiro Mundo. Em 1974, uma nova constituição reforça os direitos das repúblicas, diminuindo a concentração de poderes. Problemas políticos do governo central com a Croácia. Em 1980, a morte do marechal Tito, passando as funções presidenciais a serem exercidas colegialmente, com rodízio na presidência.
Início das tensões étnicas com deterioração da situação econômica no país. Em 1990, a Liga Comunista Iugoslava renuncia ao monopólio político. Em 1991, a Croácia e a Eslovênia, já dirigidas pela oposição democrática, proclamam a sua independência, com reconhecimento internacional. Combates entre sérvios e croatas que perdem o controle de parte da Eslovênia, onde existe forte minoria sérvia. Independência da Macedônia e da Bósnia-Herzegovina.
Em abril de 1992, a Sérvia e o Montenegro proclamam a nova República Federal da Iugoslávia. Os sérvios residentes na Croácia e na Bósnia reivindicam incorporar-se à nova Iugoslávia, que não foi reconhecida internacionalmente. Inicio da guerra civil na Bósnia, opondo sérvios-bósnios aos bósnios-muçulmanos e aos croatas-bósnios. Em 1993, as Nações Unidas enviam tropas para tentar separar os beligerantes e o Conselho de Segurança impõe embargo econômico aos conflitantes.
O presidente Milosevich, da nova Iugoslávia, presta assistência militar aos sérvios-bósnios, que chegam a ocupar 70% do território bósnio. Êxodo populacional de cerca de dois milhões de iugoslavos e milhares de mortos. Em 1994, os croatas-bósnios recuperam parte do território perdido. Em 1995, os Estados Unidos, na conferência de Dayton, impõem um armistício e redesenham a Bósnia em três zonas distintas, tendo por capital Sarajevo.
O embargo da ONU à Iugoslávia é levantado pelo Conselho de Segurança. O movimento separatista na província de Kosovo, de população majoritariamente albanesa, provoca escalada de violência contra esse povo ao longo de 1998. Isso leva a OTAN a bombardear a Iugoslávia por 10 semanas, em 1999, até Milosevich concordar com um plano de paz e aceitar a presença de força militar da ONU em Kosovo.